FOI NA TRAVESSA DA PALHA (Gabriel Oliveira/Frederico de Brito)
FOI NA TRAVESSA DA PALHA
Foi na Travessa da Palha
Que o meu amante, um canalha
Fez sangrar meu coraçao
Trazendo ao lado outra amante
Vinha a gingar petulante
Em ar de provocaçao.
Na taberna do friagem
Entre muita fadistagem
Enfrentei-os sem rancor
Porque a mulher que trazia
Com certeza nao valia
Nem sombras do meu amor.
P'ra ver quem tinha mais brio
Cantamos ao desafio
Eu e essa outra qualquer.
Deixei-a a perder de vista
Mostrando ser mais fadista
Provando ser mais mulher.
Foi uma cena vivida
De muitas da minha vida
Que nao se esquecem depois,
Só sei que de madrugada
Após a cena acabada
Voltamos para casa os dois.
Vamos tentar apresentar neste blogger uma grande gama de fados, antigos e modernos. Deixando assim o vídeo e a respectiva letra. Péta e Luísa
PEDIDOS DE OPINIÕES
Pedimos a quem nos visite!... que nos deixe a vossa opinião, utilizando o espaço das mensagens ou comentários, estamos empenhadas a 100% neste blogue.
Mas, gostávamos de saber se o mesmo, será do vosso agrado...Para nós é muito importante a vossa opinião.
Porque, este blogue, foi criado a pensar em si.
Um bem-haja para todos.....obrigado
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sábado, 29 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
LINDA LEONARDO
TEMPO DE GAIVOTAS (Humberto Sotto Mayor/Marino de Freitas)
TEMPO DE GAIVOTAS
Como vai longe
Aquele tempo das gaivotas
Como vai longe
Aquele mar que nos unia
Como trilhamos
Novas ruas novas rotas
Como ganhamos
Esta vã melancolia
Como vai longe
A nostalgia dessa tarde
Como vai longe
O por do sol daquele Outono
Como é eterno
Nosso fogo que não arde
E como é de hoje
Esse sossego este abandono
Como está perto esta lonjura
Esta distancia tua presença
De não estares ao pé de mim
E como é louca
A tua ausência a nossa infância
O nosso lago
O nosso banco de jardim
Como vai longe
Este querer de não te querer
Como anda perto
Desta boca o desalento
Ai como dói
Esta saudade de te ver
E como é longo
De passar este momento
Como está perto esta lonjura
Esta distancia tua presença
De não estares ao pé de mim
E como é louca
A tua ausência a nossa infância
O nosso lago
O nosso banco de jardim
TEMPO DE GAIVOTAS
Como vai longe
Aquele tempo das gaivotas
Como vai longe
Aquele mar que nos unia
Como trilhamos
Novas ruas novas rotas
Como ganhamos
Esta vã melancolia
Como vai longe
A nostalgia dessa tarde
Como vai longe
O por do sol daquele Outono
Como é eterno
Nosso fogo que não arde
E como é de hoje
Esse sossego este abandono
Como está perto esta lonjura
Esta distancia tua presença
De não estares ao pé de mim
E como é louca
A tua ausência a nossa infância
O nosso lago
O nosso banco de jardim
Como vai longe
Este querer de não te querer
Como anda perto
Desta boca o desalento
Ai como dói
Esta saudade de te ver
E como é longo
De passar este momento
Como está perto esta lonjura
Esta distancia tua presença
De não estares ao pé de mim
E como é louca
A tua ausência a nossa infância
O nosso lago
O nosso banco de jardim
SEBASTIÃO ROBALINHO
VELHO BARCO (António Rodrigues/Zulmiro Vieira)
VELHO BARCO
Meu velho barco cansado
Do tempo e dos vendavais
É mais triste este meu fado
Quando estás junto do cais
No teu casco envelhecido
De tanta tanta viagem
Quanto roteiro vencido
E quando porto esquecido
Tu trazes como bagagem
