TROVA DO TEMPO QUE PASSA (Manuel Alegre)
TROVA DO TEMPO QUE PASSA
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
E o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Vamos tentar apresentar neste blogger uma grande gama de fados, antigos e modernos. Deixando assim o vídeo e a respectiva letra. Péta e Luísa
PEDIDOS DE OPINIÕES
Pedimos a quem nos visite!... que nos deixe a vossa opinião, utilizando o espaço das mensagens ou comentários, estamos empenhadas a 100% neste blogue.
Mas, gostávamos de saber se o mesmo, será do vosso agrado...Para nós é muito importante a vossa opinião.
Porque, este blogue, foi criado a pensar em si.
Um bem-haja para todos.....obrigado
---------------------------------------------------------------
Mas, gostávamos de saber se o mesmo, será do vosso agrado...Para nós é muito importante a vossa opinião.
Porque, este blogue, foi criado a pensar em si.
Um bem-haja para todos.....obrigado
---------------------------------------------------------------
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
ARTUR BATALHA
NÃO CONHEÇO O MEU DESTINO (Alexandre Fontes/Fontes Rocha)
NÃO CONHEÇO O MEU DESTINO
Não conheço a felicidade
Que anda perdida no vento
Conheço bem a saudade
Que não me deixa um momento
Não conheço madrugadas
Mais medonhas do que as minhas
Conheço vidas erradas
Voando como andorinhas
Não conheço o desespero
Da paixão que é herdada
Conheço gente que é zero
Vivendo sempre do nada
Não conheço meu destino
Eu não sei pra onde vou
Neste mundo em desatino
Eu nem sequer sei quem sou
NÃO CONHEÇO O MEU DESTINO
Não conheço a felicidade
Que anda perdida no vento
Conheço bem a saudade
Que não me deixa um momento
Não conheço madrugadas
Mais medonhas do que as minhas
Conheço vidas erradas
Voando como andorinhas
Não conheço o desespero
Da paixão que é herdada
Conheço gente que é zero
Vivendo sempre do nada
Não conheço meu destino
Eu não sei pra onde vou
Neste mundo em desatino
Eu nem sequer sei quem sou
CANDIDA RAMOS
NÃO PASSAS SEM MIM (Frederico de Brito/José António Sabrosa)
NÃO PASSAS SEM MIM
Vamos fazer uma escolha
És o tronco eu sou a rama
És o vento eu sou a folha
És o proveito e eu a fama
És o sol eu sou a sombra
És o braço eu sou a lança
És o mato eu sou alfombra
És o desejo eu a esperança
És o mar eu sou a areia
És o pincel e eu a cor
És o sangue eu sou a veia
És o riso eu sou a dor
És o mundo eu sou o espaço
És o princípio e eu o fim
Mas eu sem ti já não passo
E tu não passas sem mim
NÃO PASSAS SEM MIM
Vamos fazer uma escolha
És o tronco eu sou a rama
És o vento eu sou a folha
És o proveito e eu a fama
És o sol eu sou a sombra
És o braço eu sou a lança
És o mato eu sou alfombra
És o desejo eu a esperança
És o mar eu sou a areia
És o pincel e eu a cor
És o sangue eu sou a veia
És o riso eu sou a dor
És o mundo eu sou o espaço
És o princípio e eu o fim
Mas eu sem ti já não passo
E tu não passas sem mim
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
ADÉLIA PEDROSA
O MEU PRIMEIRO PECADO
O MEU PRIMEIRO PECADO
Antes de te conhecer
Pedia a deus p’ra esquecer
Alguém que no meu passado
Me deixou de fé perdida
E que foi na minha vida
O meu primeiro pecado
Ouvi tantas falsidades
Julgando serem verdades
Em que eu cega acreditava
Mas hoje sei felizmente
Que o teu amor é diferente
Desse amor que me enganava
Por isso é que dia a dia
Eu sinto que morreria
Se fugisses do meu lado
E cada vez que me beijas
Eu peço a deus p’ra que sejas
O meu último pecado
O MEU PRIMEIRO PECADO
Antes de te conhecer
Pedia a deus p’ra esquecer
Alguém que no meu passado
Me deixou de fé perdida
E que foi na minha vida
O meu primeiro pecado
Ouvi tantas falsidades
Julgando serem verdades
Em que eu cega acreditava
Mas hoje sei felizmente
Que o teu amor é diferente
Desse amor que me enganava
Por isso é que dia a dia
Eu sinto que morreria
Se fugisses do meu lado
E cada vez que me beijas
Eu peço a deus p’ra que sejas
O meu último pecado
JOANA VEIGA
FADO EM MIM GUARDADO (
FADO EM MIM GUARDADO
Este fado que eu canto
Tem segredos de ternura
Trás carinhos leva amor
Tem saudades á mistura
Eu canto só para ti
Este fado minha canção
Vive aqui dentro de mim
Mora no meu coração
Quem me dera ter garganta
P’ra cantá-lo a qualquer hora
Vou prende-lo á minha voz
Para que nunca vá embora
Não acaba a melodia
Quando o refrão terminar
Porque aqui neste meu peito
Este fado eu vou guardar
Canto apenas por amor
É por ti que hoje eu canto
Pois és tu que sinto em mim
Quando a minha voz levanto
Não há outro fado assim
Porque amor só temos um
E enquanto amor houver
Eu não quero mais nenhum
Quem me dera ter garganta
P’ra cantá-lo a qualquer hora
Vou prende-lo á minha voz
Para que nunca vá embora
Não acaba a melodia
Quando o refrão terminar
Porque aqui neste meu peito
Este fado eu vou guardar
Não acaba a melodia
Quando o refrão terminar
Porque aqui neste meu peito
Este fado eu vou guardar
FADO EM MIM GUARDADO
Este fado que eu canto
Tem segredos de ternura
Trás carinhos leva amor
Tem saudades á mistura
Eu canto só para ti
Este fado minha canção
Vive aqui dentro de mim
Mora no meu coração
Quem me dera ter garganta
P’ra cantá-lo a qualquer hora
Vou prende-lo á minha voz
Para que nunca vá embora
Não acaba a melodia
Quando o refrão terminar
Porque aqui neste meu peito
Este fado eu vou guardar
Canto apenas por amor
É por ti que hoje eu canto
Pois és tu que sinto em mim
Quando a minha voz levanto
Não há outro fado assim
Porque amor só temos um
E enquanto amor houver
Eu não quero mais nenhum
Quem me dera ter garganta
P’ra cantá-lo a qualquer hora
Vou prende-lo á minha voz
Para que nunca vá embora
Não acaba a melodia
Quando o refrão terminar
Porque aqui neste meu peito
Este fado eu vou guardar
Não acaba a melodia
Quando o refrão terminar
Porque aqui neste meu peito
Este fado eu vou guardar
RUI SIMÕES
MENINO QUE NÃO FUI (Letra: Mário Raínho / João Maria dos Anjos)
MENINO QUE NÃO FUI
Nasci talhado de fado
Cresci no tempo a correr
Sem direito de sonhar;
Não parei no meu passado
Fui menino sem saber
E condenado a cantar
Tive a noite por guarida
Deram-me o fado, por pão
Por enxerga, a fria rua
Cresci á margem da vida
Ao lado da solidão
Coberto p'la luz da lua
Queria voltar a nascer
E sonhar um só momento
No meu mundo pequenino
Passou o tempo a correr
Não tive idade nem tempo
De brincar e ser menino
MENINO QUE NÃO FUI
Nasci talhado de fado
Cresci no tempo a correr
Sem direito de sonhar;
Não parei no meu passado
Fui menino sem saber
E condenado a cantar
Tive a noite por guarida
Deram-me o fado, por pão
Por enxerga, a fria rua
Cresci á margem da vida
Ao lado da solidão
Coberto p'la luz da lua
Queria voltar a nascer
E sonhar um só momento
No meu mundo pequenino
Passou o tempo a correr
Não tive idade nem tempo
De brincar e ser menino
domingo, 27 de dezembro de 2009
EDUARDO LOURENÇO
BOA NOITE SOLIDÃO (Jorge Fernando / Carlos da Maia)
BOA NOITE SOLIDÃO
Boa noite solidão
Vi entrar pela janela
Teu corpo de negrura
Quero dar-te a minha mão
Como a chama de uma vela
Dá a mão à noite escura
Os teus dedos solidão
Despenteiam a saudade
Que ficou no lugar dela
Espalhas saudade pelo chão
E contra a minha vontade
Lembras-me a vida com ela
Só tu sabes solidão
A angustia que trás a dor
Quando o amor a gente nega
Como quem perde a razão
Afogando o nosso amor
No orgulho que nos cega
Com o coração na mão
Vou pedir-te sem fingir
Que não me fales mais dela
Boa noite solidão
Agora quero dormir
Porque vou sonhar com ela
BOA NOITE SOLIDÃO
Boa noite solidão
Vi entrar pela janela
Teu corpo de negrura
Quero dar-te a minha mão
Como a chama de uma vela
Dá a mão à noite escura
Os teus dedos solidão
Despenteiam a saudade
Que ficou no lugar dela
Espalhas saudade pelo chão
E contra a minha vontade
Lembras-me a vida com ela
Só tu sabes solidão
A angustia que trás a dor
Quando o amor a gente nega
Como quem perde a razão
Afogando o nosso amor
No orgulho que nos cega
Com o coração na mão
Vou pedir-te sem fingir
Que não me fales mais dela
Boa noite solidão
Agora quero dormir
Porque vou sonhar com ela
MARIA DE LOURDES
BOA NOITE SOLIDÃO (Jorge Fernando/Carlos da Maia)
BOA NOITE SOLIDÃO
Boa noite solidão
Vi entrar pela janela
Teu corpo de negrura
Quero dar-te a minha mão
Como a chama de uma vela
Dá a mão à noite escura
Os teus dedos solidão
Despenteiam a saudade
Que ficou no lugar dele
Espalhas saudade pelo chão
E contra a minha vontade
Lembras-me a vida com ele
Só tu sabes solidão
A angustia que trás a dor
Quando o amor a gente nega
Como quem perde a razão
Afogando o nosso amor
No orgulho que nos cega
Com o coração na mão
Vou pedir-te sem fingir
Que não me fales mais dele
Boa noite solidão
Agora quero dormir
Porque vou sonhar com ele
BOA NOITE SOLIDÃO
Boa noite solidão
Vi entrar pela janela
Teu corpo de negrura
Quero dar-te a minha mão
Como a chama de uma vela
Dá a mão à noite escura
Os teus dedos solidão
Despenteiam a saudade
Que ficou no lugar dele
Espalhas saudade pelo chão
E contra a minha vontade
Lembras-me a vida com ele
Só tu sabes solidão
A angustia que trás a dor
Quando o amor a gente nega
Como quem perde a razão
Afogando o nosso amor
No orgulho que nos cega
Com o coração na mão
Vou pedir-te sem fingir
Que não me fales mais dele
Boa noite solidão
Agora quero dormir
Porque vou sonhar com ele
FREI HERMANO DA CÂMARA
FADO DA DESPEDIDA (
FADO DA DESPEDIDA
Ser fadista foi meu sonho
Mas não foi este o meu fado
Deus traçou-me outro caminho
Cheio de amor e carinho
Fez-me andar para outro lado
Abandonei a guitarra
Despedi-me e fui pra longe
Deixei tudo o que gostava
Pra responder à chamada
Pois meu destino é ser monge
As saudades que eu senti
Descrevê-las bem não sei
Mas esta vida de luz
Que à verdade nos conduz
Vale bem o que deixei
Não choram pelo meu fado
E de mim não tenham dó
Sou feliz e só por isto
Entreguei-me a todo Cristo
Nunca mais me senti só
Não choram pelo meu fado
E de mim não tenham dó
Sou feliz e só por isto
Entreguei-me a todo Cristo
Nunca mais me senti só
FADO DA DESPEDIDA
Ser fadista foi meu sonho
Mas não foi este o meu fado
Deus traçou-me outro caminho
Cheio de amor e carinho
Fez-me andar para outro lado
Abandonei a guitarra
Despedi-me e fui pra longe
Deixei tudo o que gostava
Pra responder à chamada
Pois meu destino é ser monge
As saudades que eu senti
Descrevê-las bem não sei
Mas esta vida de luz
Que à verdade nos conduz
Vale bem o que deixei
Não choram pelo meu fado
E de mim não tenham dó
Sou feliz e só por isto
Entreguei-me a todo Cristo
Nunca mais me senti só
Não choram pelo meu fado
E de mim não tenham dó
Sou feliz e só por isto
Entreguei-me a todo Cristo
Nunca mais me senti só
LIANA
FADO ROSA DA NOITE (Ary dos Santos/Joaquim Luís Gomes)
FADO ROSA DA NOITE
Vou pelas ruas da noite
Com basalto de tristeza
Sem passeio que me acoite
Rosa negra à portuguesa
É por dentro do meu peito triste
Que o silêncio se insinua agreste
Noite negra que despiste
A ternura que me deste
Um cão abandonado
Uma mulher sozinha
Num caixote entornado
A mágoa que é só minha
Trago aos ombros as esquinas
Trago varandas no peito
E as pedras pequeninas
São a cama onde me deito
És azul claro de dia
E azul escuro de noite
Lisboa sem alegria
Cada estrela é um açoite
A queixa de uma gata
O grito de uma porta
No Tejo uma fragata
Que me parece morta
Morro aos bocados por ti
Cidade do meu tormento
Nasci e cresci aqui
Sou amigo do teu vento
FADO ROSA DA NOITE
Vou pelas ruas da noite
Com basalto de tristeza
Sem passeio que me acoite
Rosa negra à portuguesa
É por dentro do meu peito triste
Que o silêncio se insinua agreste
Noite negra que despiste
A ternura que me deste
Um cão abandonado
Uma mulher sozinha
Num caixote entornado
A mágoa que é só minha
Trago aos ombros as esquinas
Trago varandas no peito
E as pedras pequeninas
São a cama onde me deito
És azul claro de dia
E azul escuro de noite
Lisboa sem alegria
Cada estrela é um açoite
A queixa de uma gata
O grito de uma porta
No Tejo uma fragata
Que me parece morta
Morro aos bocados por ti
Cidade do meu tormento
Nasci e cresci aqui
Sou amigo do teu vento
CARMINHO
A BIA DA MORARIA (António José / Nóbrega e Sousa)
A BIA DA MORARIA
Lá vai a Bia que arranjou um par jeitoso
É vendedor como ela ali para o Bem Formoso
São dois amores, duas vidas tão singelas
Enquanto ela vende flores, o Chico vende cautelas
Na Mouraria só falam do namorico
Ai Bia namora o Chico e as conversas são iguais
Ai qualquer dia, Deus queira que isto não mude
A Senhora da Saúde vai ser pequena demais
O casamento já tem a data marcada
Embora qualquer dos noivos tenha pouco mais que nada
Vai ter a Bia, a festa que ela deseja
Irá toda a Mouraria ver o casório na igreja
Na Mouraria só falam do namorico
Ai Bia namora o Chico e as conversas são iguais
Ai qualquer dia, Deus queira que isto não mude
A Senhora da Saúde vai ser pequena demais
Na Mouraria só falam do namorico
Ai Bia namora o Chico e as conversas são iguais
Ai qualquer dia, Deus queira que isto não mude
A Senhora da Saúde vai ser pequena demais
A BIA DA MORARIA
Lá vai a Bia que arranjou um par jeitoso
É vendedor como ela ali para o Bem Formoso
São dois amores, duas vidas tão singelas
Enquanto ela vende flores, o Chico vende cautelas
Na Mouraria só falam do namorico
Ai Bia namora o Chico e as conversas são iguais
Ai qualquer dia, Deus queira que isto não mude
A Senhora da Saúde vai ser pequena demais
O casamento já tem a data marcada
Embora qualquer dos noivos tenha pouco mais que nada
Vai ter a Bia, a festa que ela deseja
Irá toda a Mouraria ver o casório na igreja
Na Mouraria só falam do namorico
Ai Bia namora o Chico e as conversas são iguais
Ai qualquer dia, Deus queira que isto não mude
A Senhora da Saúde vai ser pequena demais
Na Mouraria só falam do namorico
Ai Bia namora o Chico e as conversas são iguais
Ai qualquer dia, Deus queira que isto não mude
A Senhora da Saúde vai ser pequena demais
sábado, 26 de dezembro de 2009
MARIZA
ROSA BRANCA (José Guimarães / Resende Dias)
ROSA BRANCA
De Rosa ao peito na roda
Eu bailei com quem calhou
Tantas voltas dei bailando
Que a rosa se desfolhou
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Ó roseira, roseirinha
Roseira do meu jardim
Se de rosas gostas tanto
Porque não gostas de mim
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
ROSA BRANCA
De Rosa ao peito na roda
Eu bailei com quem calhou
Tantas voltas dei bailando
Que a rosa se desfolhou
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Ó roseira, roseirinha
Roseira do meu jardim
Se de rosas gostas tanto
Porque não gostas de mim
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito
ADÉLIA PEDROSA
FADINHO DO BACALHAU (Ary dos Santos / Paulo de Carvalho)
FADINHO DO BACALHAU
Dantes era o mais fiel,
Dos amigos deste povo
Até com espinhas e pele
Marchava com couves,
Com alho e com ovo
Agora subiu de posto,
Está pela hora da morte
Quem quiser saber-lhe o gosto
Vai pagar com juros e tem muita sorte
Ai que saudades do meu bacalhau
Das pataniscas, das postas na brasa
Com cebolinhas e com colorau
Com feijão frade à moda da casa;
Ai pastelinhos, onde é que eles estão?
