RAPSÓDIA ( arr.Casimiro Ramos/Popular)
RASÓDIA
O mais profundo desdém
Ou a mais sentida dor
É nos gostarmos de alguém
Que não quer o nosso amor
Se há no mundo tanta gente
Que não sabe o que é a dor
Pra quem tudo é felicidade
Também há infelizmente
Os que padecem de amor
E os que morrem de saudade
Se a dor e a saudade andam a par
Perante a descrença e na tristeza
Porque será que a gente há-de gostar
De alguém que não nos quer e despreza
Amar e não ser amado
É cruel desilusão
É como andar naufragado
Caminhar desamparado
Perdido na escuridão
Eu sofro como ninguém
O amor suas paixões
Quero-te tanto meu bem
E só me dás ralações
Vamos tentar apresentar neste blogger uma grande gama de fados, antigos e modernos. Deixando assim o vídeo e a respectiva letra. Péta e Luísa
PEDIDOS DE OPINIÕES
Pedimos a quem nos visite!... que nos deixe a vossa opinião, utilizando o espaço das mensagens ou comentários, estamos empenhadas a 100% neste blogue.
Mas, gostávamos de saber se o mesmo, será do vosso agrado...Para nós é muito importante a vossa opinião.
Porque, este blogue, foi criado a pensar em si.
Um bem-haja para todos.....obrigado
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domingo, 28 de fevereiro de 2010
ESTELA ALVES
CONTRADIÇÃO ( Mário Junqueiro )
A tua alma é vazia
De sentimento leal
Só está bem quando faz mal
Vê lá tu a ironia
Tens a doçura do mal
Andas perto e estás distante
O teu coração amante
Não tem sangue só tem fel
Por mais que queiras fingir
Uma afeição que não sentes
Não consegues iludir
Quanto mais juras mais mentes
Dizer que gostas de mim
É pura contradição
Pois quando afirmas que sim
Teu olhar sem fim está dizendo não
Se pretendes enganar
Mostrando ciúmes loucos
Acredita são bem poucos
Os beijos que te vou dar
Quero quebrar a magia
Dos carinhos que me dás
Porque vejo por detrás
Apenas hipocrisia
A tua alma é vazia
De sentimento leal
Só está bem quando faz mal
Vê lá tu a ironia
Tens a doçura do mal
Andas perto e estás distante
O teu coração amante
Não tem sangue só tem fel
Por mais que queiras fingir
Uma afeição que não sentes
Não consegues iludir
Quanto mais juras mais mentes
Dizer que gostas de mim
É pura contradição
Pois quando afirmas que sim
Teu olhar sem fim está dizendo não
Se pretendes enganar
Mostrando ciúmes loucos
Acredita são bem poucos
Os beijos que te vou dar
Quero quebrar a magia
Dos carinhos que me dás
Porque vejo por detrás
Apenas hipocrisia
CARLOS RAMOS
ORAÇÃO A NAZARÉ
Letra: Frederico de Brito / Música: Jaime Santos
ORAÇÃO A NAZARÉ
Ao pé dor mar da Nazaré há um brinquedo
Não sei quem põe brinquedos tais ao pé do mar
Ele é capaz de ter o infernal prazer
D’ um dia o desfazer sem se ralar
O mar quando é ruim faz muita vez assim
E se o não faz enfim põe-se a bramar
Quando vem a maré cheia e o mar baila
Sobre a areia há uma voz de sereia
Nesse brinquedo a cantar
E á hora que o sol desmaia
E faltam barcos na praia
Abre-se aquele brinquedo
E alguém em segredo começa a rezar
Há junto ao mar da Nazaré uma casinha
Não sei quem faz casinhas tais ao pé do mar
Ali no areal ter um brinquedo tal
Que o próprio vendaval pode levar
É para rezar aos céus para pedir a deus
Que sempre os braços seus possam remar
E á hora em que o sol desmaia
E faltam barcos no mar
Abre-se aquele brinquedo
E alguém em segredo
Começa a rezar
Letra: Frederico de Brito / Música: Jaime Santos
ORAÇÃO A NAZARÉ
Ao pé dor mar da Nazaré há um brinquedo
Não sei quem põe brinquedos tais ao pé do mar
Ele é capaz de ter o infernal prazer
D’ um dia o desfazer sem se ralar
O mar quando é ruim faz muita vez assim
E se o não faz enfim põe-se a bramar
Quando vem a maré cheia e o mar baila
Sobre a areia há uma voz de sereia
Nesse brinquedo a cantar
E á hora que o sol desmaia
E faltam barcos na praia
Abre-se aquele brinquedo
E alguém em segredo começa a rezar
Há junto ao mar da Nazaré uma casinha
Não sei quem faz casinhas tais ao pé do mar
Ali no areal ter um brinquedo tal
Que o próprio vendaval pode levar
É para rezar aos céus para pedir a deus
Que sempre os braços seus possam remar
E á hora em que o sol desmaia
E faltam barcos no mar
Abre-se aquele brinquedo
E alguém em segredo
Começa a rezar
ANTÓNIO DOS SANTOS
MINHA ALMA DE AMOR SEDENTA ( Mascaranhas Barreto / António dos Santos )
MINHA ALMA DE AMOR SEDENTA
Minha alma de amor sedenta
Barco sem rumo e sem Deus
Anda á mercê da tormenta
Desse mar dos olhos teus
Essa dádiva total
Que me pedes hora a hora
É o que minha alma te dá
Quando de amor por ti chora
Se um dia te perder
Jurarei virado aos céus
E os perdões que deus me deu
Meu amor são todos teus
É uma causa perdida
O ser proibido amar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar
MINHA ALMA DE AMOR SEDENTA
Minha alma de amor sedenta
Barco sem rumo e sem Deus
Anda á mercê da tormenta
Desse mar dos olhos teus
Essa dádiva total
Que me pedes hora a hora
É o que minha alma te dá
Quando de amor por ti chora
Se um dia te perder
Jurarei virado aos céus
E os perdões que deus me deu
Meu amor são todos teus
É uma causa perdida
O ser proibido amar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar
QUINITA GOMES
FESTA NA ATALAIA ( João da Mata / Miguel Ramos)
FESTA NA ATALAIA
P’rá festa da Senhora da Atalaia
Susana com mais outras foi um dia
Levando a sua graça de catraia
E os olhos radiantes de alegria
Os sírios de Azeitão e de Palmela
Polvilhavam de pó a sua saia
No entanto por ali mas só por ela
Alguém de certo andava de atalaia
Susana divertiu-se e bailou
Andou nos cavalinhos de rodar
Lembranças da Atalaia arrecadou
Formosas bugigangas de bazar
Calaram-se as fanfarras e os morteiros
A multidão exausta recolhia
Dormiam da Atalaia os derradeiros
Motivos de piedade e de alegria
Só eles bem despertos noite escura
Ocultos no ferver que tudo espraia
Juravam na Atalaia aquela jura
Que os corações conservam da Atalaia
FESTA NA ATALAIA
P’rá festa da Senhora da Atalaia
Susana com mais outras foi um dia
Levando a sua graça de catraia
E os olhos radiantes de alegria
Os sírios de Azeitão e de Palmela
Polvilhavam de pó a sua saia
No entanto por ali mas só por ela
Alguém de certo andava de atalaia
Susana divertiu-se e bailou
Andou nos cavalinhos de rodar
Lembranças da Atalaia arrecadou
Formosas bugigangas de bazar
Calaram-se as fanfarras e os morteiros
A multidão exausta recolhia
Dormiam da Atalaia os derradeiros
Motivos de piedade e de alegria
Só eles bem despertos noite escura
Ocultos no ferver que tudo espraia
Juravam na Atalaia aquela jura
Que os corações conservam da Atalaia
NUNO DE AGUIAR
AS DUAS ROSAS (A. Martins / Fado marcha- J. Mº dos Santos)
DUAS ROSAS
Aquela velha canoa
Da pesca do camarão
Era a melhor de Lisboa
Nela ganhei o meu pão
Era linda muito airosa
Sempre pintada a rigor
Eu pus-lhe o nome de Rosa
O nome do meu amor
Quantas vezes dentro dela
D’olhos fitos no céu
Embalámos eu e ela
O neto que deus lhe deu
Os anos foram passando
Eis que a velhice chegou
Vai-me a idade matando
Ela a velhice a matou
Por triste fatalidade
Minha mãezinha não vive
Hoje só resta a saudade
Das duas Rosas que tive
DUAS ROSAS
Aquela velha canoa
Da pesca do camarão
Era a melhor de Lisboa
Nela ganhei o meu pão
Era linda muito airosa
Sempre pintada a rigor
Eu pus-lhe o nome de Rosa
O nome do meu amor
Quantas vezes dentro dela
D’olhos fitos no céu
Embalámos eu e ela
O neto que deus lhe deu
Os anos foram passando
Eis que a velhice chegou
Vai-me a idade matando
Ela a velhice a matou
Por triste fatalidade
Minha mãezinha não vive
Hoje só resta a saudade
Das duas Rosas que tive
sábado, 20 de fevereiro de 2010
BEATRIZ DA CONCEIÇÃO
RECADO A LISBOA
Letra: João Villaret / Música: Armando da Câmara Rodrigues
RECADO A LISBOA
Letra: João Villaret / Música: Armando da Câmara Rodrigues
RECADO A LISBOA
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
DIANA GIL
FADINHO SERRANO (
FADINHO SERRANO
Muito boa noite senhoras senhores
Cá na minha terra há bons cantadores
Há bons cantadores, boas cantadeiras
Choram as casadas, cantam as solteiras
Cantam as solteiras cantigas de amores
Muito boa noite senhoras senhores
Fadinho serrano és tão a meu gosto
Fadinho catita sempre bem-disposto
Sempre bem-disposto seja tarde ou cedo
Fazer bons amigos é o teu segredo
É o teu segredo sorrir ao desgosto
Fadinho serrano sempre bem-disposto
Fiar-se em mulheres é crer no diabo
São todas iguais ao fim e ao cabo
Ao fim e ao cabo, moço que namora
Se vai em cantigas é certo que chora
É certo que chora com esta me acabo
Fiar-se nos homens é crer no diabo
É certo que chora e com esta me acabo
Fiar-se nos homens é o nosso fado.