Meu velho barco
No Tejo em arco embandeirado
Na tarde amena
So tu tens pena deste meu fado
Quanta tristeza
Vive em mim preza
E em ti também
Mas só a gente é quem a sente
E mais ninguém
Deitei ao mar os ciúmes
Que tinha no coração
E ele fez dos meus queixumes
A rota da solidão
Como é igual o nosso fado
Nossa cruz nosso tormento
Meu velho barco cansado
Nosso fim está ligado
Ao sol ao mar e ao vento
Meu velho barco
No Tejo em arco embandeirado
Na tarde amena
So tu tens pena deste meu fado
Quanta tristeza
vive em mim preza
E em ti também
Mas so a gente é quem a sente
E mais ninguém
VELHO BARCO
Meu velho barco cansado
Do tempo e dos vendavais
É mais triste este meu fado
Quando estás junto do cais
No teu casco envelhecido
De tanta tanta viagem
Quanto roteiro vencido
E quando porto esquecido
Tu trazes como bagagem
Meu velho barco
No Tejo em arco embandeirado
Na tarde amena
So tu tens pena deste meu fado
Quanta tristeza
Vive em mim preza
E em ti também
Mas só a gente é quem a sente
E mais ninguém
Deitei ao mar os ciúmes
Que tinha no coração
E ele fez dos meus queixumes
A rota da solidão
Como é igual o nosso fado
Nossa cruz nosso tormento
Meu velho barco cansado
Nosso fim está ligado
Ao sol ao mar e ao vento
Meu velho barco
No Tejo em arco embandeirado
Na tarde amena
So tu tens pena deste meu fado
Quanta tristeza
vive em mim preza
E em ti também
Mas so a gente é quem a sente
E mais ninguém
MANUELA CAVACO
BAIRRO ALTO (Carlos Neves/Francisco Carvalhinho)
BAIRRO ALTO
Bairro Alto aos seus amores tão delicado
Quis um dia dar nas vistas
E saíu com os trovadores mais o fado
Pr'a fazer suas conquistas
Tangeu as liras singelas,
Lisboa abriu as janelas
Acordou em sobressalto
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa
Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
Por isso é que ganhou fama de boémio
Por condão é fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prédio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho,
Recordando com carinho
Seus amores suas paixões
Pr'a cumprir a sina sua
Ainda veio pr'o meio da rua
Cantar as suas canções
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
BAIRRO ALTO
Bairro Alto aos seus amores tão delicado
Quis um dia dar nas vistas
E saíu com os trovadores mais o fado
Pr'a fazer suas conquistas
Tangeu as liras singelas,
Lisboa abriu as janelas
Acordou em sobressalto
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa
Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
Por isso é que ganhou fama de boémio
Por condão é fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prédio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho,
Recordando com carinho
Seus amores suas paixões
Pr'a cumprir a sina sua
Ainda veio pr'o meio da rua
Cantar as suas canções
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
domingo, 23 de maio de 2010
FRANCISCO MARTINHO
VELHA LISBOA (João de Freitas)
VELHA LISBOA
Ó Lisboa do passado
Que é feito da tradição
Em que o fado era mais fado
E falava ao coração
A tua grande beleza
Deves sentir-te orgulhosa
E ao mesmo tempo saudosa
Da passada singeleza
Tu eras bem portuguesa
Tinhas nisso galardão
Mas hoje o lindo pregão
Já não se ouve em qualquer lado
Ó Lisboa do passado
Que é feito da tradição
Já não te lembras das hortas
Das esferas e tipóias
E dessas belas rambóias
Que haviam fora de portas
Ali até horas mortas