Meia-desfeita quando é que eu a faço?
E até aquilo que se faz à mão
Sem bacalhau, nunca mais faço
Quando fores à mercearia,
Não compres por lebre gato
Se é abrotea é porcaria
Enrola no tacho e não sai barato
O que é preciso é a malta,
Exigir de muitos modos
Que se acabe com a falta
E haja bacalhau com todos, p’ra todos
Ai que saudades do meu bacalhau
Das pataniscas, das postas na brasa
Com cebolinhas e com colorau
Com feijão frade à moda da casa;
Ai pastelinhos, onde é que eles estão?
Meia-desfeita quando é que eu a faço?
E até aquilo que se faz à mão
Sem bacalhau, nunca mais faço
Ai pastelinhos, onde é que eles estão?
Meia-desfeita quando é que eu a faço?
E até aquilo que se faz à mão
Sem bacalhau, nunca mais faço
FADINHO DO BACALHAU
Dantes era o mais fiel,
Dos amigos deste povo
Até com espinhas e pele
Marchava com couves,
Com alho e com ovo
Agora subiu de posto,
Está pela hora da morte
Quem quiser saber-lhe o gosto
Vai pagar com juros e tem muita sorte
Ai que saudades do meu bacalhau
Das pataniscas, das postas na brasa
Com cebolinhas e com colorau
Com feijão frade à moda da casa;
Ai pastelinhos, onde é que eles estão?
Meia-desfeita quando é que eu a faço?
E até aquilo que se faz à mão
Sem bacalhau, nunca mais faço
Quando fores à mercearia,
Não compres por lebre gato
Se é abrotea é porcaria
Enrola no tacho e não sai barato
O que é preciso é a malta,
Exigir de muitos modos
Que se acabe com a falta
E haja bacalhau com todos, p’ra todos
Ai que saudades do meu bacalhau
Das pataniscas, das postas na brasa
Com cebolinhas e com colorau
Com feijão frade à moda da casa;
Ai pastelinhos, onde é que eles estão?
Meia-desfeita quando é que eu a faço?
E até aquilo que se faz à mão
Sem bacalhau, nunca mais faço
Ai pastelinhos, onde é que eles estão?
Meia-desfeita quando é que eu a faço?
E até aquilo que se faz à mão
Sem bacalhau, nunca mais faço
FERNANDO MAURÍCIO
IGREJA DE SANTO ESTÊVÃO (Gabriel d'Oliveira / Joaquim Campos)
IGREJA DE SANTO ESTÊVÃO
Na igreja de Santo Estêvão
Junto ao cruzeiro do adro
Houve em tempos guitarradas;
Não há pincéis que descrevam
Aquele soberbo quadro
Dessas noites bem passadas
Mal que batiam trindades
Reunia a fadistagem
No adro da santa igreja
Fadistas, quantas saudades
Da velha camaradagem
Que já não há quem a veja
Santo Estêvão, padroeiro
Desse recanto de fama
Faz o milagre sagrado.
Que voltem ao teu cruzeiro
Esses fadistas de Alfama
Que sabem cantar o fado
IGREJA DE SANTO ESTÊVÃO
Na igreja de Santo Estêvão
Junto ao cruzeiro do adro
Houve em tempos guitarradas;
Não há pincéis que descrevam
Aquele soberbo quadro
Dessas noites bem passadas
Mal que batiam trindades
Reunia a fadistagem
No adro da santa igreja
Fadistas, quantas saudades
Da velha camaradagem
Que já não há quem a veja
Santo Estêvão, padroeiro
Desse recanto de fama
Faz o milagre sagrado.
Que voltem ao teu cruzeiro
Esses fadistas de Alfama
Que sabem cantar o fado
TRISTÃO DA SILVA
MARIA MORENA (Casimiro Ramos e Francisco Radamanto/Jorge Fontes e o seu trio de Guitarras)
MARIA MORENA
Maria morena Maria
Mas que enlevo o teu
Nessa água furtada
Onde o sonho está perto do céu
Maria dos olhos mais negros
Que poços sem fundo
Morena do olhar
Com mais luz que existe no mundo
Que sonhas Maria morena,
Que andas a sonhar
Vê bem que és mulher
E o destino te fez para amar
Dessa água furtada,
Maria, aprende a descer
E na melodia dum cantar
D'amor, começa a viver
A vida tem rosas Morena
E há beijos de mel.
Cantigas bonitas
Que enfeitam cravos de papel
Há sol, há esperança,
Há sorrisos, eu bem os abranjo
Maria morena olha a vida,
Não queiras ser anjo
Dessa água furtada
Maria aprende a descer
Que a vida te espera,
Morena começa a viver
A luz dos teus olhos
Eu quero, p'ra luz do meu dia
Há muito que espero meu sonho
D'amor, morena Maria
Meu sonho d'amor ... Maria Morena
Meu sonho d'amor ... Morena Maria
MARIA MORENA
Maria morena Maria
Mas que enlevo o teu
Nessa água furtada
Onde o sonho está perto do céu
Maria dos olhos mais negros
Que poços sem fundo
Morena do olhar
Com mais luz que existe no mundo
Que sonhas Maria morena,
Que andas a sonhar
Vê bem que és mulher
E o destino te fez para amar
Dessa água furtada,
Maria, aprende a descer
E na melodia dum cantar
D'amor, começa a viver
A vida tem rosas Morena
E há beijos de mel.
Cantigas bonitas
Que enfeitam cravos de papel
Há sol, há esperança,
Há sorrisos, eu bem os abranjo
Maria morena olha a vida,
Não queiras ser anjo
Dessa água furtada
Maria aprende a descer
Que a vida te espera,
Morena começa a viver
A luz dos teus olhos
Eu quero, p'ra luz do meu dia
Há muito que espero meu sonho
D'amor, morena Maria
Meu sonho d'amor ... Maria Morena
Meu sonho d'amor ... Morena Maria
TONY DE MATOS
O FADO MORA EM LISBOA (
O FADO MORA EM LISBOA
Passeia p'lo mundo inteiro
Por gostar da vida boa
Mas não mora no estrangeiro
O fado mora em Lisboa.
Já morou na Mouraria,
Mas depois num sobressalto
Tratou da mudança, e um dia
Foi p'ró Bairro Alto.
O fadinho mora sempre por castigo
Num bairro antigo, num bairro antigo.
E a seu lado, p'ra falarem à vontade
Mora a saudade, mora a saudade.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza.
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
Quando vai cantar lá fora
Tem uma ideia bizarra.
Leva um estribilho que chora
Na voz triste da guitarra.
Canta lá dias a fio
Mas depois numa ansiedade
Volta sempre num navio
Chamado Saudade.
O fadinho mora sempre por castigo
Num bairro antigo, num bairro antigo.
E a seu lado, p'ra falarem à vontade
Mora a saudade, mora a saudade.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza.
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza.
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
O FADO MORA EM LISBOA
Passeia p'lo mundo inteiro
Por gostar da vida boa
Mas não mora no estrangeiro
O fado mora em Lisboa.
Já morou na Mouraria,
Mas depois num sobressalto
Tratou da mudança, e um dia
Foi p'ró Bairro Alto.
O fadinho mora sempre por castigo
Num bairro antigo, num bairro antigo.
E a seu lado, p'ra falarem à vontade
Mora a saudade, mora a saudade.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza.
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
Quando vai cantar lá fora
Tem uma ideia bizarra.
Leva um estribilho que chora
Na voz triste da guitarra.
Canta lá dias a fio
Mas depois numa ansiedade
Volta sempre num navio
Chamado Saudade.
O fadinho mora sempre por castigo
Num bairro antigo, num bairro antigo.
E a seu lado, p'ra falarem à vontade
Mora a saudade, mora a saudade.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza.
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
Quase em frente, numa casa de pobreza
Vive a tristeza, vive a tristeza.
Tem corrido os velhos bairros sempre à toa
Mas mora em Lisboa, mas mora em Lisboa.
NUNO DA CÂMARA PEREIRA
ROSINHA DOS LIMÕES (Artur Ribeiro)
ROSINHA DOS LIMÕES
Quando ela passa
Franzina e cheia de graça
Há sempre um ar de chalaça
No seu olhar feiticeiro
Lá vai catita
Cada dia mais bonita
E o seu vestido de chita
Tem sempre um ar domingueiro.
Passa ligeira
Alegre e namoradeira
A sorrir p`ra rua inteira
Vai semeando ilusões,
Quando ela passa
Vai vender limões a praça
E até lhe chamam por Graça
A rosinha dos limões.
Quando ela passa
Junto da minha janela
Meus olhos vão atrás dela
Até ver da rua o fim
Com ar gaiato
Ela caminha apressada
Rindo por tudo e por nada
E às vezes sorri p`ra mim
Quando ela passa
Apregoando os limões
A sós com os meus botões
No vão da minha janela
Fico pensando
Que qualquer dia por Graça
Vou comprar limões à praça
E depois caso com ela
Fico pensando
Que qualquer dia por Graça
Vou comprar limões à praça
E depois caso com ela
ROSINHA DOS LIMÕES
Quando ela passa
Franzina e cheia de graça
Há sempre um ar de chalaça
No seu olhar feiticeiro
Lá vai catita
Cada dia mais bonita
E o seu vestido de chita
Tem sempre um ar domingueiro.
Passa ligeira
Alegre e namoradeira
A sorrir p`ra rua inteira
Vai semeando ilusões,
Quando ela passa
Vai vender limões a praça
E até lhe chamam por Graça
A rosinha dos limões.