FADINHO SERRANO
Muito boa noite senhoras senhores
Cá na minha terra há bons cantadores
Há bons cantadores, boas cantadeiras
Choram as casadas, cantam as solteiras
Cantam as solteiras cantigas de amores
Muito boa noite senhoras senhores
Fadinho serrano és tão a meu gosto
Fadinho catita sempre bem-disposto
Sempre bem-disposto seja tarde ou cedo
Fazer bons amigos é o teu segredo
É o teu segredo sorrir ao desgosto
Fadinho serrano sempre bem-disposto
Fiar-se em mulheres é crer no diabo
São todas iguais ao fim e ao cabo
Ao fim e ao cabo, moço que namora
Se vai em cantigas é certo que chora
É certo que chora com esta me acabo
Fiar-se nos homens é crer no diabo
É certo que chora e com esta me acabo
Fiar-se nos homens é o nosso fado.
ROSITA
O SILÊNCIO DAS PALAVRAS (Nel Garcia)
O SILÊNCIO DAS PALAVRAS
Não fales…
Olha-me nos olhos
Não digas
Para o mundo não saber
Que o nosso querer
É mais forte que a palavra amor
Olha-me nos olhos
Para só, eu entender
O verde é tão verde
Luz do teu olhar
Ribeira com sede
Doçura do mar
Oh! Mundo louco
Tão longe e tão perto
Um do outro
Havemos de nos encontrar
Não fales…
Olha-me nos olhos
Não digas
Para o mundo não saber
Que o nosso querer
É mais forte que a palavra amor
Olha-me nos olhos
Para só, eu entender
Silencio, ilusão
Gelado é calor
O inverno é verão
O negro tem cor
Bastam teus modos
Para enfrentar, tudo e todos
E deixar vencer o amor
Não fales…
Olha-me nos olhos
Não digas
Para o mundo não saber
Que o nosso querer
É mais forte que a palavra amor
Olha-me nos olhos
Para só, eu entender
O SILÊNCIO DAS PALAVRAS
Não fales…
Olha-me nos olhos
Não digas
Para o mundo não saber
Que o nosso querer
É mais forte que a palavra amor
Olha-me nos olhos
Para só, eu entender
O verde é tão verde
Luz do teu olhar
Ribeira com sede
Doçura do mar
Oh! Mundo louco
Tão longe e tão perto
Um do outro
Havemos de nos encontrar
Não fales…
Olha-me nos olhos
Não digas
Para o mundo não saber
Que o nosso querer
É mais forte que a palavra amor
Olha-me nos olhos
Para só, eu entender
Silencio, ilusão
Gelado é calor
O inverno é verão
O negro tem cor
Bastam teus modos
Para enfrentar, tudo e todos
E deixar vencer o amor
Não fales…
Olha-me nos olhos
Não digas
Para o mundo não saber
Que o nosso querer
É mais forte que a palavra amor
Olha-me nos olhos
Para só, eu entender
JORGE GANHÃO
FADO "ALENTEJANO" (José Régio/Jorge Ganhão)
FADO "ALENTEJANO"
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Solidão ai Alentejo, além Tejo solidão
Oceano de ondas de oiro
Tinhas um tesoiro perdido
Nos teus ermos escondido
Vim achar o meu tesoiro
Convento de céu aberto
Nos teus claustros me fiz monge
Perdeu-se a terra ao longe
Chegou-se-me o céu mais perto
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Solidão ai Alentejo, além Tejo solidão
Padre-nosso dos infelizes
Vim coberto de cadeias
Mas com estas com que me enleias
Deram-me asas e raízes
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
FADO "ALENTEJANO"
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Solidão ai Alentejo, além Tejo solidão
Oceano de ondas de oiro
Tinhas um tesoiro perdido
Nos teus ermos escondido
Vim achar o meu tesoiro
Convento de céu aberto
Nos teus claustros me fiz monge
Perdeu-se a terra ao longe
Chegou-se-me o céu mais perto
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
Solidão ai Alentejo, além Tejo solidão
Padre-nosso dos infelizes
Vim coberto de cadeias
Mas com estas com que me enleias
Deram-me asas e raízes
Alentejo solidão, solidão ai Alentejo
PIEDADE FERNANDES
FADINHO DA INTERNET (
FADINHO DA INTERNET
Caro Garcia
Desculpa escrever á pressa
Mas a gente atravessa
Um momento aflitivo
É que hoje em dia
As coisas mudaram tanto
Que eu não caibo
Em mim de espanto
Com o processo evolutivo
Vê lá tu bem
Que esta carta se chegar
Demora pra entregar
Um tempo que eu nem te conto
Hoje porem no correio não se mete
Ligamos a internet
Escreve-se um email e pronto
Mas não é só
Se tu souberes copiar
Na rede de cá para lá
Até cais p’ro lado
Mesmo um totó
Pode comprar o que queira
Embrulhar a montra inteira
E levar tudo fiado
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
E qualquer dia
Sem que agente esteja á espera
Vemos a velha quimera
Numa mudança total
Não deixaria de ser muito engraçado
Termos um grande ordenado
Em dinheiro virtual
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
FADINHO DA INTERNET
Caro Garcia
Desculpa escrever á pressa
Mas a gente atravessa
Um momento aflitivo
É que hoje em dia
As coisas mudaram tanto
Que eu não caibo
Em mim de espanto
Com o processo evolutivo
Vê lá tu bem
Que esta carta se chegar
Demora pra entregar
Um tempo que eu nem te conto
Hoje porem no correio não se mete
Ligamos a internet
Escreve-se um email e pronto
Mas não é só
Se tu souberes copiar
Na rede de cá para lá
Até cais p’ro lado
Mesmo um totó
Pode comprar o que queira
Embrulhar a montra inteira
E levar tudo fiado
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
E qualquer dia
Sem que agente esteja á espera
Vemos a velha quimera
Numa mudança total
Não deixaria de ser muito engraçado
Termos um grande ordenado
Em dinheiro virtual
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
Levar a carta ao Garcia
É pela internet, é pela internet
Mesmo que aumente a franquia
A coisa promete, a coisa promete
SÉRGIO FRAZÃO
SOMBRA DE NINGUÉM (Jorge Fernandes/Carlos Damaia)
SOMBRA DE NINGUÉM
Chamaram-me sombra negra
Os judas que o disseram
Andam a beijar meu rosto
Por não ter seguido a regra
Das coisas que me impuseram
Dão-me veneno e desgosto
Caminhei pela noite a esmo
Cantei amor vagabundo
Onde a noite me conheça
Vi a sombra de mim mesmo
Sombra negra sou no mundo
Para quem em mim tropeça
Arranquei da noite o manto
Vi tristezas, risos e dor
Nas trevas que a noite tem
Tudo é sombra, tudo é pranto
Quando a noite veste amor
Sou a sombra de ninguém
Cansei de sentir tristezas
Que sombra negra sou eu
Eu não sei, queria saber
Apenas sei, apenas sei de certeza
Minha sombra em mim nasceu
E comigo há-de morrer
SOMBRA DE NINGUÉM
Chamaram-me sombra negra
Os judas que o disseram
Andam a beijar meu rosto
Por não ter seguido a regra
Das coisas que me impuseram
Dão-me veneno e desgosto
Caminhei pela noite a esmo
Cantei amor vagabundo
Onde a noite me conheça
Vi a sombra de mim mesmo
Sombra negra sou no mundo
Para quem em mim tropeça
Arranquei da noite o manto
Vi tristezas, risos e dor
Nas trevas que a noite tem
Tudo é sombra, tudo é pranto
Quando a noite veste amor
Sou a sombra de ninguém
Cansei de sentir tristezas
Que sombra negra sou eu
Eu não sei, queria saber
Apenas sei, apenas sei de certeza
Minha sombra em mim nasceu