Em tempos que já lá vão
O fado linda canção
Em silêncio era escutado
Porque o fado era mais fado
E falava ao coração
VELHA LISBOA
Ó Lisboa do passado
Que é feito da tradição
Em que o fado era mais fado
E falava ao coração
A tua grande beleza
Deves sentir-te orgulhosa
E ao mesmo tempo saudosa
Da passada singeleza
Tu eras bem portuguesa
Tinhas nisso galardão
Mas hoje o lindo pregão
Já não se ouve em qualquer lado
Ó Lisboa do passado
Que é feito da tradição
Já não te lembras das hortas
Das esferas e tipóias
E dessas belas rambóias
Que haviam fora de portas
Ali até horas mortas
Em tempos que já lá vão
O fado linda canção
Em silêncio era escutado
Porque o fado era mais fado
E falava ao coração
terça-feira, 18 de maio de 2010
MÁRIO SARAIVA
TANTOS FADOS DEU-ME A VIDA ( )
TANTOS FADOS DEU-ME A VIDA
Eu fui a voz aquela voz dolorida
Cantando a sós ou a solidão da vida
Mas sei que em mim há um laço transparente
E há um generoso abraço entre mim e a minha gente
Tantos fados deu-me a vida
E eu dei-me todo ao fado
Entre um verso e uma bebida
Em cada noite perdida
Em mil fados fui escutado
Cantei os sonhos frustrados
Dos poetas sonhadores
Dei a voz a tristes fados
Vou cantar de olhos cerrados
Vi mais perto as suas dores
Fui o sal de tanta lágrima triste
Um vendaval que se amaina e logo insiste
Mas sei que em mim houve sempre á flor da voz
Um fado triste e dolente que é fado que há em nós
Tantos fados deu-me a vida
E eu dei-me todo ao fado
Entre um verso e uma bebida
Em cada noite perdida
Em mil fados fui escutado
Cantei os sonhos frustrados
Dos poetas sonhadores
Dei a voz a tristes fados
Vou cantar de olhos cerrados
Vi mais perto as suas dores
TANTOS FADOS DEU-ME A VIDA
Eu fui a voz aquela voz dolorida
Cantando a sós ou a solidão da vida
Mas sei que em mim há um laço transparente
E há um generoso abraço entre mim e a minha gente
Tantos fados deu-me a vida
E eu dei-me todo ao fado
Entre um verso e uma bebida
Em cada noite perdida
Em mil fados fui escutado
Cantei os sonhos frustrados
Dos poetas sonhadores
Dei a voz a tristes fados
Vou cantar de olhos cerrados
Vi mais perto as suas dores
Fui o sal de tanta lágrima triste
Um vendaval que se amaina e logo insiste
Mas sei que em mim houve sempre á flor da voz
Um fado triste e dolente que é fado que há em nós
Tantos fados deu-me a vida
E eu dei-me todo ao fado
Entre um verso e uma bebida
Em cada noite perdida
Em mil fados fui escutado
Cantei os sonhos frustrados
Dos poetas sonhadores
Dei a voz a tristes fados
Vou cantar de olhos cerrados
Vi mais perto as suas dores
segunda-feira, 17 de maio de 2010
CARMINHO
CARTA A LISBOA (Diogo Clemeente/Ricardo Rocha)
CARTA A LISBOA
Tal qual o velho Tejo e as águas p’ra depois
Aqui me tens na espera de quem partiu de mim
Em ti Lisboa eu vejo as horas de nós dois
E sei não ser quem era num tempo antes do fim
Como eu barcos parados cansados deste mar
Ocultam liberdades na frágil luz das velas
Que ás mãos doutros recados que o vento quis roubar
Perderam-se as saudades fecharam-se as janelas
Assim vivo comigo num rio de mim p’ra mim
Maiores os dias de hoje são menos que outros dias
Talvez por ser abrigo de alguém que antes de fim
Me chega e que me foge deixando as mãos vazias
E há tanto por dizer nas linhas desta dor
Que a voz do que magoa confunde-me o desejo
Aqui espero por ter o rio do meu amor