Quando ela passa
Junto da minha janela
Meus olhos vão atrás dela
Até ver da rua o fim
Com ar gaiato
Ela caminha apressada
Rindo por tudo e por nada
E às vezes sorri p`ra mim
Quando ela passa
Apregoando os limões
A sós com os meus botões
No vão da minha janela
Fico pensando
Que qualquer dia por Graça
Vou comprar limões à praça
E depois caso com ela
Fico pensando
Que qualquer dia por Graça
Vou comprar limões à praça
E depois caso com ela
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
CÉSAR MORGADO
NA VIDA DE UMA MULHER (D.R/fado Mouraria)
NA VIDA DE UMA MULHER
Na vida duma mulher
Por muito séria que a tomem
Há sempre um homem qualquer
Trocado por qualquer homem
Um homem com dor sentida
Ou com sentido prazer
Deixa pedaços de vida
Na vida de uma mulher
Tanto vale a mulher bela
Como a mais feia mulher
Perdido de amor por ela
Há sempre um homem qualquer
E por mais amor profundo
Por mais juras que se somem
Há sempre um homem no mundo
Trocado por qualquer homem
Há no mundo quem apronte
Uma mulher quando cai
Nasce água limpa na fonte
Quem a suja é quem lá vai
NA VIDA DE UMA MULHER
Na vida duma mulher
Por muito séria que a tomem
Há sempre um homem qualquer
Trocado por qualquer homem
Um homem com dor sentida
Ou com sentido prazer
Deixa pedaços de vida
Na vida de uma mulher
Tanto vale a mulher bela
Como a mais feia mulher
Perdido de amor por ela
Há sempre um homem qualquer
E por mais amor profundo
Por mais juras que se somem
Há sempre um homem no mundo
Trocado por qualquer homem
Há no mundo quem apronte
Uma mulher quando cai
Nasce água limpa na fonte
Quem a suja é quem lá vai
MANUEL DIAS
TUDO PARA TE ESQUECER (
TUDO PARA TE ESQUECER
Mais uma noite bebendo
Mais uma noite de fado
Mais uma noite morrendo
Pelo ciúme envenenado
Arrastando o coração
O orgulho a própria vida
Esta enorme perdição
Da boémia e da bebida
Tudo para te esquecer
E quanto mais me agarro
Ao perfume letal deste cigarro
Ao gosto deste vinho
Ao som desta guitarra
Sinto que o vil ciúme
A mim se agarra
Quase manhã que castigo
Para um peito amargurado
Oiço a voz de um fado amigo
Duma mulher a meu lado
É uma mulher caída
Na armadilha do pecado
Mais uma noite perdida
Mais uma noite de fado
Tudo pra te esquecer
E quanto mais me agarro
Ao perfume letal deste cigarro
Ao gosto deste vinho
Ao som desta guitarra
Sinto que o vil ciúme
A mim se agarra
Ao gosto deste vinho
Ao som desta guitarra
Sinto que o vil ciúme
A mim se agarra
TUDO PARA TE ESQUECER
Mais uma noite bebendo
Mais uma noite de fado
Mais uma noite morrendo
Pelo ciúme envenenado
Arrastando o coração
O orgulho a própria vida
Esta enorme perdição
Da boémia e da bebida
Tudo para te esquecer
E quanto mais me agarro
Ao perfume letal deste cigarro
Ao gosto deste vinho
Ao som desta guitarra
Sinto que o vil ciúme
A mim se agarra
Quase manhã que castigo
Para um peito amargurado
Oiço a voz de um fado amigo
Duma mulher a meu lado
É uma mulher caída
Na armadilha do pecado
Mais uma noite perdida
Mais uma noite de fado
Tudo pra te esquecer
E quanto mais me agarro
Ao perfume letal deste cigarro
Ao gosto deste vinho
Ao som desta guitarra
Sinto que o vil ciúme
A mim se agarra
Ao gosto deste vinho
Ao som desta guitarra
Sinto que o vil ciúme
A mim se agarra
ANTÓNIO MOURÃO
ESTRANHA CONTRADIÇÃO (Maria Manuela de Freitas / Pedro Rodrigues)
ESTRANHA CONTRADIÇÃO
Andei a dizer, andei
Que não queria ver-te mais
Que não queria te falar
Calcula que até jurei
Não ir aonde tu vais
P’ra nunca mais te encontrar
Pobre de mim, a razão
Que se perde na tortura
De não querer o que eu desejo
E em estranha contradição
Eu ando á tua procura
E ando a ver se te não vejo
Falo-te e não te conheço
Olho sem te encontrar
Tu sabes que não mudarei
Duma coisa me convenço
Sempre te hei-de procurar
Nunca mais te encontrarei
ESTRANHA CONTRADIÇÃO
Andei a dizer, andei
Que não queria ver-te mais
Que não queria te falar
Calcula que até jurei
Não ir aonde tu vais
P’ra nunca mais te encontrar
Pobre de mim, a razão
Que se perde na tortura
De não querer o que eu desejo
E em estranha contradição
Eu ando á tua procura
E ando a ver se te não vejo
Falo-te e não te conheço
Olho sem te encontrar
Tu sabes que não mudarei
Duma coisa me convenço
Sempre te hei-de procurar
Nunca mais te encontrarei
CARMINHO
ZANGUEI-ME COM MEU AMOR (João Linhares Barbosa/ Popular)
ZANGUEI-ME COM MEU AMOR
Zanguei-me com meu amor
Não o vi em todo o dia
Á noite cantei melhor
O fado da Mouraria
O sopro duma saudade
Vinha beijar-me hora a hora
P’ra ficar mais à vontade
Mandei a saudade embora
De manhã, arrependida
Lembrei-o, pus-me a chorar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar
Quando regressou ao ninho
Ele que nem assobia
Vinha a assobiar baixinho
O fado da Mouraria
ZANGUEI-ME COM MEU AMOR
Zanguei-me com meu amor
Não o vi em todo o dia
Á noite cantei melhor
O fado da Mouraria
O sopro duma saudade
Vinha beijar-me hora a hora
P’ra ficar mais à vontade
Mandei a saudade embora
De manhã, arrependida
Lembrei-o, pus-me a chorar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar
Quando regressou ao ninho
Ele que nem assobia
Vinha a assobiar baixinho
O fado da Mouraria
MARIA DA FÉ
VALEU A PENA (
VALEU A PENA
Com voz serena
Perguntaram-me ao ouvido
Valeu a pena
Vir ao mundo e ter nascido
Com lealdade
Vou responder, mas primeiro
Consultei meu travesseiro
Sobre a verdade
Tive porém, que lembrar o meu passado
Horas boas do meu fado
E as más também
Valeu a pena
Ter vivido o que vivi
Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter sonhado o que sonhei
Valeu a pena
Ter passado o que passei
Valeu a pena
Conhecer quem conheci
Ter sentido o que senti
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter cantado o que cantei
Ter chorado o que chorei
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter vivido o que vivi
Valeu a pena
Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
VALEU A PENA
Com voz serena
Perguntaram-me ao ouvido
Valeu a pena
Vir ao mundo e ter nascido
Com lealdade
Vou responder, mas primeiro
Consultei meu travesseiro
Sobre a verdade
Tive porém, que lembrar o meu passado
Horas boas do meu fado
E as más também
Valeu a pena
Ter vivido o que vivi
Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter sonhado o que sonhei
Valeu a pena
Ter passado o que passei
Valeu a pena
Conhecer quem conheci
Ter sentido o que senti
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter cantado o que cantei
Ter chorado o que chorei
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter vivido o que vivi
Valeu a pena
Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
TONY CÂMARA
SAMARITANA (Fado de Coimbra)
SAMARITANA
Dos amores do Redentor
Não reza a história sagrada,
Mas diz uma lenda encantada
Que o bom Jesus sofreu de amor.
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal,
Que assim, como qualquer mortal,
Um dia de amor palpitou.
Samaritana,
Plebéia de Sicá.
Alguém espreitando,
Te viu Jesus beijar,
De tarde quando
Foste encontrá-lo só,
Morto de sede,
Junto à Fonte de Jacó.
E tu, risonha, acolheste
O beijo que te encantou...
Serena, empalideceste,
E Jesus Cristo corou!
Corou, ao ver quanta luz
Irradiava da tua fronte,
Quando disseste: "Ó meu Jesus!
Que bem eu fiz, Senhor, em vir à fonte."
Samaritana,
Plebéia de Sicá.
Alguém espreitando,
Te viu Jesus beijar,
De tarde quando
Foste encontrá-lo só,
Morto de sede,
Junto à Fonte de Jacó.
SAMARITANA
Dos amores do Redentor
Não reza a história sagrada,
Mas diz uma lenda encantada
Que o bom Jesus sofreu de amor.
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal,
Que assim, como qualquer mortal,
Um dia de amor palpitou.
Samaritana,
Plebéia de Sicá.
Alguém espreitando,
Te viu Jesus beijar,
De tarde quando
Foste encontrá-lo só,
Morto de sede,
Junto à Fonte de Jacó.
E tu, risonha, acolheste
O beijo que te encantou...
Serena, empalideceste,
E Jesus Cristo corou!
Corou, ao ver quanta luz
Irradiava da tua fronte,
Quando disseste: "Ó meu Jesus!
Que bem eu fiz, Senhor, em vir à fonte."
Samaritana,
Plebéia de Sicá.
Alguém espreitando,
Te viu Jesus beijar,
De tarde quando
Foste encontrá-lo só,
Morto de sede,
Junto à Fonte de Jacó.
RAQUEL TAVARES
ARDINITA (Linhares Barbosa/Jaime Santos)
ARDINITA
Ó minha mãe, minha mãe,
Ó minha mãe, minha amada,
Quem tem uma mãe, tem tudo,
Quem não tem mãe - não tem nada!
O ardinita, o João,
Levantou-se muito cedo
Porque tinha que estar cedo
À porta da redacção.
Trincou um naco de pão
Que lhe soube muito bem;
Antes de partir, porém,
Foi-se à mãe adormecida
Dizendo: Cá vou à vida
Ó minha mãe, minha mãe!...
A mãe, com todo o carinho."
Deitou-lhe a benção, beijou-o
E, depois, aconselhou-o:
«Sempre muito juizinho,
Não te enganes no caminho,
Não fumes, não jogues nada...
«Pode ficar descansada!...
Disse ele, p'ra a iludir,
E tornou-se a despedir:
Ó minha mãe, minha amada!...
Cruzou toda a Madragoa
Apressado, a assobiar
Uma marcha popular
Do São João em Lisboa.
Nisto pensou: «É tão ,boa
A minha mãe!... E contudo
Como a engano, a iludo
E lhe minto, coitadinha!...
«Gramo» tanto essa velhinha!
Quem tem uma mãe, tem tudo!...
Neste calão repelente
Da gíria da malandragem,
Havia um quê de homenagem
Na sua boca inocente.
Chegou ao jornal, contente,
Sempre de alma levantada,
Mas, como o calão lhe agrada
Repete: - «Como eu a «gramo»!...
Tanto lhe quero, tanto a amo,
Quem não tem mãe, não tem nada!...
ARDINITA
Ó minha mãe, minha mãe,
Ó minha mãe, minha amada,
Quem tem uma mãe, tem tudo,
Quem não tem mãe - não tem nada!
O ardinita, o João,
Levantou-se muito cedo
Porque tinha que estar cedo
À porta da redacção.
Trincou um naco de pão
Que lhe soube muito bem;
Antes de partir, porém,
Foi-se à mãe adormecida
Dizendo: Cá vou à vida
Ó minha mãe, minha mãe!...
A mãe, com todo o carinho."
Deitou-lhe a benção, beijou-o
E, depois, aconselhou-o:
«Sempre muito juizinho,
Não te enganes no caminho,
Não fumes, não jogues nada...
«Pode ficar descansada!...
Disse ele, p'ra a iludir,
E tornou-se a despedir:
Ó minha mãe, minha amada!...
Cruzou toda a Madragoa
Apressado, a assobiar
Uma marcha popular
Do São João em Lisboa.
Nisto pensou: «É tão ,boa
A minha mãe!... E contudo
Como a engano, a iludo
E lhe minto, coitadinha!...
«Gramo» tanto essa velhinha!
Quem tem uma mãe, tem tudo!...
Neste calão repelente
Da gíria da malandragem,
Havia um quê de homenagem
Na sua boca inocente.
Chegou ao jornal, contente,
Sempre de alma levantada,
Mas, como o calão lhe agrada
Repete: - «Como eu a «gramo»!...
Tanto lhe quero, tanto a amo,
Quem não tem mãe, não tem nada!...
MARIA TERESA DE NORONHA
FADO DO CASTANHEIRO (Pedro Rodrigues/Vasconcelos e Sá)
FADO DO CASTANHEIRO
No cimo daquele Outeiro
Debruçado Castanheiro
Morre de sede e fadiga
Torcendo os braços ao vento
Dando à visão tormento
Sobre uma rocha inimiga
Tão velhinho e tão mirrado
Perdeu as folhas coitado
Fogem dele os passarinhos
Nem mesmo em noites suaves
Ele pode abrigar as aves
Nem pode embalar os ninhos
Um ramo de hera viçosa
Que viveu sempre amorosa
Ao pobre tronco segura
Abraça o pobre velhinho
Cada vez com mais carinho
Cada vez com mais ternura
Ó era que não dás flor
Teu coração para amor
Deve ser igual ao meu
Singela planta (ai) que eu amo
Jamais se esquece do ramo
Onde uma vez se prendeu
FADO DO CASTANHEIRO
No cimo daquele Outeiro
Debruçado Castanheiro
Morre de sede e fadiga
Torcendo os braços ao vento
Dando à visão tormento
Sobre uma rocha inimiga
Tão velhinho e tão mirrado
Perdeu as folhas coitado
Fogem dele os passarinhos
Nem mesmo em noites suaves
Ele pode abrigar as aves
Nem pode embalar os ninhos
Um ramo de hera viçosa
Que viveu sempre amorosa
Ao pobre tronco segura
Abraça o pobre velhinho
Cada vez com mais carinho
Cada vez com mais ternura
Ó era que não dás flor
Teu coração para amor
Deve ser igual ao meu
Singela planta (ai) que eu amo
Jamais se esquece do ramo
Onde uma vez se prendeu
TEREZA TAROUCA
CANÇÃO VERDE (Pedro Homem de Melo / Carlos da Maia)
CANÇÃO VERDE
A minha canção é verde
A minha canção é verde
Sempre de verde cantei;
De verde cantei ao povo
E fui de verde, de verde
Cantar á mesa do rei
Tive um amor, triste sina
Tive um amor, triste sina
Amar é perder alguém
Desde então ficou mais verde
Tudo em mim, a voz, o olhar
E o meu coração também
Deu-me a vida além de luto
Deu-me a vida além de luto
Amores á margem da lei
Amigos são inimigos
Pára, me disseram todos
Só eu de verde fiquei
A minha canção é verde
A minha canção é verde
Canção á margem da lei
A minha canção é verde
Verde como este poema
Que por meu mal te cantei
A minha canção é verde
Verde, verde, verde, verde
Mas porque é verde não sei
CANÇÃO VERDE
A minha canção é verde
A minha canção é verde
Sempre de verde cantei;
De verde cantei ao povo
E fui de verde, de verde
Cantar á mesa do rei
Tive um amor, triste sina
Tive um amor, triste sina
Amar é perder alguém
Desde então ficou mais verde
Tudo em mim, a voz, o olhar
E o meu coração também
Deu-me a vida além de luto
Deu-me a vida além de luto
Amores á margem da lei
Amigos são inimigos
Pára, me disseram todos
Só eu de verde fiquei
A minha canção é verde
A minha canção é verde
Canção á margem da lei
A minha canção é verde
Verde como este poema
Que por meu mal te cantei
A minha canção é verde
Verde, verde, verde, verde
Mas porque é verde não sei
VICENTE DA CÂMARA
FADO DO CAMPINO (Fernando Santos/Raúl Ferrão)
FADO DO CAMPINO
Mal canta o galo, ainda o sol não é nado
Monto a cavalo e vou p’ra junto do gado
E os animais, essas tais feras bravias
Com seus olhos tão leais parecem dar-me os bons dias
Pampilho ao alto
Corpo firme no selim
Nunca tive um sobressalto
se um toiro investe p’ra mim
Já disse um homem
Que foi toureiro afamado
Mais marradas dá fome
do que um toiro tresmalhado
Quando anoitece e o gado dorme p’lo chão
Rezo uma prece p’la alma dos que lá estão
