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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ALICE PIRES E CIDÁLIA MOREIRA

O ARDINITA (Linhares Barbosa/ Jaime Santos)



O ARDINITA

Ó minha mãe, minha mãe,
Ó minha mãe, minha amada,
Quem tem uma mãe, tem tudo,
Quem não tem mãe - não tem nada!

O ardinita, o João,
Levantou-se muito ledo
Porque tinha que estar cedo
À porta da redacção.
Trincou um naco de pão
Que lhe soube muito bem;
Antes de partir, porém,
Beija a mãe adormecida
Dizendo: Cá vou à vida
Ó minha mãe, minha mãe!...

A mãe, com todo o carinho."
Deitou-lhe a benção, beijou-o
E, depois, aconselhou-o:
«Sempre muito juizinho,
Toma tento no caminho,
Não fumes, não jogues nada...
«Pode ficar descansada!...
Disse ele, p'ra a iludir,
E tornou-se a despedir:
Ó minha mãe, minha amada!...

Cruzou toda a Madragoa
Satisfeito, a assobiar
Uma marcha popular
Do São João em Lisboa.
Nisto pensou: «É tão ,boa
A minha mãe!... E contudo
Como a engano, a iludo
E lhe minto, coitadinha!...
«Gramo» tanto essa velhinha!
Quem tem uma mãe, tem tudo!...

Neste calão repelente
Da gíria da malandragem,
Existe um quê de homenagem
Na sua boca inocente.
E marcha p`ro jornal, contente,
Sempre de alma levantada,
Mas, como o calão lhe agrada
Repete: - «Como eu a «gramo»!...
Tanto lhe quero, tanto a amo,
Quem não tem mãe, não tem nada!...

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