Correndo em ti Lisboa tal qual o velho Tejo
CARTA A LISBOA
Tal qual o velho Tejo e as águas p’ra depois
Aqui me tens na espera de quem partiu de mim
Em ti Lisboa eu vejo as horas de nós dois
E sei não ser quem era num tempo antes do fim
Como eu barcos parados cansados deste mar
Ocultam liberdades na frágil luz das velas
Que ás mãos doutros recados que o vento quis roubar
Perderam-se as saudades fecharam-se as janelas
Assim vivo comigo num rio de mim p’ra mim
Maiores os dias de hoje são menos que outros dias
Talvez por ser abrigo de alguém que antes de fim
Me chega e que me foge deixando as mãos vazias
E há tanto por dizer nas linhas desta dor
Que a voz do que magoa confunde-me o desejo
Aqui espero por ter o rio do meu amor
Correndo em ti Lisboa tal qual o velho Tejo
SEBASTIÃO ROBALINHO
FADO ROBALINHO (Joaquim Pimental/Sebastião Robalinho)
FADO ROBALINHO
Não nasci na Mouraria
Bairro Alto ou Madragoa
Nasci p’rás bandas do norte
E mal conheço Lisboa
Mas sou fadista de lei
Posso afirmá-lo não minto
Canto o fado como eu sei
Como eu posso e como eu sinto
Gosto do fado corrido
Do Mouraria ao Menor
Gosto do fado batido
Quando marcado a rigor
De todos o mais castiço
Gosto deles cá pra mim
Cá pró ti ó Robalinho
Nascido em Gaias Sandim
Há quem diga mal do fado
Há quem fale sem saber
O fado não é culpado
Do destino de um qualquer
Gosto de cantar o fado
Ao canta-lo sou feliz
O fado é hino sagrado
Das canções do meu pais
Gosto do fado corrido
Do Mouraria ao Menor
Gosto do fado batido
Quando marcado a rigor
De todos o mais castiço
Gosto deles cá pra mim
Cá pró ti ó Robalinho
Nascido em Gaias Sandim
FADO ROBALINHO
Não nasci na Mouraria
Bairro Alto ou Madragoa
Nasci p’rás bandas do norte
E mal conheço Lisboa
Mas sou fadista de lei
Posso afirmá-lo não minto
Canto o fado como eu sei
Como eu posso e como eu sinto
Gosto do fado corrido
Do Mouraria ao Menor
Gosto do fado batido
Quando marcado a rigor
De todos o mais castiço
Gosto deles cá pra mim
Cá pró ti ó Robalinho
Nascido em Gaias Sandim
Há quem diga mal do fado
Há quem fale sem saber
O fado não é culpado
Do destino de um qualquer
Gosto de cantar o fado
Ao canta-lo sou feliz
O fado é hino sagrado
Das canções do meu pais
Gosto do fado corrido
Do Mouraria ao Menor
Gosto do fado batido
Quando marcado a rigor
De todos o mais castiço
Gosto deles cá pra mim
Cá pró ti ó Robalinho
Nascido em Gaias Sandim
MANUELA CAVACO
BRINCOS PARA BRINCAR (João Linhares Barbosa/Francisco Carvalhinho)
BRINCOS PARA BRINCAR
Quando eu era pequenina
P’ra me enfeitar as orelhas
Minha mãe punha-me ás vezes
Quatro cerejas vermelhas
E toda tola lembro-me ainda
Que ia para escola vaidosa e linda
Brincos vermelhos a dar que dar
Pedia espelhos p’ra me mirar
Diziam todos que bem que fica
Lembra nos modos menina rica
Via-os revia-os como riqueza
Depois comia-os á sobremesa
Um dias as mais raparigas
Filhas como eu da pobreza
Puseram-me nas orelhas
Dois brinquinhos de princesa
E toda triques faces coradas
Ia aos despiques nas desfolhadas
Vinham meus brincos de algum vergel
Não punham vincos na minha pele
Depois mais tarde vi-te e amei
Deste-me brincos de oiro de lei
Bendito sejas mas na verdade
Vejo cerejas sinto saudades
BRINCOS PARA BRINCAR
Quando eu era pequenina
P’ra me enfeitar as orelhas
Minha mãe punha-me ás vezes
Quatro cerejas vermelhas
E toda tola lembro-me ainda
Que ia para escola vaidosa e linda