P’ra que as searas cresçam livres da tormenta
E o mal não mata as piaras, nem os novilhos de tenta
Mas quando as cheias destroçam pastos e trigo
Há miséria nas aldeias e eu vou pensando comigo
Já disse um homem que foi toureiro afamado
Mais marradas dá a fome do que um toiro tresmalhado
FADO DO CAMPINO
Mal canta o galo, ainda o sol não é nado
Monto a cavalo e vou p’ra junto do gado
E os animais, essas tais feras bravias
Com seus olhos tão leais parecem dar-me os bons dias
Pampilho ao alto
Corpo firme no selim
Nunca tive um sobressalto
se um toiro investe p’ra mim
Já disse um homem
Que foi toureiro afamado
Mais marradas dá fome
do que um toiro tresmalhado
Quando anoitece e o gado dorme p’lo chão
Rezo uma prece p’la alma dos que lá estão
P’ra que as searas cresçam livres da tormenta
E o mal não mata as piaras, nem os novilhos de tenta
Mas quando as cheias destroçam pastos e trigo
Há miséria nas aldeias e eu vou pensando comigo
Já disse um homem que foi toureiro afamado
Mais marradas dá a fome do que um toiro tresmalhado
MARIA JOÃO QUADROS
ZÉ PESCADOR (Tiago Torres da Silva / Armandinho)
ZÉ PESCADOR
Eu fui até ao cais á procura do zé
Não o conhecem mais, ninguém sabe quem é
Alguém o viu passar? Não há quem me responda
Mas dizem que foi p’ro mar, deitar-se numa onda
A maré quando encheu apagou-lhe a beata
E quando o mar desceu, o Zé fez-se á fragata
Perguntei nos cafés, toda a gente o esqueceu
Encontrei tantos Zés, mas nenhum é o meu
Um velho pescador ainda se recorda
Diz que o Zé é a dor da rede que ele borda
E diz que se o meu Zé partiu, a culpa é minha
Levou-o a maré das saudades que tinha
ZÉ PESCADOR
Eu fui até ao cais á procura do zé
Não o conhecem mais, ninguém sabe quem é
Alguém o viu passar? Não há quem me responda
Mas dizem que foi p’ro mar, deitar-se numa onda
A maré quando encheu apagou-lhe a beata
E quando o mar desceu, o Zé fez-se á fragata
Perguntei nos cafés, toda a gente o esqueceu
Encontrei tantos Zés, mas nenhum é o meu
Um velho pescador ainda se recorda
Diz que o Zé é a dor da rede que ele borda
E diz que se o meu Zé partiu, a culpa é minha
Levou-o a maré das saudades que tinha
MARINA MOTA
VARINA DA MOURARIA (
VARINA DA MOURARIA
Com seu vistoso pregão
Vai subindo o Capelão
A Maria vendedeira
Pousa a canastra na Guia
Pra atender a freguesia
Que habita na Amendoeira
Todo o bairro gosta dela
Por ser a mais linda e bela
Varina da Mouraria
Em cada lado mais pobre
Há-de haver um peito nobre
Pra defender a Maria
Velha Mouraria inteira
Se orgulha da vendedeira
Do seu labor e virtude
Pois em vez de passear
Aos domingos vai rezar
À senhora da saúde
Recebe qualquer chalaça
Com ditos cheios de graça
Sem ofender sem ter mal
Que sejam como a Maria
Varina da Mouraria
Varinas de Portugal
VARINA DA MOURARIA
Com seu vistoso pregão
Vai subindo o Capelão
A Maria vendedeira
Pousa a canastra na Guia
Pra atender a freguesia
Que habita na Amendoeira
Todo o bairro gosta dela
Por ser a mais linda e bela
Varina da Mouraria
Em cada lado mais pobre
Há-de haver um peito nobre
Pra defender a Maria
Velha Mouraria inteira
Se orgulha da vendedeira
Do seu labor e virtude
Pois em vez de passear
Aos domingos vai rezar
À senhora da saúde
Recebe qualquer chalaça
Com ditos cheios de graça
Sem ofender sem ter mal
Que sejam como a Maria
Varina da Mouraria
Varinas de Portugal
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
HELENA TAVARES
EU GOSTO DUM MARINHEIRO (Frederico Valério/José Galhardo)
EU GOSTO DUM MARINHEIRO
Trago o mar dentro do peito
E ando com ele a sonhar
Até que o sonho é desfeito
Na branca espuma do mar
Ó mar tu és um momento
Que outro a seguir já desfez
Verde, azul, branco e cinzento
Vais e vens com as marés
Eu gosto dum marinheiro
E vejo o mar sem ter fim
E a minha cruz é um cruzeiro
Em que ele embarca sem mim
Na outra volta sustenta
Que um dia me há-de levar
Cruzeiro em mar de água benta
Cruzeiro em cima do altar
Fiz uma santa promessa
Fui um milagre implorar
P`ra que voltes depressa
E não me esqueças no mar
Por cada vela da Sagres
Hei-de uma vela acender
À senhora dos milagres
Que o Milagre, vai fazer
Eu gosto dum marinheiro
E vejo o mar sem ter fim
E a minha cruz é um cruzeiro
Em que ele embarca sem mim
Na outra volta sustenta
Que um dia me há-de levar
Cruzeiro em mar de água benta
Cruzeiro em cima do altar
Na outra volta sustenta
Que um dia me há-de levar
Cruzeiro em mar de água benta
Cruzeiro em cima do altar
EU GOSTO DUM MARINHEIRO
Trago o mar dentro do peito
E ando com ele a sonhar
Até que o sonho é desfeito
Na branca espuma do mar
Ó mar tu és um momento
Que outro a seguir já desfez
Verde, azul, branco e cinzento
Vais e vens com as marés
Eu gosto dum marinheiro
E vejo o mar sem ter fim
E a minha cruz é um cruzeiro
Em que ele embarca sem mim
Na outra volta sustenta
Que um dia me há-de levar
Cruzeiro em mar de água benta
Cruzeiro em cima do altar
Fiz uma santa promessa
Fui um milagre implorar
P`ra que voltes depressa
E não me esqueças no mar
Por cada vela da Sagres
Hei-de uma vela acender
À senhora dos milagres
Que o Milagre, vai fazer
Eu gosto dum marinheiro
E vejo o mar sem ter fim
E a minha cruz é um cruzeiro
Em que ele embarca sem mim
Na outra volta sustenta
Que um dia me há-de levar
Cruzeiro em mar de água benta
Cruzeiro em cima do altar
Na outra volta sustenta
Que um dia me há-de levar
Cruzeiro em mar de água benta
Cruzeiro em cima do altar
NATÉRCIA DA CONCEIÇÃO
PEDRAS SOLTAS (Linhares Barbosa/Armandinho)
PEDRAS SOLTAS
Se as frias pedras sentissem
Sentissem e se falassem
Talvez que não permitissem
Que os teus dois pés as pisassem
Em todo o caso cuidado
Quando a vaidade te exalta
Muitos têm tropeçado
Porque uma pedra é mais alta
Quando na rua tropeças
E quase vais a cair
É porque trazes promessas
E que não podes cumprir
Olha que um passo mal dado
Traz uma queda ainda mais
Uma queda no passado
Deixa pra sempre sinais
Dei um dia um tropeção
Foi a minha desventura
Caí no teu coração
Que é feito de pedra dura
PEDRAS SOLTAS
Se as frias pedras sentissem
Sentissem e se falassem
Talvez que não permitissem
Que os teus dois pés as pisassem
Em todo o caso cuidado
Quando a vaidade te exalta
Muitos têm tropeçado
Porque uma pedra é mais alta
Quando na rua tropeças
E quase vais a cair
É porque trazes promessas
E que não podes cumprir
Olha que um passo mal dado
Traz uma queda ainda mais
Uma queda no passado
Deixa pra sempre sinais
Dei um dia um tropeção
Foi a minha desventura
Caí no teu coração
Que é feito de pedra dura
MARIA VALEJO
BEIJOS (António Amargo/Jaime Santos)
BEIJOS
Tantos beijos de carinho
Já deram nos lábios teus
Que nem lá vejo um cantinho
Onde possa pôr os meus
Embora sinta desejos
Beijos de amor não te os dou
Pois não quero poisar beijos
Onde outra boca os poisou
Cada beijo que eu te desse
Sobre um beijo que outra deu
Não blasfemo mas parece
Que o beijo não era meu
Eu nunca perdoaria
Que tu pela vida além
Confundisses qualquer dia
Meus beijos com os de alguém
BEIJOS
Tantos beijos de carinho
Já deram nos lábios teus
Que nem lá vejo um cantinho
Onde possa pôr os meus
Embora sinta desejos
Beijos de amor não te os dou
Pois não quero poisar beijos
Onde outra boca os poisou
Cada beijo que eu te desse
Sobre um beijo que outra deu
Não blasfemo mas parece
Que o beijo não era meu
Eu nunca perdoaria
Que tu pela vida além
Confundisses qualquer dia
Meus beijos com os de alguém
FLORÊNCIA
NO FADO NEM TUDO É TRISTE (José Guimarães/Resende Dias)
NO FADO NEM TUDO É TRISTE
Tudo o que no fado existe
Tem a graça do senhor
No fado nem tudo é triste
No fado nem tudo é dor
Se ouvir uma guitarrada
Nos convida á nostalgia
O cantar á desgarrada
Tem o seu quê de alegria
O fado é prazer e dor
Descrença e fé
Ódio e amor
É o cantar de cada voz
No soluçar do fado de todos nós
A saudade do passado
É um fado bem sentido
Mas numa espera de gado
O fado é fado corrido
Nessa viela bairrista
O fado está rufião
Mas num retiro fadista
O fado é uma oração
O fado é prazer e dor
Descrença e fé
Ódio e amor
É o cantar de cada voz
No soluçar do fado de todos nós
NO FADO NEM TUDO É TRISTE
Tudo o que no fado existe
Tem a graça do senhor
No fado nem tudo é triste
No fado nem tudo é dor
Se ouvir uma guitarrada
Nos convida á nostalgia
O cantar á desgarrada
Tem o seu quê de alegria
O fado é prazer e dor
Descrença e fé
Ódio e amor
É o cantar de cada voz
No soluçar do fado de todos nós
A saudade do passado
É um fado bem sentido
Mas numa espera de gado
O fado é fado corrido
Nessa viela bairrista
O fado está rufião
Mas num retiro fadista
O fado é uma oração
O fado é prazer e dor
Descrença e fé
Ódio e amor
É o cantar de cada voz
No soluçar do fado de todos nós
ANTÓNIO ROCHA
MEU CIÚME (António Rocha/João Alberto)
MEU CIÚME
Alfama bairro velhinho
Do fado porto de abrigo
Nele tracei o caminho
Que me fez cruzar contigo
Passei pela rua onde moras
Vi-te á janela e sorri
Sorriste a todas as horas
Agora passo por ti
Digo amor quando te vejo
E se aos outros causo inveja
É por ciúmes do beijo
Que te hei-de dar na igreja
Até lá volto a passar
Todos os dias por Alfama
Onde o fado foi morar
Com a mulher que me ama
Mas como sou ciumento
E te quero sempre a meu lado
No dia do casamento
Mandarei embora o fado
MEU CIÚME
Alfama bairro velhinho
Do fado porto de abrigo
Nele tracei o caminho
Que me fez cruzar contigo
Passei pela rua onde moras
Vi-te á janela e sorri
Sorriste a todas as horas
Agora passo por ti
Digo amor quando te vejo
E se aos outros causo inveja
É por ciúmes do beijo
Que te hei-de dar na igreja
Até lá volto a passar
Todos os dias por Alfama
Onde o fado foi morar
Com a mulher que me ama
Mas como sou ciumento
E te quero sempre a meu lado
No dia do casamento
Mandarei embora o fado
FERNANDO FARINHA
MIÚDA DA MINHA RUA (
MIÚDA DA MINHA RUA
Miúda da minha rua
De olhos lindos cor dos céus
Miúda da minha rua
De olhos lindos cor dos céus
Não conheço outro miúda
Com olhos iguais aos teus
Não conheço outro miúda
Com olhos iguais aos teus
Miúda da minha rua
Que sorris quando te finto
Miúda da minha rua
Que sorris quando te finto
Nunca vi na minha vida
Um sorriso tão bonito
Nunca vi na minha vida
Um sorriso tão bonito
Miúda da minha rua
O teu andar me garante
Miúda da minha rua
O teu andar me garante
Que não deve haver no mundo
Um corpinho mais elegante
Que não deve haver no mundo
Um corpinho mais elegante
Miúda da minha rua
Com tudo o que tens de teu
Miúda da minha rua
Com tudo o que tens de teu
Só não tens é um rapaz
Que te queira como eu
Só não tens é um rapaz
Que te queira como eu
Miúda da minha rua
Se a minha ideia não muda
Miúda da minha rua
Se a minha ideia não muda
Minha rua ainda vai ser
Rua da minha miúda
Minha rua ainda vai ser
Rua da minha miúda
MIÚDA DA MINHA RUA
Miúda da minha rua
De olhos lindos cor dos céus
Miúda da minha rua
De olhos lindos cor dos céus
Não conheço outro miúda
Com olhos iguais aos teus
Não conheço outro miúda
Com olhos iguais aos teus
Miúda da minha rua
Que sorris quando te finto
Miúda da minha rua
Que sorris quando te finto
Nunca vi na minha vida
Um sorriso tão bonito
Nunca vi na minha vida
Um sorriso tão bonito
Miúda da minha rua
O teu andar me garante
Miúda da minha rua
O teu andar me garante
Que não deve haver no mundo
Um corpinho mais elegante
Que não deve haver no mundo
Um corpinho mais elegante
Miúda da minha rua
Com tudo o que tens de teu
Miúda da minha rua
Com tudo o que tens de teu
Só não tens é um rapaz
Que te queira como eu
Só não tens é um rapaz
Que te queira como eu
Miúda da minha rua
Se a minha ideia não muda
Miúda da minha rua
Se a minha ideia não muda
Minha rua ainda vai ser
Rua da minha miúda
Minha rua ainda vai ser
Rua da minha miúda
VASCO SANTANA
FADO DO ESTUDANTE (
FADO DO ESTUDANTE
Triste sina ver-me assim
Que sorte vil, degradante
Ai que saudade eu sinto em mim
Do meu viver de estudante
Esse fugaz tempo de amor
Que d'um rapaz era o melhor
Era um audaz conquistador das raparigas
De capa ao léu cabeça ao ar
Só para amar vivia eu
Sem me ralar e tudo mais eram cantigas
Nenhuma delas me prendeu
Deixa-las eu era canja
Até ao dia em que apareceu
Essa traidora de franja
Sempre a tinir sem um tostão
Batina a abrir por um rasgão
Botas a rir e um bengalão e ar descarado
A vadiar com outros mais
Ia dançar para os arraias
Pra namorar beber folgar cantar o fado
Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia
Os professores da faculdade
E a mesa de anatomia
Evoco em mim recordações
Que não têm fim dessas lições
Frente ao jardim do velho campo de Santana
Aulas que eu dava e sem estudar
Só ainda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semana...
O fado é toda a minha fé
Embala, encanta e inebria
Pois chega a ser bonito até
Na radiotelefonia
Quando é tocado com calor
Bem afinado e a rigor
É belo fado, ninguém há que lhe resista
É a canção mais popular
Tem emoção faz-nos vibrar
E eis a razão de eu ser doutor ser fadista
FADO DO ESTUDANTE
Triste sina ver-me assim
Que sorte vil, degradante
Ai que saudade eu sinto em mim
Do meu viver de estudante
Esse fugaz tempo de amor
Que d'um rapaz era o melhor
Era um audaz conquistador das raparigas
De capa ao léu cabeça ao ar
Só para amar vivia eu
Sem me ralar e tudo mais eram cantigas
Nenhuma delas me prendeu
Deixa-las eu era canja
Até ao dia em que apareceu
Essa traidora de franja
Sempre a tinir sem um tostão
Batina a abrir por um rasgão
Botas a rir e um bengalão e ar descarado
A vadiar com outros mais
Ia dançar para os arraias
Pra namorar beber folgar cantar o fado
Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia
Os professores da faculdade
E a mesa de anatomia
Evoco em mim recordações
Que não têm fim dessas lições
Frente ao jardim do velho campo de Santana
Aulas que eu dava e sem estudar
Só ainda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semana...