E comigo há-de morrer
JOSÉ MANUEL DE CASTRO
MÃE ETERNO AMOR (José Manuel de Castro/Paco Gonzalez)
MÃE ETERNO AMOR
Tornei a ver-te mãe nova e bonita
De novo sou criança como outrora
Gosto tanto de ti, mãe acredita
Que nunca gostei tanto como agora
Redimes meu viver com meus afectos
Para meu querido pai tu tens valor
Dás amor a teus filhos e a teus netos
Porque em teu coração só há amor
Talvez por caminhar sempre a teu lado
Nem sempre te vi linda como dantes
Mas olhando á distância o meu passado
Me esqueço como os tempos vão distantes
É teu o meu amor, mãe acredita
Estás no meu pensamento a toda a hora
Retenho a tua imagem bem bonita
Sabendo ser criança como outrora
MÃE ETERNO AMOR
Tornei a ver-te mãe nova e bonita
De novo sou criança como outrora
Gosto tanto de ti, mãe acredita
Que nunca gostei tanto como agora
Redimes meu viver com meus afectos
Para meu querido pai tu tens valor
Dás amor a teus filhos e a teus netos
Porque em teu coração só há amor
Talvez por caminhar sempre a teu lado
Nem sempre te vi linda como dantes
Mas olhando á distância o meu passado
Me esqueço como os tempos vão distantes
É teu o meu amor, mãe acredita
Estás no meu pensamento a toda a hora
Retenho a tua imagem bem bonita
Sabendo ser criança como outrora
MARIA JOÃO QUADROS
MEU AMOR ABRE A JANELA (Tiago Torres da Silva/Armando Machado)
MEU AMOR ABRE A JANELA
Meu amor abre a janela
Que eu vou passar junto dela
Quando chegar a tardinha
Mas não chames o meu nome
Porque a saudade encontrou-me
E eu posso não estar sozinha
Prendi no peito uma flor
Que diz mais do meu amor
Do que promessas sem fim
Mas não venhas a correr
Que ninguém deve saber
O que tu sentes por mim
E depois não tenhas medo
Eu sei amar em segredo
E vou passar de mansinho
Sem levantar a cabeça
Pra que ninguém me conheça
Tu podes não estar sozinho
Só quando a noite cair
É que me atrevo a subir
Pra te pôr na lapela
A flor de minha saudade
Mas como o frio nos invade
Meu amor fecha a janela
MEU AMOR ABRE A JANELA
Meu amor abre a janela
Que eu vou passar junto dela
Quando chegar a tardinha
Mas não chames o meu nome
Porque a saudade encontrou-me
E eu posso não estar sozinha
Prendi no peito uma flor
Que diz mais do meu amor
Do que promessas sem fim
Mas não venhas a correr
Que ninguém deve saber
O que tu sentes por mim
E depois não tenhas medo
Eu sei amar em segredo
E vou passar de mansinho
Sem levantar a cabeça
Pra que ninguém me conheça
Tu podes não estar sozinho
Só quando a noite cair
É que me atrevo a subir
Pra te pôr na lapela
A flor de minha saudade
Mas como o frio nos invade
Meu amor fecha a janela
sábado, 6 de fevereiro de 2010
DEOLINDA DE JESUS
OUVE LISBOA (Vasco de Lima Couto / Nuno Nazareth Fernandes)
OUVE LISBOA
Cheguei um dia a Lisboa com malas cheias de vento
Que pesavam as palavras que trago no pensamento
Fui de colina em colina ver o céu de que se gosta
E tu ficaste, Lisboa, vestida de mar e encosta
Ouve Lisboa... cais de fome marinheira
Se a minha voz, tu consentes, ouve Lisboa
Naquela onda, naquela onda primeira
Canto o fado que tu sentes por seres Lisboa;
Ouve Lisboa... raiz dos barcos perdidos
Onde o mar dos meus sentidos voa, se voa;
E lá por ter bebido o sal doutras paragens
Em noites de frias rotas
Poderás ver que eu sou o fado em viagem
Sobre o dorso das gaivotas
Todos os dias me prendem esses voos feitos de água
Onde as velas sem caminho navegam por minha mágoa
Mas qualquer resto de vida murmura p´ra qualquer lado
Nesta distância perdida que faz distância no fado
Ouve Lisboa... cais de fome marinheira
Se a minha voz, tu consentes, ouve Lisboa
Naquela onda, naquela onda primeira
Canto o fado que tu sentes por seres Lisboa;
Ouve Lisboa... raiz dos barcos perdidos
Onde o mar dos meus sentidos voa, se voa;
E lá por ter bebido o sal doutras paragens
Em noites de frias rotas
Poderás ver que eu sou o fado em viagem
Sobre o dorso das gaivotas
OUVE LISBOA
Cheguei um dia a Lisboa com malas cheias de vento
Que pesavam as palavras que trago no pensamento
Fui de colina em colina ver o céu de que se gosta
E tu ficaste, Lisboa, vestida de mar e encosta
Ouve Lisboa... cais de fome marinheira
Se a minha voz, tu consentes, ouve Lisboa
Naquela onda, naquela onda primeira
Canto o fado que tu sentes por seres Lisboa;
Ouve Lisboa... raiz dos barcos perdidos
Onde o mar dos meus sentidos voa, se voa;
E lá por ter bebido o sal doutras paragens
Em noites de frias rotas
Poderás ver que eu sou o fado em viagem
Sobre o dorso das gaivotas
Todos os dias me prendem esses voos feitos de água
Onde as velas sem caminho navegam por minha mágoa
Mas qualquer resto de vida murmura p´ra qualquer lado
Nesta distância perdida que faz distância no fado
Ouve Lisboa... cais de fome marinheira
Se a minha voz, tu consentes, ouve Lisboa
Naquela onda, naquela onda primeira
Canto o fado que tu sentes por seres Lisboa;
Ouve Lisboa... raiz dos barcos perdidos
Onde o mar dos meus sentidos voa, se voa;
E lá por ter bebido o sal doutras paragens
Em noites de frias rotas
Poderás ver que eu sou o fado em viagem
Sobre o dorso das gaivotas
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
TEREZINHA ALVES
O TEU OLHAR E O MEU (Eduardo Damas e Manuel Paião)
O TEU OLHAR E O MEU
O teu olhar e o meu
Dizem tudo sem falar
Pra saber o que tu pensas
Basta olhar o teu olhar
O teu olhar e o meu
Olham horas a seguir
Falando de tudo tudo
Sem que ninguém possa ouvir
O teu olhar e o meu
Só sabem olhar para nós
Olho pra ti e tu pra mim
Na multidão estamos sós
Eu e tu olhos nos olhos
Tu e eu e neste ardor
Parece que o nosso olhar
Calado fala de amor
Teus olhos olham prós os meus
E os meus para mais ninguém
Porque nos teus vejo tudo
Que de bom a vida tem
O teu olhar meu amor
É um mundo sem ter fim
Não deixo de olhar para ti
Não deixes de olhar para mim
Eu e tu olhos nos olhos
Tu e eu e neste ardor
Parece que o nosso olhar
Calado fala de amor
O TEU OLHAR E O MEU
O teu olhar e o meu
Dizem tudo sem falar
Pra saber o que tu pensas
Basta olhar o teu olhar
O teu olhar e o meu
Olham horas a seguir
Falando de tudo tudo
Sem que ninguém possa ouvir
O teu olhar e o meu
Só sabem olhar para nós
Olho pra ti e tu pra mim
Na multidão estamos sós
Eu e tu olhos nos olhos
Tu e eu e neste ardor
Parece que o nosso olhar
Calado fala de amor
Teus olhos olham prós os meus
E os meus para mais ninguém
Porque nos teus vejo tudo
Que de bom a vida tem
O teu olhar meu amor
É um mundo sem ter fim
Não deixo de olhar para ti
Não deixes de olhar para mim
Eu e tu olhos nos olhos
Tu e eu e neste ardor
Parece que o nosso olhar
Calado fala de amor
GONÇALO SALGUEIRO
GRITO (
GRITO
Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.