Brincos vermelhos a dar que dar
Pedia espelhos p’ra me mirar
Diziam todos que bem que fica
Lembra nos modos menina rica
Via-os revia-os como riqueza
Depois comia-os á sobremesa
Um dias as mais raparigas
Filhas como eu da pobreza
Puseram-me nas orelhas
Dois brinquinhos de princesa
E toda triques faces coradas
Ia aos despiques nas desfolhadas
Vinham meus brincos de algum vergel
Não punham vincos na minha pele
Depois mais tarde vi-te e amei
Deste-me brincos de oiro de lei
Bendito sejas mas na verdade
Vejo cerejas sinto saudades
JORGE GANHÃO
POR UM COPO DE VINHO (José Fanha/Jorge Ganhão)
POR UM COPO DE VINHO
Por um copo de vinho te diria
Onde o mundo começa e se dilata
Onde a veia rebenta e se desata
A fonte da ternura e da alegria
Por um copo de vinho te diria
Por um beijo azul por uma mão
Dançaria contigo até cair
Na cama maravilha de faquir
Que arranca a luz da lua ao coração
Por um beijo azul por uma mão
Eu sei no mar a cor dos laranjais
E a rota das gaivotas sob a pele
E tudo te diria pão e mel
Por um copo de vinho e pouco mais
Por um copo de vinho e pouco mais
Por um copo de vinho e pouco mais
POR UM COPO DE VINHO
Por um copo de vinho te diria
Onde o mundo começa e se dilata
Onde a veia rebenta e se desata
A fonte da ternura e da alegria
Por um copo de vinho te diria
Por um beijo azul por uma mão
Dançaria contigo até cair
Na cama maravilha de faquir
Que arranca a luz da lua ao coração
Por um beijo azul por uma mão
Eu sei no mar a cor dos laranjais
E a rota das gaivotas sob a pele
E tudo te diria pão e mel
Por um copo de vinho e pouco mais
Por um copo de vinho e pouco mais
Por um copo de vinho e pouco mais
António Moreira da Silva
DIGAM (Manuel Andrade / Frederico de Brito)
DIGAM
Se hoje alguém me procurar
Digam que não pode entrar
Que não estou p’ra ninguém
Fechem-lhe a minha janela
E mesmo que seja ela
Digam que não estou também
Digam que a não quero ver
Que não me faça sofrer
Digam -lhe que se vá embora
Digam que á muito morri
Mesmo que nunca existi
Digam que aqui ninguém mora
Façam o que lhes lembrar
Digam que não pode entrar
Que não estou p’ra ninguém
Que a porta ficou trancada
Ou então não digam nada
Porque eu sei que ela não vem
DIGAM
Se hoje alguém me procurar
Digam que não pode entrar
Que não estou p’ra ninguém
Fechem-lhe a minha janela
E mesmo que seja ela
Digam que não estou também
Digam que a não quero ver
Que não me faça sofrer
Digam -lhe que se vá embora
Digam que á muito morri
Mesmo que nunca existi
Digam que aqui ninguém mora
Façam o que lhes lembrar
Digam que não pode entrar
Que não estou p’ra ninguém
Que a porta ficou trancada
Ou então não digam nada
Porque eu sei que ela não vem
sexta-feira, 14 de maio de 2010
FERNANDA OLIVEIRA
ESTADO D'ALMA ( VILA BRANCA? )( )
ESTADO D'ALMA - VILA BRANCA ?
Que linda vila é a minha
Ó vila que tanto encanta
De muralhas tão velhinhas
Chamam-lhe hoje Vila branca
Entrei nas portas de Beja
Subi a santa Maria
Fui ver o velho castelo
Que há muito tempo não via
Desci pela porta nova
Esse casario com graça
Entrei nas portas de Moura
Dei por mim estava na praça
Já noite nas suas ruas
Fui vivendo a solidão
Fui sonhando fui chorando
Fui cantando uma canção
Lembrando que fui criança
Nas suas ruas brinquei
Vivendo recordações
Foi cantando que chorei
Que linda vila é a minha
Chamam-lhe hoje
Vila branca
ESTADO D'ALMA - VILA BRANCA ?