O fado é toda a minha fé
Embala, encanta e inebria
Pois chega a ser bonito até
Na radiotelefonia
Quando é tocado com calor
Bem afinado e a rigor
É belo fado, ninguém há que lhe resista
É a canção mais popular
Tem emoção faz-nos vibrar
E eis a razão de eu ser doutor ser fadista
MANUEL DE ALMEIDA
EMBUÇADO (
EMBUÇADO
A história que vou contar
Contou-me certa velhinha
Uma vez que eu fui cantar
Ao salão de um titular
Lá para o paço da Rainha
E nesse salão doirado
De ambiente Nobre e sério
Para ouvir cantar o fado
Ia sempre o embuçado
Personagem de mistério
Mas certa vez ouve alguém
Que lhe diz erguendo a fala
Embuçado, nota bem
Que hoje não fique ninguém
Embuçado nesta sala
Tanta admiração geral
Descobriu-se o embuçado
Era el-rei de Portugal
Ouve bem, chamam real
E depois cantou-se o fado
EMBUÇADO
A história que vou contar
Contou-me certa velhinha
Uma vez que eu fui cantar
Ao salão de um titular
Lá para o paço da Rainha
E nesse salão doirado
De ambiente Nobre e sério
Para ouvir cantar o fado
Ia sempre o embuçado
Personagem de mistério
Mas certa vez ouve alguém
Que lhe diz erguendo a fala
Embuçado, nota bem
Que hoje não fique ninguém
Embuçado nesta sala
Tanta admiração geral
Descobriu-se o embuçado
Era el-rei de Portugal
Ouve bem, chamam real
E depois cantou-se o fado
TRISTÃO DA SILVA
DAQUELA JANELA VIRADA P`RO MAR (
DAQUELA JANELA VIRADA P`RO MAR
Cem anos que eu viva não posso esquecer-me
Daquele navio que eu vi naufragar
Na boca da Barra tentando perder-me
E aquela janela virada pró mar
Sei lá quantas vezes desci esse Tejo
E fui p´lo mar fora com a alma a sangrar
Levando na ideia os lábios que invejo
E aquela janela virada pró mar
Marinheiro do Mar Alto
Quando as vagas uma a uma
Prepararem-te um assalto
P´ra fazer teu barco em espuma
Reparo na quilha bailando na crista
Das vagas gigantes que o querem tragar
Se não tens cautela não pões mais a vista
Naquela janela virada pró mar
Se mais ainda houvesse mais fortes correra
Lembrando-me em noites de meio luar
Dos olhos gaiatos que estavam à espera
Naquela janela virada pró mar
Mas quis o destino que o meu mastodonte
Já velho e cansado viesse encalhar
Na boca da barra e mesmo defronte
Naquela janela virada pro mar
Marinheiro do mar alto
Olha as ondas uma a uma
Preparando-te um assalto entre montes de alva espuma
Por mais que elas bailem numa louca orgia
Não trazem desejos de me torturar
Como aquela doida que eu deixei um dia
Naquela janela virada pró mar
DAQUELA JANELA VIRADA P`RO MAR
Cem anos que eu viva não posso esquecer-me
Daquele navio que eu vi naufragar
Na boca da Barra tentando perder-me
E aquela janela virada pró mar
Sei lá quantas vezes desci esse Tejo
E fui p´lo mar fora com a alma a sangrar
Levando na ideia os lábios que invejo
E aquela janela virada pró mar
Marinheiro do Mar Alto
Quando as vagas uma a uma
Prepararem-te um assalto
P´ra fazer teu barco em espuma
Reparo na quilha bailando na crista
Das vagas gigantes que o querem tragar
Se não tens cautela não pões mais a vista
Naquela janela virada pró mar
Se mais ainda houvesse mais fortes correra
Lembrando-me em noites de meio luar
Dos olhos gaiatos que estavam à espera
Naquela janela virada pró mar
Mas quis o destino que o meu mastodonte
Já velho e cansado viesse encalhar
Na boca da barra e mesmo defronte
Naquela janela virada pro mar
Marinheiro do mar alto
Olha as ondas uma a uma
Preparando-te um assalto entre montes de alva espuma
Por mais que elas bailem numa louca orgia
Não trazem desejos de me torturar
Como aquela doida que eu deixei um dia
Naquela janela virada pró mar
CRISTINA BRANCO
TRAGO FADO NOS SENTIDOS
Letra: Amália Rodrigues / Música: José Fontes Rocha
TRAGO FADOS NOS SENTIDOS
Trago fado nos sentidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noites de solidão
Trago versos, trago sons,
De uma grande sinfonia
Tocado em todos os tons
Na tristeza e na alegria
Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meus olhos
Que choram desde meninos
Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores ainda maiores
Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meus olhos
Que choram desde meninos
Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores ainda maiores
Letra: Amália Rodrigues / Música: José Fontes Rocha
TRAGO FADOS NOS SENTIDOS
Trago fado nos sentidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noites de solidão
Trago versos, trago sons,
De uma grande sinfonia
Tocado em todos os tons
Na tristeza e na alegria
Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meus olhos
Que choram desde meninos
Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores ainda maiores
Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meus olhos
Que choram desde meninos
Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores ainda maiores
AMÁLIA RODRIGUES
QUANDO SE GOSTA DE ALGUÉM (Amália)
QUANDO SE GOSTA DE ALGUÉM
Quando se gosta de alguém
Sente-se dentro da gente
Ainda não percebi bem
Ao certo o que é que se sente
Ainda não percebi bem
Ao certo o que é que se sente
Quando alguém gosta de alguém
É de nós que não gostamos
Perde-se o sono por quem
Perdidos de amor andamos
Quando se gosta de alguém
É de nós que não gostamos
Quando alguém gosta de alguém
Anda assim como ando eu
Que não ando nada bem
Com este mal que me deu
Quando alguém gosta de alguém
Anda assim como ando eu
Quando se gosta de alguém
É como estar-se doente
Quanto mais amor se tem
Pior agente se sente
Quando se gosta de alguém
É como estar-se doente
Quando se gosta de alguém
Como eu gosto de quem gosto
O desgosto que se tem
É desgosto que dá gosto
Quando se gosta de alguém
Como eu gosto de quem gosto
QUANDO SE GOSTA DE ALGUÉM
Quando se gosta de alguém
Sente-se dentro da gente
Ainda não percebi bem
Ao certo o que é que se sente
Ainda não percebi bem
Ao certo o que é que se sente
Quando alguém gosta de alguém
É de nós que não gostamos
Perde-se o sono por quem
Perdidos de amor andamos
Quando se gosta de alguém
É de nós que não gostamos
Quando alguém gosta de alguém
Anda assim como ando eu
Que não ando nada bem
Com este mal que me deu
Quando alguém gosta de alguém
Anda assim como ando eu
Quando se gosta de alguém
É como estar-se doente
Quanto mais amor se tem
Pior agente se sente
Quando se gosta de alguém
É como estar-se doente
Quando se gosta de alguém
Como eu gosto de quem gosto
O desgosto que se tem
É desgosto que dá gosto
Quando se gosta de alguém
Como eu gosto de quem gosto
GRACIANO SAGA
VEM DEVAGAR IMIGRANTE (
VEM DEVAGAR IMIGRANTE
Imigrante vem devagar por favor,
Temos muito tempo para lá chegar
E depois, lá diz o velho ditado:
Mais vale um minuto na vida,
Do que a vida num minuto."
Passou-se no mês de Agosto,
Este drama tão cruel
De um imigrante infeliz
Foi tanta a pouca sorte,
Na estrada encontrou a morte
Quando vinha ao seu país
Do trabalho veio a casa,
Preparou a sua mala
E partira da Alemanha
Mas seu destino afinal
Acabou por ser fatal
Numa estrada em Espanha
Dizem aqueles que viram
Que ele ia tão apressado
A grande velocidade
Foi o sono que lhe deu
O controlo ele perdeu
Desse carro de maldade
Foi o sono que lhe deu
O controlo ele perdeu
Desse carro de maldade
Trazia na sua mente
Ir ver o seu pai doente
Que estava no hospital
Na ideia um só pensar
O seu paizinho beijar
Ao chegar a Portugal
Mas tudo foi de repente
Partiu de Benavente
O drama aconteceu
Ele vinha tão cansado
De tanto já ter rolado
E então adormeceu
Nada podendo fazer
num camião foi bater
e deu-se o choque frontal
Seu carro se esmagou
e desfeito ele ficou
num acidente mortal
Seu carro se esmagou
e desfeito ele ficou
num acidente mortal
Ele não vinha sozinho
Trazia também consigo
Sua mulher e filhinho
Sem dar conta de nada
e naquela madrugada
morrem os três no caminho
Quando a notícia chegou
no hospital alguém contou
o desastre que aconteceu
Seu pai que tanto sofria
nunca mais o filho via
fechou os olhos morreu
Imigrantes oiçam bem
não vale a pena correr
porque pode ser fatal
Venham todos devagar
há tempo para cá chegar
e abraçar Portugal
Venham todos devagar
há tempo para cá chegar
e abraçar Portugal
VEM DEVAGAR IMIGRANTE
Imigrante vem devagar por favor,
Temos muito tempo para lá chegar
E depois, lá diz o velho ditado:
Mais vale um minuto na vida,
Do que a vida num minuto."
Passou-se no mês de Agosto,
Este drama tão cruel
De um imigrante infeliz
Foi tanta a pouca sorte,
Na estrada encontrou a morte
Quando vinha ao seu país
Do trabalho veio a casa,
Preparou a sua mala
E partira da Alemanha
Mas seu destino afinal
Acabou por ser fatal
Numa estrada em Espanha
Dizem aqueles que viram
Que ele ia tão apressado
A grande velocidade
Foi o sono que lhe deu
O controlo ele perdeu
Desse carro de maldade
Foi o sono que lhe deu
O controlo ele perdeu
Desse carro de maldade
Trazia na sua mente
Ir ver o seu pai doente
Que estava no hospital
Na ideia um só pensar
O seu paizinho beijar
Ao chegar a Portugal
Mas tudo foi de repente
Partiu de Benavente
O drama aconteceu
Ele vinha tão cansado
De tanto já ter rolado
E então adormeceu
Nada podendo fazer
num camião foi bater
e deu-se o choque frontal
Seu carro se esmagou
e desfeito ele ficou
num acidente mortal
Seu carro se esmagou
e desfeito ele ficou
num acidente mortal
Ele não vinha sozinho
Trazia também consigo
Sua mulher e filhinho
Sem dar conta de nada
e naquela madrugada
morrem os três no caminho
Quando a notícia chegou
no hospital alguém contou
o desastre que aconteceu
Seu pai que tanto sofria
nunca mais o filho via
fechou os olhos morreu
Imigrantes oiçam bem
não vale a pena correr
porque pode ser fatal
Venham todos devagar
há tempo para cá chegar
e abraçar Portugal
Venham todos devagar
há tempo para cá chegar
e abraçar Portugal
MADALENA IGLÉSIAS
GOSTEI DE TI (Jorge Costa Pinto/Guilherme Pereira da Rosa)
GOSTEI DE TI
A nossa vida
Anda escrita no destino
Vai de vencida
Mandada p’lo Deus menino
E se em meu fado
Tu foste o meu desespero
Hoje és passado
Podes crer, já não te quero
Gostei de ti... como ninguém há-de amar-te
E o que eu sofri... só de pensar em deixar-te
E se hoje passo junto a ti por qualquer rua
Não há um traço de paixão, por culpa tua
Foste o culpado
Desta indiferença de agora
P’ra mim és nada
Tu que foste tudo outrora
És do passado
Apenas recordação
Lume apagado
É cinza duma paixão
Gostei de ti... como ninguém há-de amar-te
E o que eu sofri... só de pensar em deixar-te
E se hoje passo junto a ti por qualquer rua
Não há um traço de paixão, por culpa tua
GOSTEI DE TI
A nossa vida
Anda escrita no destino
Vai de vencida
Mandada p’lo Deus menino
E se em meu fado
Tu foste o meu desespero
Hoje és passado
Podes crer, já não te quero
Gostei de ti... como ninguém há-de amar-te
E o que eu sofri... só de pensar em deixar-te
E se hoje passo junto a ti por qualquer rua
Não há um traço de paixão, por culpa tua
Foste o culpado
Desta indiferença de agora
P’ra mim és nada
Tu que foste tudo outrora
És do passado
Apenas recordação
Lume apagado
É cinza duma paixão
Gostei de ti... como ninguém há-de amar-te
E o que eu sofri... só de pensar em deixar-te
E se hoje passo junto a ti por qualquer rua
Não há um traço de paixão, por culpa tua
LISA SANTOS
LEIO EM TEUS OLHOS (Mário Moniz Pereira)
LEIO EM TEUS OLHOS
Leio em teus olhos
Que o nosso amor está cansado
Leio em teus olhos
Recordações do passado
Leio em teus olhos
Que já não sou nesta hora
O que fui p’ra ti outrora
Leio em teus olhos
O amor de alguém é inconstante
Logo que ele vem, vai num instante
Vê lá se o teu não está já muito diferente
Continua igual ao meu, como ele era antigamente
Leio em teus olhos
Que o nosso amor está cansado
Leio em teus olhos
Recordações do passado
Leio em teus olhos
Que já não sou nesta hora
O que fui p’ra ti outrora
Leio em teus olhos
LEIO EM TEUS OLHOS
Leio em teus olhos
Que o nosso amor está cansado
Leio em teus olhos
Recordações do passado
Leio em teus olhos
Que já não sou nesta hora
O que fui p’ra ti outrora
Leio em teus olhos
O amor de alguém é inconstante
Logo que ele vem, vai num instante
Vê lá se o teu não está já muito diferente
Continua igual ao meu, como ele era antigamente
Leio em teus olhos
Que o nosso amor está cansado
Leio em teus olhos
Recordações do passado
Leio em teus olhos
Que já não sou nesta hora
O que fui p’ra ti outrora
Leio em teus olhos
FERNANDO FARINHA
SOLDADO DA TRINCHEIRA (
SOLDADO DA TRINCHEIRA
O soldado na trincheira,
Não passa duma toupeira
Vive debaixo do chão.
Só pode ter a alegria
De espreitar a luz do dia
Pela boca de um canhão.
Mas quando chegar a hora
Dele arrancar por aí fora
Ao som da marcha de guerra,
Seus olhos são duas brasas
E as toupeiras ganham asas
Como as águias lá da serra
Rastejamos como sapos,
Com as fardas em farrapos
Pela terra de ninguém
Mas cá dentro o pensamento,
Corre mais alto que o vento
Voando para nossa mãe.
E se eu morrer na batalha,
Só quero ter por mortalha
A bandeira nacional.
E na campa de soldado,
Só quero um nome gravado
O nome de Portugal.
Soldados da nossa terra,
São voluntários da guerra
Que vêm bater-se por brio.
Raça de povo e de glória,
Que escreveu a nossa história
Nos mundos que descobriu.
Por isso a Pátria distante,
Brilha em nós a cada instante
Como a luz de uma candeia,
Que arde de noite e de dia
No altar da Virgem Maria
Na igreja da nossa aldeia.
Rastejamos como sapos,
Com as fardas em farrapos
Pela terra de ninguém
Mas cá dentro o pensamento,
Corre mais alto que o vento
Voando para nossa mãe.
E se eu morrer na batalha,
Só quero ter por mortalha
A bandeira nacional.
E na campa de soldado,
Só quero um nome gravado
O nome de Portugal.
SOLDADO DA TRINCHEIRA
O soldado na trincheira,
Não passa duma toupeira
Vive debaixo do chão.
Só pode ter a alegria
De espreitar a luz do dia
Pela boca de um canhão.
Mas quando chegar a hora
Dele arrancar por aí fora
Ao som da marcha de guerra,
Seus olhos são duas brasas
E as toupeiras ganham asas
Como as águias lá da serra
Rastejamos como sapos,
Com as fardas em farrapos
Pela terra de ninguém
Mas cá dentro o pensamento,
Corre mais alto que o vento
Voando para nossa mãe.
E se eu morrer na batalha,
Só quero ter por mortalha
A bandeira nacional.
E na campa de soldado,
Só quero um nome gravado
O nome de Portugal.
Soldados da nossa terra,
São voluntários da guerra
Que vêm bater-se por brio.
Raça de povo e de glória,
Que escreveu a nossa história
Nos mundos que descobriu.
Por isso a Pátria distante,
Brilha em nós a cada instante
Como a luz de uma candeia,
Que arde de noite e de dia
No altar da Virgem Maria
Na igreja da nossa aldeia.
Rastejamos como sapos,
Com as fardas em farrapos
Pela terra de ninguém
Mas cá dentro o pensamento,
Corre mais alto que o vento
Voando para nossa mãe.
E se eu morrer na batalha,
Só quero ter por mortalha
A bandeira nacional.