De sombra a sombra
Há um Céu...tão recolhido...
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.
Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.
E eu,
A quem o céu esqueceu
Sou eu que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora.
Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura.
Ai, solidão
Quem fora escorpião
Ai! solidão
E se mordera a cabeça!
Adeus
Já fui para além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.
Adeus,
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai, como dói
A solidão quase loucura.
GRITO
Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.
De sombra a sombra
Há um Céu...tão recolhido...
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.
Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.
E eu,
A quem o céu esqueceu
Sou eu que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora.
Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura.
Ai, solidão
Quem fora escorpião
Ai! solidão
E se mordera a cabeça!
Adeus
Já fui para além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.
Adeus,
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai, como dói
A solidão quase loucura.
CAMANÉ
GUITARRAS DE LISBOA (Gabriel de Oliveira e Fernando Farinha)
GUITARRAS DE LISBOA
Guitarras, atenção, cantai comigo
Calai o vosso pranto, trinai
Como lhes digo, trinai
Guitarras, desta vez, sem ar magoado
Trinai esse meu canto
Que é vosso este meu fado
Guitarras de Lisboa, noite e dia
Trinando nas vielas da cidade
Guitarras que dão voz à Mouraria
E vão falar a sós com a saudade
Guitarras de Lisboa, são meninas
Brincando nas esquinas do passado
Dentro de vós ressoa a voz do próprio fado
Guitarras de Lisboa, obrigado
Guitarras são iguais
Nossos revezes iguais
Nossos tormentos são ais
Nossos lamentos são ais
Guitarras, mas também quando é preciso
Sabemos muitas vezes que a dor pode ser riso
GUITARRAS DE LISBOA
Guitarras, atenção, cantai comigo
Calai o vosso pranto, trinai
Como lhes digo, trinai
Guitarras, desta vez, sem ar magoado
Trinai esse meu canto
Que é vosso este meu fado
Guitarras de Lisboa, noite e dia
Trinando nas vielas da cidade
Guitarras que dão voz à Mouraria
E vão falar a sós com a saudade
Guitarras de Lisboa, são meninas
Brincando nas esquinas do passado
Dentro de vós ressoa a voz do próprio fado
Guitarras de Lisboa, obrigado
Guitarras são iguais
Nossos revezes iguais
Nossos tormentos são ais
Nossos lamentos são ais
Guitarras, mas também quando é preciso
Sabemos muitas vezes que a dor pode ser riso
JOANA COSTA
FRIA CLARIDADE (Pedro Homem de Mello / José Marques do Amaral)
FRIA CLARIDADE
No meio da claridade
Daquele tão triste dia
Grande, grande era a cidade
E ninguém me conhecia
Então passaram por mim
Dois olhos lindos, depois
Julguei sonhar, vendo enfim
Dois olhos, como há só dois
Em todos os meus sentidos
Tive presságios de adeus
E aqueles olhos tão lindos
Afastaram-se dos meus
Acordei, a claridade
Fez-se maior e mais fria
Grande, grande era a cidade
E ninguém me conhecia!
FRIA CLARIDADE
No meio da claridade
Daquele tão triste dia
Grande, grande era a cidade
E ninguém me conhecia
Então passaram por mim
Dois olhos lindos, depois
Julguei sonhar, vendo enfim
Dois olhos, como há só dois
Em todos os meus sentidos
Tive presságios de adeus
E aqueles olhos tão lindos
Afastaram-se dos meus
Acordei, a claridade
Fez-se maior e mais fria
Grande, grande era a cidade
E ninguém me conhecia!