Que linda vila é a minha
Ó vila que tanto encanta
De muralhas tão velhinhas
Chamam-lhe hoje Vila branca
Entrei nas portas de Beja
Subi a santa Maria
Fui ver o velho castelo
Que há muito tempo não via
Desci pela porta nova
Esse casario com graça
Entrei nas portas de Moura
Dei por mim estava na praça
Já noite nas suas ruas
Fui vivendo a solidão
Fui sonhando fui chorando
Fui cantando uma canção
Lembrando que fui criança
Nas suas ruas brinquei
Vivendo recordações
Foi cantando que chorei
Que linda vila é a minha
Chamam-lhe hoje
Vila branca
ROBERTA SÁ
EU JÁ NÃO SEI (Domingos Gonçalves Costa/Carlos Rocha)
EU JÁ NÃO SEI
Eu já não sei
Se fiz bem ou se fiz mal
Em pôr um ponto final
Na minha paixão ardente
Eu já não sei
Porque quem sofre de amor
A cantar sofre melhor
As mágoas que o peito sente
Quando te vejo e em sonhos sigo os teus passos
Sinto o desejo de me lançar nos teus braços
Tenho vontade de lhe dizer frente a frente
Quanta saudade há do teu amor ausente
Num louco anseio, lembrando o que já chorei
Se te amo ou se te odeio
Eu já não sei
EU JÁ NÃO SEI
Eu já não sei
Se fiz bem ou se fiz mal
Em pôr um ponto final
Na minha paixão ardente
Eu já não sei
Porque quem sofre de amor
A cantar sofre melhor
As mágoas que o peito sente
Quando te vejo e em sonhos sigo os teus passos
Sinto o desejo de me lançar nos teus braços
Tenho vontade de lhe dizer frente a frente
Quanta saudade há do teu amor ausente
Num louco anseio, lembrando o que já chorei
Se te amo ou se te odeio
Eu já não sei
domingo, 9 de maio de 2010
JOSÉ MANUEL BARRETO
PALHAÇO ( )
PALHAÇO
Foi na pista dum circo certo dia
Um famoso palhaço trabalhava
E o publico em delírio e alegria
Não nota que na pista alguém chorava
Dada por finda a sua actuação
Do público se despede o artista
Mas nisto uma estrondosa ovação
Exige que o palhaço volte á pista
Ao longe ouviu-se a voz dum garotinho
Que o rir de muita gente interrompeu
Dizendo vem depressa meu paizinho
Porque a minha mãezinha já morreu
Abraçado ao petiz a soluçar
O palhaço caiu por sobre a pista
Então ouviu-se o público a gargalhar
Pensando ser trabalho do artista
O palhaço levantando-se se ergueu
Dizendo para todos com voz forte
A mulher que eu mais amo já morreu
E vós estais a rir da sua morte
O garoto que eu agora muito abraço
É tudo quanto resta do meu lar
Por isso tenham pena dum palhaço
Que leva a vida rir pra não chorar
PALHAÇO
Foi na pista dum circo certo dia
Um famoso palhaço trabalhava
E o publico em delírio e alegria
Não nota que na pista alguém chorava
Dada por finda a sua actuação
Do público se despede o artista
Mas nisto uma estrondosa ovação
Exige que o palhaço volte á pista
Ao longe ouviu-se a voz dum garotinho
Que o rir de muita gente interrompeu
Dizendo vem depressa meu paizinho
Porque a minha mãezinha já morreu
Abraçado ao petiz a soluçar
O palhaço caiu por sobre a pista
Então ouviu-se o público a gargalhar
Pensando ser trabalho do artista
O palhaço levantando-se se ergueu
Dizendo para todos com voz forte
A mulher que eu mais amo já morreu
E vós estais a rir da sua morte
O garoto que eu agora muito abraço
É tudo quanto resta do meu lar
Por isso tenham pena dum palhaço
Que leva a vida rir pra não chorar
MANUELA CAVACO
MALMEQUERES (Dr. Manuel Paulino Gomes Junior)
MALMEQUERES
Malmequeres bem me queres
São flores de louco encanto
Malmequeres bem me queres
Desfolham risos ou pranto
Os jovens apaixonados
Perguntam baixinho á flor
Se são queridos desejados
Se são queridos desejados
Ou felizes no amor
Se os malmequeres
Gentis e formosos
Dizem bem me queres
Aos rostos ansiosos
Das lindas mulheres
Constroem castelos
Nos seus corações
Loucas ilusões, loucas ilusões
E sonhos tão belos
Dois jovens enamorados
Um malmequer desfolharam
Mas ficaram enganados
Com a resposta que apanharam