E na campa de soldado,
Só quero um nome gravado
O nome de Portugal.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
ESMERALDA AMOEDO
SIGO HOJE OUTRO CAMINHO (
SIGO HOJE OUTRO CAMINHO
Sigo hoje outro caminho
Marcado pelo destino
Só amargura me deu
Talvez eu tivesse errado
Por tanto ter amado
A culpada fui só eu
Tanto tempo já passou
E o meu amor não voltou
Qual será o meu pecado
P`ra que uma cruz tão pesada
Seja por mim carregada
Só por de ti ter gostado
Só mal digo aquela hora
Em que disse vai-te embora
Porque não voltas meu bem
O teu lugar no meu peito
Ainda está no mesmo jeito
É só teu de mais ninguém
SIGO HOJE OUTRO CAMINHO
Sigo hoje outro caminho
Marcado pelo destino
Só amargura me deu
Talvez eu tivesse errado
Por tanto ter amado
A culpada fui só eu
Tanto tempo já passou
E o meu amor não voltou
Qual será o meu pecado
P`ra que uma cruz tão pesada
Seja por mim carregada
Só por de ti ter gostado
Só mal digo aquela hora
Em que disse vai-te embora
Porque não voltas meu bem
O teu lugar no meu peito
Ainda está no mesmo jeito
É só teu de mais ninguém
TEREZINHA ALVES
GOSTO DE TUDO O QUE É TEU (Maria José Runa / Carlos da Maia)
GOSTO DE TUDO O QUE É TEU
Eu gosto do teu andar
Desse jeito que é tão teu
Eu gosto do teu olhar
Olhar que a ti me prendeu
Eu gosto do teu cabelo
Do dourado do teu rosto
E da tua linda boca
Nem calculas como eu gosto
Eu gosto das tuas mãos
Que tão bem acariciam
Do teu corpo, dos teus modos
Que os meus olhos extasiam
Eu gosto do teu sorriso
Sorriso franco e leal
Até das tuas maldades
Eu não desgosto, afinal
Eu gosto da tua voz
A voz mais linda que ouvi
Gosto de tudo do que é teu
Só porque gosto de ti
GOSTO DE TUDO O QUE É TEU
Eu gosto do teu andar
Desse jeito que é tão teu
Eu gosto do teu olhar
Olhar que a ti me prendeu
Eu gosto do teu cabelo
Do dourado do teu rosto
E da tua linda boca
Nem calculas como eu gosto
Eu gosto das tuas mãos
Que tão bem acariciam
Do teu corpo, dos teus modos
Que os meus olhos extasiam
Eu gosto do teu sorriso
Sorriso franco e leal
Até das tuas maldades
Eu não desgosto, afinal
Eu gosto da tua voz
A voz mais linda que ouvi
Gosto de tudo do que é teu
Só porque gosto de ti
CARLOS ZEL
FADO MALUDA (Rosa de Lobato Faria / Carlos da Maia)
FADO MALUDA
Nasceu guardiã dos sonhos
Tem a magia nos olhos
Traz os segredos na mão;
Torna Lisboa mais bela
Quando pinta uma janela
Logo se abre o coração
São quiosques, são telhados
E há pardais alucinados
Embriagados de Tejo
E uma cegonha perdida
Confusa, pediu guarida
Numa tela de além Tejo
Tonalidades secretas
Azuis de Prússia violetas
Ardência de chão queimado
E onde a noite principia
P’ra não morrer a magia
Poisa os pincéis, canta o fado
FADO MALUDA
Nasceu guardiã dos sonhos
Tem a magia nos olhos
Traz os segredos na mão;
Torna Lisboa mais bela
Quando pinta uma janela
Logo se abre o coração
São quiosques, são telhados
E há pardais alucinados
Embriagados de Tejo
E uma cegonha perdida
Confusa, pediu guarida
Numa tela de além Tejo
Tonalidades secretas
Azuis de Prússia violetas
Ardência de chão queimado
E onde a noite principia
P’ra não morrer a magia
Poisa os pincéis, canta o fado
MARIA VALEJO
PEDAÇOS DE VIDA (Artur Ribeiro / Carlos Simões Neves *fado tamanquinhas*)
PEDAÇOS DE VIDA
Às vezes não me pressinto
Dentro dos versos que canto;
Mas cerro os olhos e minto
E a mim própria me pinto
Da cor do riso ou do pranto
Às vezes sinto diferente
Do que o poeta escreveu
Mas fico de mim ausente
E no fado tão presente
Que o fado parece meu
Meus pensamentos á solta
Vão por mundos infinitos
E quem fica á minha volta
Sente gritos de revolta
Que nem sempre são meus gritos
Mas quando acontece ter
A minha mente guarida
Então é fácil de ver
Nos meus lábios a tremer
Pedaços da minha vida
PEDAÇOS DE VIDA
Às vezes não me pressinto
Dentro dos versos que canto;
Mas cerro os olhos e minto
E a mim própria me pinto
Da cor do riso ou do pranto
Às vezes sinto diferente
Do que o poeta escreveu
Mas fico de mim ausente
E no fado tão presente
Que o fado parece meu
Meus pensamentos á solta
Vão por mundos infinitos
E quem fica á minha volta
Sente gritos de revolta
Que nem sempre são meus gritos
Mas quando acontece ter
A minha mente guarida
Então é fácil de ver
Nos meus lábios a tremer
Pedaços da minha vida
ALFREDO MARCENEIRO E NETO (Dueto avô e neto)
AMOR É ÁGUA QUE CORRE (Augusto de Sousa/Marcha de Alfredo Marceneiro)
AMOR É ÁGUA QUE CORRE
Amor é agua que corre
Tudo passa tudo morre
Que me importa a mim morrer
Adeus cabecita louca
Hei-de esquecer tua boca
Na boca d´outra mulher
Amor é sonho, é encanto
Queixa mágoa, riso ou pranto
Que duns lindos olhos jorre
Mas tem curta duração
Nas fontes da ilusão
Amor é agua que corre
Amor é triste lamento
Que levado p´lo vento
Ao longe se vai perder
Assim se foi tua jura
Se já não tenho ventura
Que me importa a mim morrer
Tudo é vário neste mundo
Mesmo o amor mais profundo
De dia a dia se apouca
Onde nascer a indiferença
Há-de morrer minha crença
Adeus cabecita louca
Hei-de esquecer o teu amor
O teu corpo encantador
Que minha alma já não quer
Hei-de apagar a paixão
Que me queima o coração
Na boca d´outra mulher
AMOR É ÁGUA QUE CORRE
Amor é agua que corre
Tudo passa tudo morre
Que me importa a mim morrer
Adeus cabecita louca
Hei-de esquecer tua boca
Na boca d´outra mulher
Amor é sonho, é encanto
Queixa mágoa, riso ou pranto
Que duns lindos olhos jorre
Mas tem curta duração
Nas fontes da ilusão
Amor é agua que corre
Amor é triste lamento
Que levado p´lo vento
Ao longe se vai perder
Assim se foi tua jura
Se já não tenho ventura
Que me importa a mim morrer
Tudo é vário neste mundo
Mesmo o amor mais profundo
De dia a dia se apouca
Onde nascer a indiferença
Há-de morrer minha crença
Adeus cabecita louca
Hei-de esquecer o teu amor
O teu corpo encantador
Que minha alma já não quer
Hei-de apagar a paixão
Que me queima o coração
Na boca d´outra mulher
MARIA DA FÉ
CANTAREI ATÉ QUE A VOZ ME DOA (
CANTAREI ATÉ QUE A VOZ ME DOA
Cantarei até que a voz me doa
P`ra cantar, cantar sempre meu fado
Como a ave que tão alto voa
E é livre de cantar em qualquer lado
Cantarei até que a voz me doa
Cantarei até que a voz me doa
Ao meu país, à minha terra, à minha gente
À saudade e à tristeza que magoa
O amor de quem ama e morre ausente
Cantarei até que a voz me doa
Cantarei até que a voz me doa
Ao amor, à paz cheia de esperança
Ao sorriso e à alegria da criança
Cantarei até que a voz me doa
Cantarei até que a voz me doa
CANTAREI ATÉ QUE A VOZ ME DOA
Cantarei até que a voz me doa
P`ra cantar, cantar sempre meu fado
Como a ave que tão alto voa
E é livre de cantar em qualquer lado
Cantarei até que a voz me doa
Cantarei até que a voz me doa
Ao meu país, à minha terra, à minha gente
À saudade e à tristeza que magoa
O amor de quem ama e morre ausente
Cantarei até que a voz me doa
Cantarei até que a voz me doa
Ao amor, à paz cheia de esperança
Ao sorriso e à alegria da criança
Cantarei até que a voz me doa
Cantarei até que a voz me doa
FERNANDA MARIA
SAUDADE VAI-TE EMBORA (
SAUDADE VAI-TE EMBORA
Olho a terra, olho o céu
E tudo me fala de ti
Do teu amor que perdi
Quando a minhalma se perdeu
Sim, a única verdade
Presente no nosso amor
Tem como imagem a cor
Tão bela e triste da saudade
Saudade, vai-te embora
Do meu peito tão cansado
Leva para bem longe este meu fado
Ficou
Escrita no vento esta paixão
E à noite o vento é meu irmão
Anda a esquecer a tempestade
Também
Quero olvidar esta saudade
Ai de mim, que não consigo
Volta amor, porque é verdade
Vai-se a dor, volta a alegria
Vai-se o amor, fica a amizade
Só não parte do meu peito
Esta profunda saudade
Porque será que não vens
Espreguiçar-te nos meus braços?
Porque será que me tens
Na poeira dos teus passos?
Saudade, vai-te embora
Do meu peito tão cansado
Leva para bem longe este meu fado
Ficou
Escrita no vento esta paixão
E à noite o vento é meu irmão
Anda a esquecer a tempestade
Também
Quero olvidar esta saudade
Ai de mim, que não consigo
Volta amor, porque é verdade
SAUDADE VAI-TE EMBORA
Olho a terra, olho o céu
E tudo me fala de ti
Do teu amor que perdi
Quando a minhalma se perdeu
Sim, a única verdade
Presente no nosso amor
Tem como imagem a cor
Tão bela e triste da saudade
Saudade, vai-te embora
Do meu peito tão cansado
Leva para bem longe este meu fado
Ficou
Escrita no vento esta paixão
E à noite o vento é meu irmão
Anda a esquecer a tempestade
Também
Quero olvidar esta saudade
Ai de mim, que não consigo
Volta amor, porque é verdade
Vai-se a dor, volta a alegria
Vai-se o amor, fica a amizade
Só não parte do meu peito
Esta profunda saudade
Porque será que não vens
Espreguiçar-te nos meus braços?
Porque será que me tens
Na poeira dos teus passos?
Saudade, vai-te embora
Do meu peito tão cansado
Leva para bem longe este meu fado
Ficou
Escrita no vento esta paixão
E à noite o vento é meu irmão
Anda a esquecer a tempestade
Também
Quero olvidar esta saudade
Ai de mim, que não consigo
Volta amor, porque é verdade
JOANA VALES
TUDO ISTO É FADO (Fernando Carvalho/Aníbal Nazaré)
TUDO ISTO É FADO
Perguntaste-me outro dia
Se eu sabia o que era o fado
Eu disse que não sabia
Tu ficaste admirado
Sem saber o que dizia
Eu menti naquela hora
E disse que não sabia
Mas vou-te dizer agora
Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na mouraria
Canta um rufia
Choram guitarras
Amor ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado
Se queres ser meu senhor
E teres-me sempre a teu lado
Não me fales só de amor
Fala-me também do fado
É canção que é meu castigo
Só nasceu p'ra me perder
O fado é tudo o que eu digo
Mais o que eu não sei dizer
Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na mouraria
Canta um rufia
Choram guitarras
Amor ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado
TUDO ISTO É FADO
Perguntaste-me outro dia
Se eu sabia o que era o fado
Eu disse que não sabia
Tu ficaste admirado
Sem saber o que dizia
Eu menti naquela hora
E disse que não sabia
Mas vou-te dizer agora
Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na mouraria
Canta um rufia
Choram guitarras
Amor ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado
Se queres ser meu senhor
E teres-me sempre a teu lado
Não me fales só de amor
Fala-me também do fado
É canção que é meu castigo
Só nasceu p'ra me perder
O fado é tudo o que eu digo
Mais o que eu não sei dizer
Almas vencidas
Noites perdidas
Sombras bizarras
Na mouraria
Canta um rufia
Choram guitarras
Amor ciúme
Cinzas e lume
Dor e pecado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado
ISABEL BICHO
SOU DO FADO (Frederico de Brito/Júlio de Sousa)
SOU DO FADO
Sou do Fado
Como o sei
Vivo um poema cantado
De um Fado que eu inventei
A falar
Não posso dar-me
Mas ponho a alma a cantar
E as almas sabem escutar-me
Chorai, chorai
Poetas do meu país
Troncos da mesma raiz
Da vida que nos juntou
E se vocês, não estivessem a meu lado
Então não havia Fado
Nem fadistas como eu sou
Esta voz
Tão dolorida
É culpa de todos vós
Poetas da minha vida
É loucura
Oiço dizer
Mas bendita esta loucura
De cantar e de sofrer
Chorai, chorai
Poetas do meu país
Troncos da mesma raiz
Da vida que nos juntou
E se vocês, não estivessem a meu lado
Então não havia Fado
Nem fadistas como eu sou
SOU DO FADO
Sou do Fado
Como o sei
Vivo um poema cantado
De um Fado que eu inventei
A falar
Não posso dar-me
Mas ponho a alma a cantar
E as almas sabem escutar-me
Chorai, chorai
Poetas do meu país
Troncos da mesma raiz
Da vida que nos juntou
E se vocês, não estivessem a meu lado
Então não havia Fado
Nem fadistas como eu sou
Esta voz
Tão dolorida
É culpa de todos vós
Poetas da minha vida
É loucura
Oiço dizer
Mas bendita esta loucura
De cantar e de sofrer
Chorai, chorai
Poetas do meu país
Troncos da mesma raiz
Da vida que nos juntou
E se vocês, não estivessem a meu lado
Então não havia Fado
Nem fadistas como eu sou
CAMANÉ
TRISTE SORTE (João Ferreira Rosa/Alfredo Rodrigo Duarte Marceneiro)
TRISTE SORTE
Ando na vida à procura
De uma noite menos escura
Que traga luar do céu
De uma noite menos fria
Em que não sinta agonia
De um dia a mais que morreu
Vou cantando amargurado
Mais um fado e outro fado
Que fale de um fado meu
Meu destino assim cantado
Jamais pode ser mudado
Porque do fado sou eu
Ser fadista é triste sorte
Que nos faz pensar na morte
E em tudo o que em nós morreu
Andar na vida à procura
De uma noite menos escura
Que traga luar do céu
TRISTE SORTE
Ando na vida à procura
De uma noite menos escura
Que traga luar do céu
De uma noite menos fria
Em que não sinta agonia
De um dia a mais que morreu
Vou cantando amargurado
Mais um fado e outro fado
Que fale de um fado meu
Meu destino assim cantado
Jamais pode ser mudado
Porque do fado sou eu
Ser fadista é triste sorte
Que nos faz pensar na morte
E em tudo o que em nós morreu
Andar na vida à procura
De uma noite menos escura
Que traga luar do céu
MARIZA
QUE DEUS ME PERDOE (Silva Tavares/Frederico Valério)
QUE DEUS ME PERDOE
Se a minha alma fechada
Se pudesse mostrar,
E o que eu sofro calada
Se pudesse contar,
Toda a gente veria
Quanto sou desgraçada
Quanto finjo alegria
Quanto choro a cantar...
