PEDIDOS DE OPINIÕES

Pedimos a quem nos visite!... que nos deixe a vossa opinião, utilizando o espaço das mensagens ou comentários, estamos empenhadas a 100% neste blogue.
Mas, gostávamos de saber se o mesmo, será do vosso agrado...Para nós é muito importante a vossa opinião.

Porque, este blogue, foi criado a pensar em si.
Um bem-haja para todos.....obrigado

---------------------------------------------------------------


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

MARIA LEOPOLDINA DA GUIA

A LENDA DAS ROSOS (Linhares Barbosa / António de Bragança)



LENDA DAS ROSAS

Na mesma campa nasceram
Duas roseiras a par,
Conforme o vento as movia
Iam-se as rosas beijar

Deu uma rosas vermelhas,
Desse vermelho que os sábios
Dizem ser da cor dos lábios,
Onde o amor põe centelhas
Da outra, gentis parelhas
De rosas brancas vieram,
Só nisso diferentes eram,
Nada mais as diferençou
A mesma seiva as criou
Na mesma campa nasceram

Dizem contos magoados
Que aquele triste coval
Fora leito nupcial
De dois jovens namorados,
Que, no amor contrariados,
Ali se foram finar,
Mas continuaram a amar
Lá no além todavia
E por isso ali havia
Duas roseiras a par

A lenda, triste, singela,
Conta mais, que as rosas brancas
Eram as mãos puras, francas,
Da desditosa donzela
E ao querer beijar as mãos dela,
Como na vida fazia,
A boca dele se abria
Em rosas de rubra cor
E segredavam o amor
Conforme o vento as movia

Quando as crianças brincavam
Junto aquela sepultura
Toda a gente afirma e jura
as rosas brancas coravam
E as vermelhas se fechavam
Para ninguém lhes tocar
Mas que alta noite, ao luar
Entre um séquito de goivos,
Tal qual os lábios dos noivos
Iam-se as rosas beijar. "

Sem comentários:

Enviar um comentário