BEATRIZ DA CONCEIÇÃO
MOCITA DOS CARACOIS
Letra: Vasco de Lima Couto / Música: Alfredo Marceneiro
MOCITA DOS CARACOIS
Letra: Vasco de Lima Couto / Música: Alfredo Marceneiro
MOCITA DOS CARACOIS
RAUL SOLNADO
FADO MARAVILHAS "humor"(Luís Miguel Oliveira)
FADO MARAVILHAS
Fui num domingo a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada
A gente não nada em taco
Mas vai dando pró tabaco
E para regar a salada
É porque isto é mesmo assim
A gente morre e o pilim
Não vai para a cova com a gente
E antes gastá-lo no tacho
Do que na farmácia, eu acho
Isto é que é principalmente
Terminada a refeição
Ao entrar na embarcação
Começou a grande espiga
Um mangas abriu o bico
Pôs-se a mandar vir com o Chico
E o Chico arriou a giga
Eu para acalmar a tormenta
Ainda disse oh Chico "aguenta"
Mas o mangas insistiu
E o Chico sem intenção
Deu-lhe um ligeiro encontrão
Atirou com o tipo ao rio
Um sócio de outro beco
Quis-se armar em malandreco
A gente já estava quentes
Veio p'ra mim desnorteado
Eu dei-lhe com penteado
E pu-lo a cuspir os dentes
Veio outro, veio outra ideia
De sarnelha e plateia
Mais outro, fui-lhe ao focinho
E o Chico pelo seu lado
Só para não ficar parado
Aviou quatro sozinho
Fez-se uma grande molhada
Desatou tudo à estalada
Eu e o Chico no centro
Daquela calamidade
Apareceu a autoridade
E meteu-nos todos dentro
Não tenho vida para isto
E de futuro desisto
De me meter noutra alhada
Nunca mais vou a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer outra caldeirada
FADO MARAVILHAS
Fui num domingo a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada
A gente não nada em taco
Mas vai dando pró tabaco
E para regar a salada
É porque isto é mesmo assim
A gente morre e o pilim
Não vai para a cova com a gente
E antes gastá-lo no tacho
Do que na farmácia, eu acho
Isto é que é principalmente
Terminada a refeição
Ao entrar na embarcação
Começou a grande espiga
Um mangas abriu o bico
Pôs-se a mandar vir com o Chico
E o Chico arriou a giga
Eu para acalmar a tormenta
Ainda disse oh Chico "aguenta"
Mas o mangas insistiu
E o Chico sem intenção
Deu-lhe um ligeiro encontrão
Atirou com o tipo ao rio
Um sócio de outro beco
Quis-se armar em malandreco
A gente já estava quentes
Veio p'ra mim desnorteado
Eu dei-lhe com penteado
E pu-lo a cuspir os dentes
Veio outro, veio outra ideia
De sarnelha e plateia
Mais outro, fui-lhe ao focinho
E o Chico pelo seu lado
Só para não ficar parado
Aviou quatro sozinho
Fez-se uma grande molhada
Desatou tudo à estalada
Eu e o Chico no centro
Daquela calamidade
Apareceu a autoridade
E meteu-nos todos dentro
Não tenho vida para isto
E de futuro desisto
De me meter noutra alhada
Nunca mais vou a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer outra caldeirada
LILIANA REDOL
FADO ERRADO (Frederico de Brito)
FADO ERRADO
Errei porque te amei a vida inteira
Sem nunca deste amor fazer alarde
E agora, ando p'ráqui numa canseira
Pois não encontro maneira
E p'ra te deixar é tarde
Se alguém me perguntar qual foi o erro
Direi, que foi amar-te até mais não
Foi culpa deste amor a que me aferro
Com um erro atrás dum erro
E há já erros sem perdão
Assim que te escolhi... errei
Por querer viver p'ra ti... errei
Calquei esta paixão, esmaguei o coração
E se fiz bem ou não, não sei
Segui o teu olhar... errei
E quando quis voltar... errei
Mas reparei depois, que o erro era dos dois
E foi um erro mais que eu encontrei
Foi erro aquele beijo prolongado
Que fez nascer em nós, ideias loucas
Foi erro termos sempre ao nosso lado
O desejo acostumado
Ao calor das nossas bocas
Foi erro aquelas juras que trocamos
Foi erro ainda maior não as quebrar
Depois de tantos erros que emendamos
Afinal ambos erramos
Pois só Deus não sabe errar
Assim que te escolhi... errei
Por querer viver p'ra ti... errei
Calquei esta paixão, esmaguei o coração
E se fiz bem ou não, não sei
Segui o teu olhar... errei
E quando quis voltar... errei
Mas reparei depois, que o erro era dos dois
E foi um erro mais que eu encontrei
FADO ERRADO
Errei porque te amei a vida inteira
Sem nunca deste amor fazer alarde
E agora, ando p'ráqui numa canseira
Pois não encontro maneira
E p'ra te deixar é tarde
Se alguém me perguntar qual foi o erro
Direi, que foi amar-te até mais não
Foi culpa deste amor a que me aferro
Com um erro atrás dum erro
E há já erros sem perdão
Assim que te escolhi... errei
Por querer viver p'ra ti... errei
Calquei esta paixão, esmaguei o coração
E se fiz bem ou não, não sei
Segui o teu olhar... errei
E quando quis voltar... errei
Mas reparei depois, que o erro era dos dois
E foi um erro mais que eu encontrei
Foi erro aquele beijo prolongado
Que fez nascer em nós, ideias loucas
Foi erro termos sempre ao nosso lado
O desejo acostumado
Ao calor das nossas bocas
Foi erro aquelas juras que trocamos
Foi erro ainda maior não as quebrar
Depois de tantos erros que emendamos
Afinal ambos erramos
Pois só Deus não sabe errar
Assim que te escolhi... errei
Por querer viver p'ra ti... errei
Calquei esta paixão, esmaguei o coração
E se fiz bem ou não, não sei
Segui o teu olhar... errei
E quando quis voltar... errei
Mas reparei depois, que o erro era dos dois
E foi um erro mais que eu encontrei
AMÁLIA ROBRIGUES
MEDO (
MEDO
Quem dorme à noite comigo
É meu segredo,
Mas se insistirem, lhes digo,
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo.
E cedo porque me embala
Num vaivém de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.
Gritar quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim
Gostava até de matar-me,
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim.
MEDO
Quem dorme à noite comigo
É meu segredo,
Mas se insistirem, lhes digo,
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo.
E cedo porque me embala
Num vaivém de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.
Gritar quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim
Gostava até de matar-me,
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim.
ARMINDA ALVERNAZ
O NAMORICO DA RITA (Artur Ribeiro / António Mestre)
O NAMORICO DA RITA
No mercado da Ribeira
Há um romance de amor
Entre a Rita que é peixeira
E o Chico que é pescador
Dizem todos os que lá vão
Que a Rita gosta do Chico
Só a mãe dela é que não
Consente no namorico
Quando ele passa por ela
Ela sorri descarada
Porém o Chico á cautela não dá trela nem diz nada
Que a mãe dela quando calha
Ao ver que o Chico se abeira
Por dá cá aquela palha faz tremer toda a Ribeira
Namoram de manhãzinha
E da forma tão diversa
Dois caixotes de sardinha
São dois dedos de conversa
E há quem diga á boca cheia
Que depois de tanta fita
O Chico de volta e meia
Prega dois beijos na Rita
Quando ele passa por ela
Ela sorri descarada
Porém o Chico á cautela não dá trela nem diz nada
Que a mãe dela quando calha
Ao ver que o Chico se abeira
Por dá cá aquela palha faz tremer toda a Ribeira
O NAMORICO DA RITA
No mercado da Ribeira
Há um romance de amor
Entre a Rita que é peixeira
E o Chico que é pescador
Dizem todos os que lá vão
Que a Rita gosta do Chico
Só a mãe dela é que não
Consente no namorico
Quando ele passa por ela
Ela sorri descarada
Porém o Chico á cautela não dá trela nem diz nada
Que a mãe dela quando calha
Ao ver que o Chico se abeira
Por dá cá aquela palha faz tremer toda a Ribeira
Namoram de manhãzinha
E da forma tão diversa
Dois caixotes de sardinha
São dois dedos de conversa
E há quem diga á boca cheia
Que depois de tanta fita
O Chico de volta e meia
Prega dois beijos na Rita
Quando ele passa por ela
Ela sorri descarada
Porém o Chico á cautela não dá trela nem diz nada
Que a mãe dela quando calha
Ao ver que o Chico se abeira
Por dá cá aquela palha faz tremer toda a Ribeira
ANA SOFIA VARELA
NÃO SEI PORQUE TE FOSTE EMBORA (José Galhardo / Frederico Valério)
NÃO SEI PORQUE TE FOSTE EMBORA
Não sei por que te foste embora.
Não sei que mal te fiz, que importa,
Só sei que o dia corre e àquela hora,
Não sei por que não vens bater-me à porta.
Não sei se gostas de outra agora, s
E eu estou ou não para ti já morta.
Não sei, não sei nem me interessa,
Não me sais é da cabeça
Que não vê que eu te esqueci.
Não sei, não sei o que é isto
Já não gosto e não resisto
Não te quero e penso em ti.
Não quero este meu querer no peito,
Não vou esperar por ti nem espero.
Não quero que me queiras contrafeito,
Nem quero que tu saibas que eu te quero.
Depois de este meu querer desfeito,
Não quero o teu amor sincero.
Não quero mais encontrar-te,
Nem ouvir-te nem falar-te,
Nem sentir o teu calor.
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor.
Depois de este meu querer desfeito,
Não quero o teu amor sincero.
Não quero mais encontrar-te,
Nem ouvir-te nem falar-te,
Nem sentir o teu calor.
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor.
NÃO SEI PORQUE TE FOSTE EMBORA
Não sei por que te foste embora.
Não sei que mal te fiz, que importa,
Só sei que o dia corre e àquela hora,
Não sei por que não vens bater-me à porta.
Não sei se gostas de outra agora, s
E eu estou ou não para ti já morta.
Não sei, não sei nem me interessa,
Não me sais é da cabeça
Que não vê que eu te esqueci.