Que Deus me perdoe
Se é crime ou pecado
Mas eu sou assim
E fugindo ao fado,
Fugia de mim.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.
Quanto canto não penso
No que a vida é de má,
Nem sequer me pertenço,
Nem o mal se me dá.
Chego a querer a verdade
E a sonhar - sonho imenso -
Que tudo é felicidade
E tristeza não há.
Que Deus me perdoe
Se é crime ou pecado
Mas eu sou assim
E fugindo ao fado,
Fugia de mim.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.
QUE DEUS ME PERDOE
Se a minha alma fechada
Se pudesse mostrar,
E o que eu sofro calada
Se pudesse contar,
Toda a gente veria
Quanto sou desgraçada
Quanto finjo alegria
Quanto choro a cantar...
Que Deus me perdoe
Se é crime ou pecado
Mas eu sou assim
E fugindo ao fado,
Fugia de mim.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.
Quanto canto não penso
No que a vida é de má,
Nem sequer me pertenço,
Nem o mal se me dá.
Chego a querer a verdade
E a sonhar - sonho imenso -
Que tudo é felicidade
E tristeza não há.
Que Deus me perdoe
Se é crime ou pecado
Mas eu sou assim
E fugindo ao fado,
Fugia de mim.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.
Cantando dou brado
E nada me dói
Se é pois um pecado
Ter amor ao fado
Que Deus me perdoe.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
ANA MOURA
MAPA DO CORAÇÃO (Nuno Miguel Guedes / José Blanc)
MAPA DO CORAÇÃO
Não há vocábulo maior
Nem força do universo
Não há vocábulo maior
Nem força do universo
P'ra traduzir esse verso
Que confunde amor e dor
P'ra traduzir esse verso
Que confunde amor e dor
Albergue de quem é
Fortuna do condenado
Albergue de quem é
Fortuna do condenado
Que vê no espelho do fado
A alma que em si existe
Que vê no espelho do fado
A alma que em si existe
Queria poder dizer
O que essa voz me diz
Queria poder dizer
O que essa voz me diz
Estrela de um dia feliz
Ou de um doce entristecer
Estrela de um dia feliz
Ou de um doce entristecer
Fica-me a louca missão
Desejo mais ousado
Fica-me a louca missão
Desejo mais ousado
De puder cantar num fado
O mapa do coração
De puder cantar num fado
O mapa do coração
MAPA DO CORAÇÃO
Não há vocábulo maior
Nem força do universo
Não há vocábulo maior
Nem força do universo
P'ra traduzir esse verso
Que confunde amor e dor
P'ra traduzir esse verso
Que confunde amor e dor
Albergue de quem é
Fortuna do condenado
Albergue de quem é
Fortuna do condenado
Que vê no espelho do fado
A alma que em si existe
Que vê no espelho do fado
A alma que em si existe
Queria poder dizer
O que essa voz me diz
Queria poder dizer
O que essa voz me diz
Estrela de um dia feliz
Ou de um doce entristecer
Estrela de um dia feliz
Ou de um doce entristecer
Fica-me a louca missão
Desejo mais ousado
Fica-me a louca missão
Desejo mais ousado
De puder cantar num fado
O mapa do coração
De puder cantar num fado
O mapa do coração
MARGARIDA GUERREIRO
MEL E SAL (
MEL E SAL
Na praia do teu olhar
Em ondas de sal e mel
Por ti amor fiz-me ao mar
No meu barco de papel
Nas águas das sete luas
O Meu barco naufragou
Procuro por notícias tuas
Porem ninguém te encontrou
Cada vez tá mais distante
O navio onde embarcaste
Mas está mais perto e constante
A dor em que me deixaste
Pescador ou marinheiro
Que no teu rumo aparecem
Procuro o teu paradeiro
Respondem não te conhecem
Ao regressar afinal
Na maré de uma quimera
Sentado no areal
Estavas tu á minha espera
MEL E SAL
Na praia do teu olhar
Em ondas de sal e mel
Por ti amor fiz-me ao mar
No meu barco de papel
Nas águas das sete luas
O Meu barco naufragou
Procuro por notícias tuas
Porem ninguém te encontrou
Cada vez tá mais distante
O navio onde embarcaste
Mas está mais perto e constante
A dor em que me deixaste
Pescador ou marinheiro
Que no teu rumo aparecem
Procuro o teu paradeiro
Respondem não te conhecem
Ao regressar afinal
Na maré de uma quimera
Sentado no areal
Estavas tu á minha espera
ADA DE CASTRO
SOU LATINA (José Luis Gordo/Ada de Castro)
SOU LATINA
Gosto muito de cantar
Meus fados na romaria
Pôr toda a gente a sentir
Tristezas e alegria
E nas feiras desta terra
Entre o pó e a algazarra
Ouvir o lindo falar
Do cavaquinho ou guitarra
Sou latina trago no sangue nas veias
Nesta terra portuguesa
E o fado desde menina
Sou latina sinto da mesma maneira
O pregão de uma varina
O palavrão da ribeira
Sou latina mulher de raça e de brio
Traz no peito a saudade
Que traz nos olhos o rio
De vinho tinto de sede
Beber três ou quatro copos
Por os corações em festa
É guia em vez dos corpos
Gosto do sol a brilhar
Nessas tardes soalheiras
Que presta brilho ao olhar
Das moças lindas solteiras
SOU LATINA
Gosto muito de cantar
Meus fados na romaria
Pôr toda a gente a sentir
Tristezas e alegria
E nas feiras desta terra
Entre o pó e a algazarra
Ouvir o lindo falar
Do cavaquinho ou guitarra
Sou latina trago no sangue nas veias
Nesta terra portuguesa
E o fado desde menina
Sou latina sinto da mesma maneira
O pregão de uma varina
O palavrão da ribeira
Sou latina mulher de raça e de brio
Traz no peito a saudade
Que traz nos olhos o rio
De vinho tinto de sede
Beber três ou quatro copos
Por os corações em festa
É guia em vez dos corpos
Gosto do sol a brilhar
Nessas tardes soalheiras
Que presta brilho ao olhar
Das moças lindas solteiras
ISABEL DE OLIVEIRA
QUANDO PARTO (João Ferreira Rosa/Pedro Rodrigues)
QUANDO PARTO
Quando parto é p`ra chegar
Mais junto a ti meu amor
Parto p`ra não te deixar
E sabendo que ao voltar
Parte a saudade e a dor
Na partida vou sabendo
Que nunca nos afastamos
Vou cantando e vou sofrendo
Mas muito melhor vou vendo
Que ao longe mais perto estamos
Não sei chorar á partida
Que em nós está sempre chegando
Não se parte tendo vida
E enquanto em mim for sentida
Não posso partir chorando
QUANDO PARTO
Quando parto é p`ra chegar
Mais junto a ti meu amor
Parto p`ra não te deixar
E sabendo que ao voltar
Parte a saudade e a dor
Na partida vou sabendo
Que nunca nos afastamos
Vou cantando e vou sofrendo
Mas muito melhor vou vendo
Que ao longe mais perto estamos
Não sei chorar á partida
Que em nós está sempre chegando
Não se parte tendo vida
E enquanto em mim for sentida
Não posso partir chorando
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
ANTÓNIO SEVERINO
A COR DOS OLHOS QUE EU GOSTO (Alexandre Fontes/António Severino)
A COR DOS OLHOS QUE EU GOSTO
A cor dos olhos que eu gosto
Estão comigo dia a dia
São os mais lindos aposto
Nunca me dão um desgosto
Deles só tenho alegria
Eles são a minha luz
Encanto dos olhos meus
O seu olhar me seduz
São também a minha cruz
Que me foi dada por deus
Todos os dias eu beijo
Seus olhos com fé sentida
Outros assim eu não vejo
De vê-los sinto desejo
Juntos de mim toda a vida
Tão brilhantes tão formosos
Têm p`ra mim raro brilho
Esses olhos misteriosos
Tão belos e amorosos
São os olhos dos meus filhos
A COR DOS OLHOS QUE EU GOSTO
A cor dos olhos que eu gosto
Estão comigo dia a dia
São os mais lindos aposto
Nunca me dão um desgosto
Deles só tenho alegria
Eles são a minha luz
Encanto dos olhos meus
O seu olhar me seduz
São também a minha cruz
Que me foi dada por deus
Todos os dias eu beijo
Seus olhos com fé sentida
Outros assim eu não vejo
De vê-los sinto desejo
Juntos de mim toda a vida
Tão brilhantes tão formosos
Têm p`ra mim raro brilho
Esses olhos misteriosos
Tão belos e amorosos
São os olhos dos meus filhos
CAMANÉ
CIÚME DA SAUDADE (
CIÚME DA SAUDADE
Se não matas a saudade
Quando morres de vontade
De pôr à saudade fim
É talvez porque preferes
Ter da saudade o que queres
E não me pedes a mim
É talvez porque preferes
Ter da saudade o que queres
Mas não me pedes a mim
A saudade em que me deixas
É penhor das tuas queixas
Por não dizeres a verdade
Bastava que me pedisses
De cada vez que me visses
O que pedes à saudade
Bastava que me pedisses
De cada vez que me visses
O que pedes à saudade
O que dás, se me não vês
Não consigo que me dês
Por timidez ou vaidade
E a saudade que vais tendo
Com ela vives, morrendo
Pr'a me matares de saudade
E a saudade que vais tendo
Com ela vives, morrendo
Pr'a me matares de saudade
Talvez seja o que tu queres
E é por isso que preferes
A saudade em vez de mim
Morrendo os dois de saudade
Temos toda a eternidade
Pr'a pôr à saudade fim
Morrendo os dois de saudade
Temos toda a eternidade
Pr'a pôr à saudade fim
CIÚME DA SAUDADE
Se não matas a saudade
Quando morres de vontade
De pôr à saudade fim
É talvez porque preferes
Ter da saudade o que queres
E não me pedes a mim
É talvez porque preferes
Ter da saudade o que queres
Mas não me pedes a mim
A saudade em que me deixas
É penhor das tuas queixas
Por não dizeres a verdade
Bastava que me pedisses
De cada vez que me visses
O que pedes à saudade
Bastava que me pedisses
De cada vez que me visses
O que pedes à saudade
O que dás, se me não vês
Não consigo que me dês
Por timidez ou vaidade
E a saudade que vais tendo
Com ela vives, morrendo
Pr'a me matares de saudade
E a saudade que vais tendo
Com ela vives, morrendo
Pr'a me matares de saudade
Talvez seja o que tu queres
E é por isso que preferes
A saudade em vez de mim
Morrendo os dois de saudade
Temos toda a eternidade
Pr'a pôr à saudade fim
Morrendo os dois de saudade
Temos toda a eternidade
Pr'a pôr à saudade fim
FERNANDO MAURÍCIO
NA MOURARIA (Gabriel de Oliveira / José Pereira)
NA MOURARIA
Na velha Mouraria é onde eu moro
Qual jóia sem valor em áureo cofre
Agora é lá que eu sofro, canto e choro
Como um fadista chora, canta e sofre
Embala-me à janela o sonho lindo
Do Fado suspirando à luz da lua
E as lágrimas que choro vão caindo
Quais pérolas de mágoa sobre a rua
Perpassa o sentimento português
Naquelas ruas tristes e bizarras
E sobre as tuas pedras muita vez
Eu julgo ouvir trinar, velhas guitarras
Na minha vida incalma de fadista
Eu sinto dentro d’alma noite e dia
Vibrar alegremente a fé bairrista
De quem sabe sofrer na Mouraria
NA MOURARIA
Na velha Mouraria é onde eu moro
Qual jóia sem valor em áureo cofre
Agora é lá que eu sofro, canto e choro
Como um fadista chora, canta e sofre
Embala-me à janela o sonho lindo
Do Fado suspirando à luz da lua
E as lágrimas que choro vão caindo
Quais pérolas de mágoa sobre a rua
Perpassa o sentimento português
Naquelas ruas tristes e bizarras
E sobre as tuas pedras muita vez
Eu julgo ouvir trinar, velhas guitarras
Na minha vida incalma de fadista
Eu sinto dentro d’alma noite e dia
Vibrar alegremente a fé bairrista
De quem sabe sofrer na Mouraria
domingo, 20 de dezembro de 2009
MARGARIDA GUERREIRO
LIBERTAÇÃO (Pedro Homem de Mello/Custódio Castelo)
LIBERTAÇÃO
Pesa-me inteira a flor que falta
Pesa-me inteira a flor que falta
Para a roseira ficar mais alta
Pesa-me a lua e a noite vem
De espada nua buscar alguém
Pesa-me a lua e a noite vem
De espada nua buscar alguém
Pesa-me a neve ou a montanha
Pesa-me a neve ou a montanha
Dizem que é leve mas é tamanha
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Menos a dor
Pesa-me a neve ou a montanha
Pesa-me a neve ou a montanha
Dizem que é leve mas é tamanha
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
LIBERTAÇÃO
Pesa-me inteira a flor que falta
Pesa-me inteira a flor que falta
Para a roseira ficar mais alta
Pesa-me a lua e a noite vem
De espada nua buscar alguém
Pesa-me a lua e a noite vem
De espada nua buscar alguém
Pesa-me a neve ou a montanha
Pesa-me a neve ou a montanha
Dizem que é leve mas é tamanha
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Menos a dor
Pesa-me a neve ou a montanha
Pesa-me a neve ou a montanha
Dizem que é leve mas é tamanha
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
Chumbo ou veludo seja o que for
Pesa-me tudo menos a dor
PAULO FILIPE
SENHORA DO LIVRAMENTO (José Luis Gordo/Alfredo Duarte)
SENHORA DO LIVRAMENTO
Senhora do livramento
Livrai-me deste tormento
De a não ver há tantos dias
Partiu zangada comigo
Deixou-me um retrato antigo
Que me aquece as noites frias
Senhora do pensamento
Corre veloz como o vento
Rumando estradas ao céu
Fazei crescer os meus dedos
P`ra desvendar os segredos
Num céu que não é só meu
Senhora do céu das dores
Infernos, prantos, amores
A castigar tanto norte
Porque é que partiste um dia
Sofrendo a minha agonia
E não me roubaste a morte
SENHORA DO LIVRAMENTO
Senhora do livramento
Livrai-me deste tormento
De a não ver há tantos dias
Partiu zangada comigo
Deixou-me um retrato antigo
Que me aquece as noites frias
Senhora do pensamento
Corre veloz como o vento
Rumando estradas ao céu
Fazei crescer os meus dedos
P`ra desvendar os segredos
Num céu que não é só meu
Senhora do céu das dores
Infernos, prantos, amores
A castigar tanto norte
Porque é que partiste um dia
Sofrendo a minha agonia
E não me roubaste a morte
CAMANÉ
SEI DE UM RIO (Pedro Homem de Melo/Alain Oulman)
SEI DE UM RIO
Sei de um rio, sei de um rio
Em que as únicas estrelas
Nele sempre debruçadas
São as luzes da cidade
Sei de um rio, sei de um rio
Rio onde a própria mentira
Tem o sabor da verdade
Sei de um rio…
Meu amor dá-me os teus lábios,
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede,
Mas o sonho continua
E a minha boca até quando
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio, sei de um rio
Meu amor dá-me os teus lábios,
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede,
Mas o sonho continua
E a minha boca até quando
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio, sei de um rio
Sei de um rio, até quando
SEI DE UM RIO
Sei de um rio, sei de um rio
Em que as únicas estrelas
Nele sempre debruçadas
São as luzes da cidade
Sei de um rio, sei de um rio
Rio onde a própria mentira
Tem o sabor da verdade
Sei de um rio…
Meu amor dá-me os teus lábios,
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede,
Mas o sonho continua
E a minha boca até quando
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio, sei de um rio
Meu amor dá-me os teus lábios,
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede,
Mas o sonho continua
E a minha boca até quando
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio, sei de um rio
Sei de um rio, até quando
JOÃO FERREIRA ROSA
MANSARDA (João Ferreira Rosa/Alfredo Duarte)
MANSARDA
Faz um ano que tinha
Dentro da minha vida
Uma alegria enorme
Também por ti sentida.