O malmequer respondeu
Com o seu eterno sorrir
Isso não respondo eu
Isso não respondo eu
Pois não gosto de mentir
Se os malmequeres
Gentis e formosos
Dizem bem me queres
Aos rostos ansiosos
Das lindas mulheres
Constroem castelos
Nos seus corações
Loucas ilusões, loucas ilusões
E sonhos tão belos
MALMEQUERES
Malmequeres bem me queres
São flores de louco encanto
Malmequeres bem me queres
Desfolham risos ou pranto
Os jovens apaixonados
Perguntam baixinho á flor
Se são queridos desejados
Se são queridos desejados
Ou felizes no amor
Se os malmequeres
Gentis e formosos
Dizem bem me queres
Aos rostos ansiosos
Das lindas mulheres
Constroem castelos
Nos seus corações
Loucas ilusões, loucas ilusões
E sonhos tão belos
Dois jovens enamorados
Um malmequer desfolharam
Mas ficaram enganados
Com a resposta que apanharam
O malmequer respondeu
Com o seu eterno sorrir
Isso não respondo eu
Isso não respondo eu
Pois não gosto de mentir
Se os malmequeres
Gentis e formosos
Dizem bem me queres
Aos rostos ansiosos
Das lindas mulheres
Constroem castelos
Nos seus corações
Loucas ilusões, loucas ilusões
E sonhos tão belos
terça-feira, 4 de maio de 2010
SUSANA LOPES
HERANÇAS (Susana Metello Lopes/Fado Carriche)
HERANÇAS
Minha mãe deu-me esta voz
Este soluço magoado
Pôs-me na garganta a noz
Dolente e bela do fado
Meu pai deu-me a poesia
E este gosto de escutar
A doce melancolia
De uma guitarra a trinar
Também herdei a magia
De ter nascido em Lisboa
No meu peito á Mouraria
Nos meus olhos Madragoa
Trago o fado nos sentidos
Que linda herança a minha
Que os meus dois amores queridos
Deram á sua alfacinha
Minha herança é a mais bela
Que alguém jamais recebeu
Azul e rosa aguarela
O fado a guitarra e eu
HERANÇAS
Minha mãe deu-me esta voz
Este soluço magoado
Pôs-me na garganta a noz
Dolente e bela do fado
Meu pai deu-me a poesia
E este gosto de escutar
A doce melancolia
De uma guitarra a trinar
Também herdei a magia
De ter nascido em Lisboa
No meu peito á Mouraria
Nos meus olhos Madragoa
Trago o fado nos sentidos
Que linda herança a minha
Que os meus dois amores queridos
Deram á sua alfacinha
Minha herança é a mais bela
Que alguém jamais recebeu
Azul e rosa aguarela
O fado a guitarra e eu
MANUELA CAVACO
FADO DO PESCADOR (Desconhecido / Aníbal Nazaré)
FADO DO PESCADOR
Vieste-me perguntar
O que era um pescador
Agora vou explicar
Toma atenção por favor
É um homem de pulso forte
A quem nada mete afronta
Sem temer a própria morte
Corre o mar de ponta a ponta
Noites passar fora do lar abençoado
Ter alma nobre ser homem pobre e ser honrado
Andar no mar e suportar frio e calor
Viver na fé eis o que é ser pescador
É um homem sem vaidade
Que não possui ambição
Trabalha com lealdade
Para angariar seu pão
Nas noites de chuva e vento
Em que o mar lhe dá mais trilho
Não lhe sai do pensamento
Sua mulher e seus filhos
Noites passar fora do lar abençoado
Ter alma nobre ser homem pobre e ser honrado
Andar no mar e suportar frio e calor
Viver na fé eis o que é ser pescador
FADO DO PESCADOR
Vieste-me perguntar
O que era um pescador
Agora vou explicar
Toma atenção por favor
É um homem de pulso forte
A quem nada mete afronta
Sem temer a própria morte
Corre o mar de ponta a ponta
Noites passar fora do lar abençoado
Ter alma nobre ser homem pobre e ser honrado
Andar no mar e suportar frio e calor
Viver na fé eis o que é ser pescador
É um homem sem vaidade
Que não possui ambição
Trabalha com lealdade
Para angariar seu pão
Nas noites de chuva e vento
Em que o mar lhe dá mais trilho
Não lhe sai do pensamento
Sua mulher e seus filhos
Noites passar fora do lar abençoado
Ter alma nobre ser homem pobre e ser honrado
Andar no mar e suportar frio e calor
Viver na fé eis o que é ser pescador
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