Não sei, não sei o que é isto
Já não gosto e não resisto
Não te quero e penso em ti.
Não quero este meu querer no peito,
Não vou esperar por ti nem espero.
Não quero que me queiras contrafeito,
Nem quero que tu saibas que eu te quero.
Depois de este meu querer desfeito,
Não quero o teu amor sincero.
Não quero mais encontrar-te,
Nem ouvir-te nem falar-te,
Nem sentir o teu calor.
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor.
Depois de este meu querer desfeito,
Não quero o teu amor sincero.
Não quero mais encontrar-te,
Nem ouvir-te nem falar-te,
Nem sentir o teu calor.
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor.
AMÁLIA RODRIGUES
NÃO QUERO AMAR (
NÃO QUERO AMAR
Oferece o teu amor a quem te possa amar
A minha boca é fria, não tem alegria
Nem mesmo a cantar!
Na cruz da minha vida não quero mais sofrer!
Não quero ser vencida, nem mulher perdida
Por tanto te querer!
Não queiras no peito esta flor
Sem perfume e sem cor,
Que não sabe enfeitar!
Não queiras a esmola do amor
De quem não sabe dar!
Amantes, não quero e não quero!
Só este me pode agradar:
É belo e castiço o meu fado
Amante sem par!
É ele que me beija, é ele que me abraça!
Nas noites de luar, se fico a cantar
Na vida que passa!
E passa a vida inteira
Saudade e amargor,
Ao longe, uma toada, canta a madrugada
E és tu meu amor!
Não queiras no peito esta flor
Sem perfume e sem cor,
Que não sabe enfeitar!
Não queiras a esmola do amor
De quem não sabe dar!
Amantes, não quero e não quero!
Só este me pode agradar:
É belo e castiço o meu fado
Amante sem par!
NÃO QUERO AMAR
Oferece o teu amor a quem te possa amar
A minha boca é fria, não tem alegria
Nem mesmo a cantar!
Na cruz da minha vida não quero mais sofrer!
Não quero ser vencida, nem mulher perdida
Por tanto te querer!
Não queiras no peito esta flor
Sem perfume e sem cor,
Que não sabe enfeitar!
Não queiras a esmola do amor
De quem não sabe dar!
Amantes, não quero e não quero!
Só este me pode agradar:
É belo e castiço o meu fado
Amante sem par!
É ele que me beija, é ele que me abraça!
Nas noites de luar, se fico a cantar
Na vida que passa!
E passa a vida inteira
Saudade e amargor,
Ao longe, uma toada, canta a madrugada
E és tu meu amor!
Não queiras no peito esta flor
Sem perfume e sem cor,
Que não sabe enfeitar!
Não queiras a esmola do amor
De quem não sabe dar!
Amantes, não quero e não quero!
Só este me pode agradar:
É belo e castiço o meu fado
Amante sem par!
AMÉRICO
NÃO ACORDES MINHA DOR (José Carvalho Jr/António Oliveira Campos)
NÃO ACORDES MINHA DOR
Quando voltares tem cautela
Pisa bem devagarinho
Não acordes minha dor
Transforma-te numa estrela
Vem em nuvens de carinho
E traz-me um pouco de amor
Abre a porta levemente
Sobe a escada passo a passo
Lembra-te do tempo antigo
Dá-me um beijo docemente
Acorda-me num abraço
Estarei sonhando contigo
Depois mente-me em segredo
Diz que tiveste saudades
Deves mentir meu amor
É que eu tenho tanto medo
Que a amargura da verdade
Venha acordar minha dor
NÃO ACORDES MINHA DOR
Quando voltares tem cautela
Pisa bem devagarinho
Não acordes minha dor
Transforma-te numa estrela
Vem em nuvens de carinho
E traz-me um pouco de amor
Abre a porta levemente
Sobe a escada passo a passo
Lembra-te do tempo antigo
Dá-me um beijo docemente
Acorda-me num abraço
Estarei sonhando contigo
Depois mente-me em segredo
Diz que tiveste saudades
Deves mentir meu amor
É que eu tenho tanto medo
Que a amargura da verdade
Venha acordar minha dor
DULCE PONTES
NÃO É DESGRAÇA SER POBRE (Norberto Araújo)
NÃO É DESGRAÇA SER POBRE
Não é desgraça ser pobre,
Não é desgraça ser louca:
Desgraça é trazer o fado
No coração e na boca.
A moedinha de prata,
Vale menos que a de cobre.
Se a pobreza não nos mata,
Não é desgraça ser pobre.
Ao nascer trouxe uma estrela;
Nela o destino traçado.
Não foi desgraça trazê-la:
Desgraça é trazer o fado.
Desgraça é andar a gente
De tanto cantar, já rouca,
E o fado, teimosamente,
No coração e na boca
NÃO É DESGRAÇA SER POBRE
Não é desgraça ser pobre,
Não é desgraça ser louca:
Desgraça é trazer o fado
No coração e na boca.
A moedinha de prata,
Vale menos que a de cobre.
Se a pobreza não nos mata,
Não é desgraça ser pobre.
Ao nascer trouxe uma estrela;
Nela o destino traçado.
Não foi desgraça trazê-la:
Desgraça é trazer o fado.
Desgraça é andar a gente
De tanto cantar, já rouca,
E o fado, teimosamente,
No coração e na boca
MANUELA CAVACO
O MEU MENINO É D`OIRO (Alexandre Resende / António Menano)
O MEU MENINO É D`OIRO
O meu menino é d’oiro
É d’oiro o meu menino
Hei-de levá-lo ao céu
Enquanto for pequenino
Enquanto for pequenino
Tão puro como o luar
Hei-de levá-lo ao céu
Hei-de ensiná-lo a cantar
O MEU MENINO É D`OIRO
O meu menino é d’oiro
É d’oiro o meu menino
Hei-de levá-lo ao céu
Enquanto for pequenino
Enquanto for pequenino
Tão puro como o luar
Hei-de levá-lo ao céu
Hei-de ensiná-lo a cantar
MANUEL DE ALMEIDA
AQUELA AZENHA VELHINHA
AQUELA AZENHA VELHINHA
Naquela azenha velhinha
Na margem da ribeirinha
Que por vales serpenteia
Foi testemunha impassível
Da tragédia mais horrível
Que houvera na minha aldeia
Naquela noite de inverno
O céu parecia um inferno
Estavam os astros em guerra
E a ribeira mal sustinha
A grande cheia que vinha
Pelas vertentes da serra
Vendo a ribeira a subir
O moleiro quis fugir
Levando o filho nos braços
Pela ponte carcomida
Já velhinha e ressequida
A desfazer-se em pedaços
Mas ai, a ponte quebrou-se
E o moleiro como fosse
Na cheia da ribeirinha
Levou o filho consigo
E nunca mais moeu trigo
Aquela azenha velhinha
AQUELA AZENHA VELHINHA
Naquela azenha velhinha
Na margem da ribeirinha
Que por vales serpenteia
Foi testemunha impassível
Da tragédia mais horrível
Que houvera na minha aldeia
Naquela noite de inverno
O céu parecia um inferno
Estavam os astros em guerra
E a ribeira mal sustinha
A grande cheia que vinha
Pelas vertentes da serra
Vendo a ribeira a subir
O moleiro quis fugir
Levando o filho nos braços
Pela ponte carcomida
Já velhinha e ressequida
A desfazer-se em pedaços
Mas ai, a ponte quebrou-se
E o moleiro como fosse
Na cheia da ribeirinha
Levou o filho consigo
E nunca mais moeu trigo
Aquela azenha velhinha
EMANUEL
FADO DA SINA
FADO DA SINA
Reza-te a sina
Na linha traçada
Na palma da mão
Que duas vidas
Se encontram cruzadas
No teu coração
Sinal de amargura
De dor e tortura
De esperança perdida
Indício marcado
De amor destroçado
Na linha da vida
E mais ainda
Te reza o destino
Que tens de sofrer
O desencanto
E o leve frescor
Duma outra mulher
Já que a má sorte assim o quis
A tua sina te diz
Que até morrer
Terás de ser
Sempre infeliz!...