Esse tempo passou
E agora só lembranças
Vêm juntar-se às esperanças
De te voltar a ter.
Esse tempo passou
E agora só lembranças
Vêm juntar-se às esperanças
De te voltar a ter.
E por fazer um ano
Fechei-me na mansarda
Que como eu ainda guarda
Recordações só nossas.
E dentro das paredes
Que te ouviram falar,
Por não saber chorar
Pensando em ti cantei.
E dentro das paredes
Que te ouviram falar,
Por não saber chorar
Pensando em ti cantei.
E olhando a almofada
Sobre a qual tu sonhavas
Lembrei que lá choravas
E outras vezes te rias.
E adivinhaste os dias
Que agora já chegaram
E que em nós separaram
Tristezas e alegrias.
E adivinhaste os dias
Que agora já chegaram
E que em nós separaram
Tristezas e alegrias.
MANSARDA
Faz um ano que tinha
Dentro da minha vida
Uma alegria enorme
Também por ti sentida.
Esse tempo passou
E agora só lembranças
Vêm juntar-se às esperanças
De te voltar a ter.
Esse tempo passou
E agora só lembranças
Vêm juntar-se às esperanças
De te voltar a ter.
E por fazer um ano
Fechei-me na mansarda
Que como eu ainda guarda
Recordações só nossas.
E dentro das paredes
Que te ouviram falar,
Por não saber chorar
Pensando em ti cantei.
E dentro das paredes
Que te ouviram falar,
Por não saber chorar
Pensando em ti cantei.
E olhando a almofada
Sobre a qual tu sonhavas
Lembrei que lá choravas
E outras vezes te rias.
E adivinhaste os dias
Que agora já chegaram
E que em nós separaram
Tristezas e alegrias.
E adivinhaste os dias
Que agora já chegaram
E que em nós separaram
Tristezas e alegrias.
DEOLINDA RODRIGUES
FADO MARIA DA LUZ (
FADO MARIA DA LUZ
Posso falar contigo meu amigo pois já vi
Só contigo não consigo confessar que penso em ti
Só comigo que eu digo se não está mais ninguém
Contigo conto comigo calo e não digo que és o meu bem
Não posso falar nem falo junto a ti do meu bem querer
É com pejo que eu me calo não me ralo dizer
Tal paixão é esconde-la sofro mais do que eu previ
Pois vivo e morro a sofre-la vivo pra ela e morro por ti
Não posso querer que não pensas noutras mais meu doce ideal
Lá que as venças e convenças tu és homem não faz mal
Mas vê lá bem não pertenças a qualquer com tal (visão)
Arranja dúzias de tranças gosta de imensas de uma só não
FADO MARIA DA LUZ
Posso falar contigo meu amigo pois já vi
Só contigo não consigo confessar que penso em ti
Só comigo que eu digo se não está mais ninguém
Contigo conto comigo calo e não digo que és o meu bem
Não posso falar nem falo junto a ti do meu bem querer
É com pejo que eu me calo não me ralo dizer
Tal paixão é esconde-la sofro mais do que eu previ
Pois vivo e morro a sofre-la vivo pra ela e morro por ti
Não posso querer que não pensas noutras mais meu doce ideal
Lá que as venças e convenças tu és homem não faz mal
Mas vê lá bem não pertenças a qualquer com tal (visão)
Arranja dúzias de tranças gosta de imensas de uma só não
ANTÓNIO MOURÃO
Ó TEMPO VOLTA PARA TRÁS (Eduardo José Dantas)
Ó TEMPO VOLTA PARA TRÁS
A Severa foi-se embora
O tempo p'ra mim parou
O Passado foi com ela
Para mim não mais voltou
As horas p'ra mim são dias
As horas p'ra mim são dias
Os dias p'ra mim são anos
Recordação é saudade
Recordação é saudade
Saudades são desenganos
Ò tempo volta para trás
Traz-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Porque será que o passado
E o amor são tão iguais
Porque será que o amor
Quando vai não volta mais
Mas para mim a Severa
Mas para mim a Severa
É o eco dos meus passos
Eu tenho a saudade à espera
Eu tenho a saudade à espera
Que ela volte p'rós meus braços
Ò tempo volta para trás
Traz-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Ó TEMPO VOLTA PARA TRÁS
A Severa foi-se embora
O tempo p'ra mim parou
O Passado foi com ela
Para mim não mais voltou
As horas p'ra mim são dias
As horas p'ra mim são dias
Os dias p'ra mim são anos
Recordação é saudade
Recordação é saudade
Saudades são desenganos
Ò tempo volta para trás
Traz-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Porque será que o passado
E o amor são tão iguais
Porque será que o amor
Quando vai não volta mais
Mas para mim a Severa
Mas para mim a Severa
É o eco dos meus passos
Eu tenho a saudade à espera
Eu tenho a saudade à espera
Que ela volte p'rós meus braços
Ò tempo volta para trás
Traz-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
MARIA TERESA DE NORONHA
FADO DAS HORAS
FADO DAS HORAS
Chorava por te não ver...
Por te ver eu choro agora,
Mas choro só por querer,
Querer ver-te a toda a hora!
Deixa-te estar a meu lado
E não mais te vás embora
P´ra o meu coração, coitado,
Viver na vida uma hora!
Passa o tempo de corrida;
Quando falas eu te escuto.
Nas horas da nossa vida
Cada hora é um minuto!
Quando estás ao pé de mim
Sinto-me dona do Mundo,
Mas o tempo é tão ruim...
Tem cada hora um segundo!
FADO DAS HORAS
Chorava por te não ver...
Por te ver eu choro agora,
Mas choro só por querer,
Querer ver-te a toda a hora!
Deixa-te estar a meu lado
E não mais te vás embora
P´ra o meu coração, coitado,
Viver na vida uma hora!
Passa o tempo de corrida;
Quando falas eu te escuto.
Nas horas da nossa vida
Cada hora é um minuto!
Quando estás ao pé de mim
Sinto-me dona do Mundo,
Mas o tempo é tão ruim...
Tem cada hora um segundo!
MANUEL DE ALMEIDA
IGREJA DE SANTO ESTEVÃO (Marcha de Alfredo Marceneiro/G. de Oliveira)
IGREJA DE SANTO ESTEVÃO
Igreja de Santo Estevão
Junto ao cruzeiro do Adro
Houve em tempos guitarradas
Não há pinceis que descrevam
Aquele soberbo quadro
Dessas noites bem passadas
Mal que batiam trindades
Reunia a fadistagem
No adro da Santa Igreja
Fadistas quantas saudades
Da velha camaradagem
Que já não há quem a veja
Santo Estevão padroeiro
Desse recanto de fado
Faz o milagre sagrado
Que voltem ao teu cruzeiro
Esses fadistas de Alfama
Que sabem cantar o fado.
IGREJA DE SANTO ESTEVÃO
Igreja de Santo Estevão
Junto ao cruzeiro do Adro
Houve em tempos guitarradas
Não há pinceis que descrevam
Aquele soberbo quadro
Dessas noites bem passadas
Mal que batiam trindades
Reunia a fadistagem
No adro da Santa Igreja
Fadistas quantas saudades
Da velha camaradagem
Que já não há quem a veja
Santo Estevão padroeiro
Desse recanto de fado
Faz o milagre sagrado
Que voltem ao teu cruzeiro
Esses fadistas de Alfama
Que sabem cantar o fado.
HERMÍNIA SILVA
ROSA ENJEITADA (José Galhardo/Raul Ferrão)
ROSA ENJEITADA
Sou essa rosa caprichosa, sem ser má
Flor de alma pura e de ternura ao Deus dará
Que viu um dia que sentia um grande amor
E de paixão o coração estalar de dor
Rosa enjeitada
Sem mãe, sem pão, sem ter nada
Que vida triste e chorada
O teu destino te deu
Rosa enjeitada
Rosa humilde e perfumada
Afinal, desventurada, quem és tu?
Rosa enjeitada
Uma mulher que sofreu
Tão pobrezinha que ainda tinha uma afeição
Alguém que amava e que chorava uma ilusão
Mas esse alguém por outro bem se apaixonou
E assim fiquei sem ele que amei e me enjeitou
Rosa enjeitada
Sem mãe, sem pão, sem ter nada
Que vida triste e chorada
O teu destino te deu
Rosa enjeitada
Rosa humilde e perfumada
Afinal, desventurada, quem és tu?
Rosa enjeitada
Uma mulher que sofreu
ROSA ENJEITADA
Sou essa rosa caprichosa, sem ser má
Flor de alma pura e de ternura ao Deus dará
Que viu um dia que sentia um grande amor
E de paixão o coração estalar de dor
Rosa enjeitada
Sem mãe, sem pão, sem ter nada
Que vida triste e chorada
O teu destino te deu
Rosa enjeitada
Rosa humilde e perfumada
Afinal, desventurada, quem és tu?
Rosa enjeitada
Uma mulher que sofreu
Tão pobrezinha que ainda tinha uma afeição
Alguém que amava e que chorava uma ilusão
Mas esse alguém por outro bem se apaixonou
E assim fiquei sem ele que amei e me enjeitou
Rosa enjeitada
Sem mãe, sem pão, sem ter nada
Que vida triste e chorada
O teu destino te deu
Rosa enjeitada
Rosa humilde e perfumada
Afinal, desventurada, quem és tu?
Rosa enjeitada
Uma mulher que sofreu
sábado, 19 de dezembro de 2009
MARIA DO ESPIRITO SANTO
NOUTRO TEMPO (Fado dois Tons/Linhares Barbosa)
NOUTRO TEMPO
Noutro tempo eu não sabia
Para mal dos meus pecados
Que o fado da Mouraria
Era afinal rei dos fados
Pegava e picava toiros
Tinha uma amante a guitarra
Nascera nos bairros moiros
Na desordem na algazarra
O fado da Mouraria
Esse velho lindo fado
Era o pão de cada dia
Dos fadistas do passado
NOUTRO TEMPO
Noutro tempo eu não sabia
Para mal dos meus pecados
Que o fado da Mouraria
Era afinal rei dos fados
Pegava e picava toiros
Tinha uma amante a guitarra
Nascera nos bairros moiros
Na desordem na algazarra
O fado da Mouraria
Esse velho lindo fado
Era o pão de cada dia
Dos fadistas do passado
SAUDADE DOS SANTOS
UM BELO FADO
UM BELO FADO
Os olhos teus são para os meus duas canções
Que eu aprendi mal que te vi entre visões
No teu olhar eu encontrei minha guarida
Destinos vários nas passagens desta vida
Eu era triste e sozinha jamais
Tinha amado ninguém
Só vivia da dor
Perdida em longo caminho
Sem mais ter encontrado alguém
Por quem sentisse amor
Um dia depois de muito penar
A tua voz me chamou infeliz
Vi então a luz do teu doce olhar
E foi assim que comecei a ser feliz
Oh meu amor minha paixão meu doce bem
Roubaste á dor um coração sem ter ninguém
Bem dito deus que me tornou assim tão querida
Tudo é preciso nas passagens desta vida
Bem dito deus que me tornou assim tão querida
Tudo é preciso nas passagens desta vida
UM BELO FADO
Os olhos teus são para os meus duas canções
Que eu aprendi mal que te vi entre visões
No teu olhar eu encontrei minha guarida
Destinos vários nas passagens desta vida
Eu era triste e sozinha jamais
Tinha amado ninguém
Só vivia da dor
Perdida em longo caminho
Sem mais ter encontrado alguém
Por quem sentisse amor
Um dia depois de muito penar
A tua voz me chamou infeliz
Vi então a luz do teu doce olhar
E foi assim que comecei a ser feliz
Oh meu amor minha paixão meu doce bem
Roubaste á dor um coração sem ter ninguém
Bem dito deus que me tornou assim tão querida
Tudo é preciso nas passagens desta vida
Bem dito deus que me tornou assim tão querida
Tudo é preciso nas passagens desta vida
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
RAQUEL TAVARES
ROSA DA MADRAGOA (
ROSA DA MADRAGOA
No Bairro da Madragoa
À janela de Lisboa,
Nasceu a Rosa Maria
Filha de gente vareira
Foi criada na ribeira
Entre peixe e maresia
Flor, mulher aquela rosa,
Era a moça mais airosa
Que a malta já conheceu
E toda a malta do mar
Suspira ao vê-la passar
De chinela e perna ao léu
Lá vai a Rosa Maria
Que a alegria desta ribeira
Ouvia e ria à gargalhada
Qualquer piada, por mais brejeira.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
Que esta rosa é peixe fino
Para as malhas da tua rede.
O jovem Chico Fateixa
Já jurou que não a deixa,
Pois a paixão é teimosa
E é de tal modo cegueira
Que deu á sua traineira
O nome daquela rosa.
E a Rosa da Madragoa
Ao ver escrito na proa
Seu nome Rosa Maria
Ergueu os braços ao Chico.
Começou o namorico
E vão casar qualquer dia.
Lá vai a Rosa Maria
Que a alegria desta ribeira
Ouvia e ria à gargalhada
Qualquer piada por mais brejeira.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
Que esta rosa é peixe fino
Para as malhas da tua rede.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
Que esta rosa é peixe fino
Para as malhas da tua rede.
ROSA DA MADRAGOA
No Bairro da Madragoa
À janela de Lisboa,
Nasceu a Rosa Maria
Filha de gente vareira
Foi criada na ribeira
Entre peixe e maresia
Flor, mulher aquela rosa,
Era a moça mais airosa
Que a malta já conheceu
E toda a malta do mar
Suspira ao vê-la passar
De chinela e perna ao léu
Lá vai a Rosa Maria
Que a alegria desta ribeira
Ouvia e ria à gargalhada
Qualquer piada, por mais brejeira.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
Que esta rosa é peixe fino
Para as malhas da tua rede.
O jovem Chico Fateixa
Já jurou que não a deixa,
Pois a paixão é teimosa
E é de tal modo cegueira
Que deu á sua traineira
O nome daquela rosa.
E a Rosa da Madragoa
Ao ver escrito na proa
Seu nome Rosa Maria
Ergueu os braços ao Chico.
Começou o namorico
E vão casar qualquer dia.
Lá vai a Rosa Maria
Que a alegria desta ribeira
Ouvia e ria à gargalhada
Qualquer piada por mais brejeira.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
Que esta rosa é peixe fino
Para as malhas da tua rede.
Vai bugiar meu menino!
Não deites barro à parede
Que esta rosa é peixe fino
Para as malhas da tua rede.
Subscrever:
Mensagens (Atom)