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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ANTÓNIO PINTO BASTOS

MESTRE ALENTEJANO (João Vasconcelos e Sá / Popular *fado corrido*)




MESTRE ALENTEJANO

Terra de grandes barrigas
Onde há tanta gente gorda
Ás sopas chamam açorda
E à açorda chamam-lhe migas;
Ás razões chamam cantigas
Milhaduras são gorjetas
Maleitas dizem maletas
Em vez de encostas, chapadas
Em vez de açoites, nalgadas
E as bolotas são boletas

Terra mole é atasquero
Ir embora é abalar
Deitar fora é aventar
Fita de coiro é apero;
Vaso com planta é cravero
Carpinteiro é abegão
E a choupana é cabanão
E às hortas chamam hortejos
Os cestos são cabanejos
E ao trigo chama-se pão!

No resto de Portugal
Ninguém diz palavras tais
As terras baixas são vais
Monte de feno é frascal;
Vestir bem, parece mal
Á aveia chamam cevada
Ao bofetão, orelhada
Alcofa grande é gorpelha
Égua lazã é vermelha
Poldra ‘Isabel’ é melada

Quando um tipo está doente
Logo dizem que está morto
E a todo o vau chamam porto
Chamam gajo a toda a gente;
Vestir safões é corrente
Por acaso é por atrego
As saco chamam talego
E até nas classes mais ricas
Ser janota é ser maricas
Ser beirão é ser galego

Os porcos medem-se às varas
E o peixe vende-se aos quilos
E a gente pasma de ouvi-los
Usar maneiras tão raras;
Chamam relvas às cearas
Ás vezes, não sei porquê
E tratam por vomecê
Pessoas a quem venero
Não quero, diz-se nã quero
Eu não sei’ diz-se *ê nã sê*

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