Não podes fugir
Ao negro fado brutal
E ao teu destino fatal
Que uma má estrela domina
Tu podes mentir
As leis do teu coração
Mas ai, quer queiras
Quer não
Tens de cumprir a tua sina!...
Cruzando a estrada
Da linha da vida
Traçada na mão
Tens uma cruz
A afeição mal contida
Que foi uma ilusão...
Ai amor que em segredo
Nasceu quase a medo
P'ra teu sofrimento
E foi essa imagem
A grata miragem
Do teu pensamento
E mais ainda te reza
O destino
Que tens de amargar
E que a tua estrela
De brilho divino
Deixou de brilhar
Estrela que Deus te marcou
Mas que bem pouco brilhou
E cuja luz
Aos pés da cruz
Já se apagou!...
Não podes fugir
Ao negro fado brutal
E ao teu destino fatal
Que uma má estrela domina
Tu podes mentir
As leis do teu coração
Mas ai, quer queiras
Quer não
Tens de cumprir a tua sina!...
FADO DA SINA
Reza-te a sina
Na linha traçada
Na palma da mão
Que duas vidas
Se encontram cruzadas
No teu coração
Sinal de amargura
De dor e tortura
De esperança perdida
Indício marcado
De amor destroçado
Na linha da vida
E mais ainda
Te reza o destino
Que tens de sofrer
O desencanto
E o leve frescor
Duma outra mulher
Já que a má sorte assim o quis
A tua sina te diz
Que até morrer
Terás de ser
Sempre infeliz!...
Não podes fugir
Ao negro fado brutal
E ao teu destino fatal
Que uma má estrela domina
Tu podes mentir
As leis do teu coração
Mas ai, quer queiras
Quer não
Tens de cumprir a tua sina!...
Cruzando a estrada
Da linha da vida
Traçada na mão
Tens uma cruz
A afeição mal contida
Que foi uma ilusão...
Ai amor que em segredo
Nasceu quase a medo
P'ra teu sofrimento
E foi essa imagem
A grata miragem
Do teu pensamento
E mais ainda te reza
O destino
Que tens de amargar
E que a tua estrela
De brilho divino
Deixou de brilhar
Estrela que Deus te marcou
Mas que bem pouco brilhou
E cuja luz
Aos pés da cruz
Já se apagou!...
Não podes fugir
Ao negro fado brutal
E ao teu destino fatal
Que uma má estrela domina
Tu podes mentir
As leis do teu coração
Mas ai, quer queiras
Quer não
Tens de cumprir a tua sina!...
JEANNE DARWICH
FADO DO CIUME (Amadeu do Vale)
FADO DO CIUME
Se não esqueceste
O amor que me dedicaste
E o que escreveste
Nas cartas que me mandaste
Esquece o passado
E volta para meu lado
Porque já estás perdoado
De tudo o que me chamaste.
Volta meu querido
Mas volta como disseste
Arrependido
De tudo o que me fizeste,
Haja o que houver
Já basta p'ra teu castigo
Essa mulher
Que andava agora contigo.
Se é contrafeito
Não voltes toma cautela
Porque eu aceito
Que vivas antes com ela
Pois podes crer
Que antes prefiro morrer
Do que contigo viver
Sabendo que gostas dela.
Só o que eu peço
É uma recordação
Se é que mereço
Um pouco de compaixão,
Deixa ficar
O teu retrato comigo
Para eu julgar
Que ainda vivo contigo.
FADO DO CIUME
Se não esqueceste
O amor que me dedicaste
E o que escreveste
Nas cartas que me mandaste
Esquece o passado
E volta para meu lado
Porque já estás perdoado
De tudo o que me chamaste.
Volta meu querido
Mas volta como disseste
Arrependido
De tudo o que me fizeste,
Haja o que houver
Já basta p'ra teu castigo
Essa mulher
Que andava agora contigo.
Se é contrafeito
Não voltes toma cautela
Porque eu aceito
Que vivas antes com ela
Pois podes crer
Que antes prefiro morrer
Do que contigo viver
Sabendo que gostas dela.
Só o que eu peço
É uma recordação
Se é que mereço
Um pouco de compaixão,
Deixa ficar
O teu retrato comigo
Para eu julgar
Que ainda vivo contigo.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
QUINTETO DE COIMBRA E DEOLINDA BERNARDO
COIMBRA - ABRIL EM PORTUGAL (José Galhardo / Raul Ferrão)
COIMBRA - ABRIL EM PORTUGAL
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O Lente é uma canção
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer
Saudade
Coimbra do Choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal
Ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês
Tão linda
Coimbra das canções
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações
A nu
Coimbra dos doutores
P`ra nós os teus cantores
E a fonte dos amores és tu
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O Lente é uma canção
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer
Saudade
COIMBRA - ABRIL EM PORTUGAL
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O Lente é uma canção
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer
Saudade
Coimbra do Choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal
Ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês
Tão linda
Coimbra das canções
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações
A nu
Coimbra dos doutores
P`ra nós os teus cantores
E a fonte dos amores és tu
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O Lente é uma canção
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer
Saudade
FERNANDO FARINHA
CRUEL DESTINO MEU
CRUEL DESTINO MEU
Quis alcançar o mundo de repente
Mas o mundo cruelmente
Bem depressa me enganou
Cruzaram-se os caminhos junto a mim
Já não sei por onde vim
Já não sei por onde vou
Esperanças, ansiedades e alegrias
Gastei-as em poucos dias
Por meu viver desregrado
Troquei o bem por tudo o que não presta
E agora apenas me resta
Um fado, um fado
Cruel destino o meu
Que assim me castigou
Que tanto prometeu
E a tudo me faltou
Quis viver não pensei
Que a vida era ruim
Tão depressa andei
Que me perdi de mim
CRUEL DESTINO MEU
Quis alcançar o mundo de repente
Mas o mundo cruelmente
Bem depressa me enganou
Cruzaram-se os caminhos junto a mim
Já não sei por onde vim
Já não sei por onde vou
Esperanças, ansiedades e alegrias
Gastei-as em poucos dias
Por meu viver desregrado
Troquei o bem por tudo o que não presta
E agora apenas me resta
Um fado, um fado
Cruel destino o meu
Que assim me castigou
Que tanto prometeu
E a tudo me faltou
Quis viver não pensei
Que a vida era ruim
Tão depressa andei
Que me perdi de mim
ALFREDO MARCENEIRO
AMOR DE MÃE (
AMOR DE MÃE
Há vários amores na vida
Lindos como o amor-perfeito
Belos como a Vénus querida
De tantos que a vida tem
Só um adoro e respeito
É o santo amor de mãe
Da mulher desventurada
Nesta vida ninguém fuja
Se ela acaso um filho tem
Deixá-la ser desgraçada
Porque a desgraça não suja
O santo afecto de mãe
Minha mãe amor em prece
Eu sinto tão bem viver
Esse amor que ainda me invade
Que se mil anos vivesse
Não deixaria morrer
Por ti a minha saudade
Se para ser homem Jesus
Precisou que uma mulher
O desse á luz deste mundo
O amor de mãe é a luz
Que torna o nosso viver
Num hino de amor profundo
AMOR DE MÃE
Há vários amores na vida
Lindos como o amor-perfeito
Belos como a Vénus querida
De tantos que a vida tem
Só um adoro e respeito
É o santo amor de mãe
Da mulher desventurada
Nesta vida ninguém fuja
Se ela acaso um filho tem
Deixá-la ser desgraçada
Porque a desgraça não suja
O santo afecto de mãe
Minha mãe amor em prece
Eu sinto tão bem viver
Esse amor que ainda me invade
Que se mil anos vivesse
Não deixaria morrer
Por ti a minha saudade
Se para ser homem Jesus
Precisou que uma mulher
O desse á luz deste mundo
O amor de mãe é a luz
Que torna o nosso viver
Num hino de amor profundo
RICARDO MIGUEL FREITAS
SINAL DA CRUZ (Linhares Barbosa/Max e Ferrer Trindade)
SINAL DA CRUZ
Na pequena capelinha
Da aldeia velha a branquinha
Dei à Maria da Luz
Uma cruz de pôr ao peito
E um juramento foi feito
Pelos dois sobre essa cruz
Juro ser tua, disse-me ela
E eu disse, juro ser teu!
Pelos vitrais da capela
Entrava a bênção dos céus
Passaram-se os meses
O tempo corria
E todas as vezes
Que eu via a Maria
Sozinha e menina
Dizia-lhe assim
Maria da Luz
Tu és para mim
O sinal da cruz
Da cruz pequenina
Mas um dia, há sempre um dia
Que nos rouba a fantasia
Maria entrou na capela
Esquiva, pé ante pé
E o meu símbolo de fé
Não brilhava ao peito dela
Quis perguntar-lhe p`la jura
Porém de fé já perdida
Vi que não vinha segura
Tinha outra cruz na vida
Passaram-se os meses
O tempo corria
E todas as vezes
Que eu via a Maria
Com más companhias
Dizia-lhe assim
Maria da Luz
Tu és para mim
O sinal da cruz
Da cruz dos meus dias
SINAL DA CRUZ
Na pequena capelinha
Da aldeia velha a branquinha
Dei à Maria da Luz
Uma cruz de pôr ao peito
E um juramento foi feito
Pelos dois sobre essa cruz
Juro ser tua, disse-me ela
E eu disse, juro ser teu!
Pelos vitrais da capela
Entrava a bênção dos céus
Passaram-se os meses
O tempo corria
E todas as vezes
Que eu via a Maria
Sozinha e menina
Dizia-lhe assim
Maria da Luz
Tu és para mim
O sinal da cruz
Da cruz pequenina
Mas um dia, há sempre um dia
Que nos rouba a fantasia
Maria entrou na capela
Esquiva, pé ante pé
E o meu símbolo de fé
Não brilhava ao peito dela
Quis perguntar-lhe p`la jura
Porém de fé já perdida
Vi que não vinha segura
Tinha outra cruz na vida
Passaram-se os meses
O tempo corria
E todas as vezes
Que eu via a Maria
Com más companhias
Dizia-lhe assim
Maria da Luz
Tu és para mim
O sinal da cruz
Da cruz dos meus dias
ANDRÉ GOMES
O DESTINO MARCA A HORA ( J. Nobre / C. Oliveira / R. Bracinha )
O DESTINO MARCA A HORA
O destino marca a hora
Pela vida fora
Que havemos de fazer
O que rege a sorte agora
Foi escrito outrora
Logo ao nascer
O relógio marca o tempo de viver
Todos nós somos iguais
Se o destino nos condena
Não vale a pena
Lutarmos mais
O passado nunca volta, podes crer
O futuro não tem dono
Toda a flor por mais bonita há-de morrer
Quando chega o seu Outono
Temos hoje p’ra viver toda uma vida
O amanha, que longe vem
A saudade está escondida
Num destino por medida
P’ra nós dois e mais ninguém
O destino marca a hora
Pela vida fora
Que havemos de fazer
O que rege a sorte agora
Foi escrito outrora
Logo ao nascer
O relógio marca o tempo de viver
Todos nós somos iguais
Se o destino nos condena
Não vale a pena
Lutarmos mais
O DESTINO MARCA A HORA
O destino marca a hora
Pela vida fora
Que havemos de fazer
O que rege a sorte agora
Foi escrito outrora
Logo ao nascer
O relógio marca o tempo de viver
Todos nós somos iguais
Se o destino nos condena
Não vale a pena
Lutarmos mais
O passado nunca volta, podes crer
O futuro não tem dono
Toda a flor por mais bonita há-de morrer
Quando chega o seu Outono
Temos hoje p’ra viver toda uma vida
O amanha, que longe vem
A saudade está escondida
Num destino por medida
P’ra nós dois e mais ninguém
O destino marca a hora
Pela vida fora
Que havemos de fazer
O que rege a sorte agora
Foi escrito outrora
Logo ao nascer
O relógio marca o tempo de viver
Todos nós somos iguais
Se o destino nos condena
Não vale a pena
Lutarmos mais
KÁTIA GUERREIRO
O TEU ENCANTO (
O TEU ENCANTO
Sonhei um dia que por magia o nosso amor
Tinha o tamanho do mundo inteiro talvez maior
Na fantasia desse meu sonho é felicidade
Tinha o teu nome o teu encanto a tua idade
É bom sonhar mas acordar contigo ao lado
E te beijar contar-te o sonho ver-te sorrir e adormecer
Como quem quer o mesmo sonho voltar a ter
Como quem quer deixar o sonho acontecer
Cada momento da nossa vida é a razão
Que faz passar pra além da vida esta paixão
Depois em sonhos eu imagino não sei porquê
A nossa vida pra lá da vida tal como é
É bom sonhar mas acordar contigo ao lado
E te beijar contar-te o sonho ver-te sorrir e adormecer
Como quem quer o mesmo sonho voltar a ter
Como quem quer deixar o sonho acontecer
O TEU ENCANTO
Sonhei um dia que por magia o nosso amor
Tinha o tamanho do mundo inteiro talvez maior
Na fantasia desse meu sonho é felicidade
Tinha o teu nome o teu encanto a tua idade
É bom sonhar mas acordar contigo ao lado
E te beijar contar-te o sonho ver-te sorrir e adormecer
Como quem quer o mesmo sonho voltar a ter
Como quem quer deixar o sonho acontecer
Cada momento da nossa vida é a razão
Que faz passar pra além da vida esta paixão
Depois em sonhos eu imagino não sei porquê
A nossa vida pra lá da vida tal como é
É bom sonhar mas acordar contigo ao lado
E te beijar contar-te o sonho ver-te sorrir e adormecer
Como quem quer o mesmo sonho voltar a ter
Como quem quer deixar o sonho acontecer
AMÁLIA RODRIGUES
O TIMPANAS (Júlio Dantas / Frederico de Freitas)
O TIMPANAS
Niza azul e bota alta
A reinar com toda a malta
É o rei das traquitanas
O Timpanas
E o pinóia na boleia
De chapéu á patoleia
Faz juntar o mulherio
No Rossio
Quando levo as bailarinas
Do teatro ao Lumiar
Bailo eu e baila a sege
E as pilecas a bailar
Um bolieiro de Lisboa
Não é lá qualquer pessoa
E as pilecas dão nas vistas
São fadistas
São cavalos d’alta escola
O das varas toca vi
E o da sela que é malhado
Bate o fado
Quando bato p’rás marmotas
Roda acima, roda abaixo
Eu dou vinho aos meus cavalos
Mas sou eu que vou borracho
Já andei por tanta espera
Já levei tanto boléo
Já conheço tantos bois
Que lhes tiro o chapéu
Niza azul e bota alta
A reinar com toda a malta
É o rei das traquitanas
O Timpanas
O TIMPANAS
Niza azul e bota alta
A reinar com toda a malta
É o rei das traquitanas
O Timpanas
E o pinóia na boleia
De chapéu á patoleia
Faz juntar o mulherio
No Rossio
Quando levo as bailarinas
Do teatro ao Lumiar
Bailo eu e baila a sege
E as pilecas a bailar
Um bolieiro de Lisboa
Não é lá qualquer pessoa
E as pilecas dão nas vistas
São fadistas
São cavalos d’alta escola
O das varas toca vi
E o da sela que é malhado
Bate o fado
Quando bato p’rás marmotas
Roda acima, roda abaixo
Eu dou vinho aos meus cavalos
Mas sou eu que vou borracho
Já andei por tanta espera
Já levei tanto boléo
Já conheço tantos bois
Que lhes tiro o chapéu
Niza azul e bota alta
A reinar com toda a malta
É o rei das traquitanas
O Timpanas
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